O Google I/O 2013 está mesmo aí a chegar e as especulações sobre o que poderá vir na nova versão do Android, já se começaram a intensificar, igualmente o que mais poderá ser apresentado.
Era esperado que esta versão saísse o ano passado, mas a Google decidiu lançar uma versão intermédia, o Android 4.2, por razões não esclarecidas.
Uma vez aquele feito, os consumidores estão agora com as expectativas ao máximo, à espera que a Google anuncie a melhor versão do Android de sempre.
Uma das coisas que mais assombra o Android é a segurança que ele oferece aos utilizadores, apesar das versões Jelly Bean terem trazido novidades neste campo, continua a ser fácil a instalação e a propagação dos danos de um malware ou de outro software que ponha em causa a segurança do utilizador.
SELinux
O SELinux (Security-Enhanced Linux), já era especulado vir no Android 4.2.X, no entanto, devido a factores não conhecidos, não foi implementado. O SELinux é a implementação da sofisticada arquitectura MAC (Mandatory Access Control) no kernel Linux, veio substituir o DAC (Discretionary Access Control), devido às suas limitações.
Esta tecnologia foi originalmente desenvolvida pela Agência de Segurança Nacional (NSA) e outros organismos. Ela foi integrada no Linux recorrendo ao framework LSM (Linux Security Modules).
O MAC permite que sejam definidas permissões de como os processos irão interagir com outras partes do sistema como ficheiros, dispositivos, sockets, portas e outros processos, tudo isto é tratado como objectos para o SELinux. Este processo é feito através de uma política de segurança definida administrativamente sobre todos os processos e objectos.
Pode-se dizer que o SELinux vem elevar, a um patamar bastante alto, a segurança da sandbox do Android.
Uma vez este sistema implementado, fazer root por exemplo, será extremamente difícil, uma vez que os programadores terão de contornar imensos ficheiros proprietários de forma a que o SELinux não bloqueie o binário. Mexer em ficheiros proprietários não é uma tarefa fácil principalmente se não for disponibilizado o código fonte, mesmo com o código a complexidade será o factor principal para o sucesso ou o insucesso.
GCC e melhorias a nível de performance
De acordo com Aaron Gascoigne, um ex trabalhador da Cisco, referiu num post na sua conta do Google Plus, que perante várias entradas (commits) no repositório do AOSP, o Android 5.0 irá usar GCC (GNU Compiler Collection) 4.7 ou 4.8 e irá usar funções C como memcpy e memmov, desenhadas para as várias versões da arquitectura ARM (Cortex A9, A15, etc), de forma a oferecer imensas melhorias na velocidade do sistema.
O Project Butter, introduzido no Android 4.1, revelou-se uma enorme melhoria neste aspecto com o aumento dos FPS do sistema para 60, mas mesmo assim o Android continua a produzir lags mesmo em equipamentos topo de gama, principalmente na parte dos widgets.
Uma outra especulação reside na forma como o Android irá gerir os recursos, fala-se que o Android 5.0 irá ser ainda mais leve que as versões anteriores, consumindo menos recursos para que o utilizador possa ter mais aplicações sem comprometer a performance. É de facto um grande avanço do Android, mas será que todos ou a maior parte poderá usufruir?
Como em qualquer versão, há sempre exigências a nível de hardware, e o Android 5.0, pelo que se suspeita, poderá exigir processadores Quad Core e no mínimo 1GB de RAM. Se assim for, os equipamentos de média gama vão ficar de fora, tais como o Galaxy Nexus, Samsung Galaxy S3 Mini, Galaxy S4 Mini e todos os outros com Dual Core.
Kernel
O Android 4.2.2 saiu com o kernel 3.4 e estão a surgir especulações de que o Android 5.0 poderá vir com a versão 3.8, mas será que pode?
Jean-Baptiste Quéru, principal chefe técnico do projecto AOSP, referiu num comentário no post feito pelo Aaron Gascoigne de que a versão 3.8 do kernel Linux será muito improvável vir na nova versão do Android, e especificou um artigo no site do The Linux Foundation, para explicar porquê.
O autor explica que a versão 3.8 trata-se de uma versão de curto prazo, no qual as versões 3.0 e 3.4 foram feitas para longa duração, dizendo mesmo que estas versões serão vistas ainda por, pelo menos, mais 2 anos, até que seja adoptada a versão 3.9.
Apesar destas informações, ainda não há qualquer indicio de qual versão do kernel virá.
Interface
Uma vez que ainda não apareceram quaisquer leaks da nova versão, ainda não se sabe se a Google vai ou não manter a mesma interface, que foi introduzida no Android 4.0 e melhorada até à actual versão.
Mas em todos os casos, haverão com certeza imensas melhorias.
Quais são as vossas expectativas para o Android 5.0?
Acham que pode ser aquela versão que venha revolucionar o mundo Android e trazer aquilo que já há muito se espera?