Até há bem pouco tempo, a compra de um smartphone por cerca de 150€ era sinónimo de problemas, muitas limitações em termos de recursos, má qualidade e suporte do fabricante inexistente. Nos últimos tempos esse panorama mudou na gama média e muitas marcas já conseguem colocar nas prateleiras um produto competente e suficiente para o utilizador comum.
O smartphone Xiaomi Redmi 2 é precisamente um caso desses, além da elevada qualidade já demonstrada pela Xiaomi, revela-se como uma excelente escolha a todos os níveis, considerando a gama em que se insere. Veja a nossa análise.
Aspectos positivos
- Dual-SIM 4G LTE
- MIUI 6.0 com mesmas funcionalidades dos modelos topo de gama
- Autonomia
- Câmara
- Preço
Aspectos negativos
- Memória RAM de 1GB
- Botões frontais sem iluminação
A Xiaomi, tal como os fabricantes mais conhecidos, pretende também o seu lugar nas diferentes gamas de smartphones. Possui as séries Mi e Redmi. A série Mi, de gama alta, é composta pelos Mi 3, Mi 4, Mi Note e Mi Note Pro, e a série Redmi é de gama média e é composta pelos Redmi 1S, Redmi 2 e Redmi Note.
O Xiaomi Redmi 2 não é mais que uma actualização do Redmi 1S com várias melhorias: suporte para redes 4G LTE, menor peso e menor espessura, bateria de maior capacidade, CPU superior e de 64 bits, GPU melhorado e câmara frontal melhorada.
1. Características gerais
O Xiaomi Redmi 2, lançado no início do novo ano, é um smartphone com o sistema operativo MIUI 6.0, baseado no Android 4.4.4 KitKat, perfeitamente traduzido para português.
Tem um ecrã IPS de 4,7 polegadas com uma resolução de 720 x 1280 píxeis e protecção Corning Gorilla Glass 2. Possui a tecnologia OGS (One Glass Solution), que consiste numa unificação das camadas de vidro e de detecção táctil, possibilitando assim uma menor espessura no ecrã.
Conta com um processador Qualcomm MSM8916 Snapdragon 410 Quad-core 1,2 GHz Cortex-A53 e um GPU Adreno 306. Está actualmente disponível na versão de 8 GB de armazenamento interno (dos quais cerca de 5,5 GB estão disponíveis para o utilizador) e 1 GB de memória RAM, mas é expectável que a empresa lance uma nova versão com 16 GB de armazenamento interno e 2 GB de memória RAM.
Uma das particularidades do Xiaomi Redmi 2 é o facto de ser um smartphone de média gama Dual-SIM 4G LTE, algo que ainda é pouco comum de encontrar em equipamentos desta gama.
Dentro da caixa vem o Xiaomi Redmi 2, o carregador, o cabo USB/microUSB, os guias de instruções rápidas. Se o adquirir na HonorBuy, então ser-lhe-á oferecido uma película protectora para o ecrã, uma capa, um adaptador de energia europeu e uma mini-Stylus.
Reveja o vídeo de unboxing
Considerando que se trata de um smartphone de gama média, as características que possui no seu hardware estão a um nível próximo de um smartphone de topo de há 3 anos atrás, como é o caso do Samsung Galaxy S3.
Especificações
- Ecrã: 4.7″ IPS LCD de resolução 720×1280 px, 312ppp
- Dimensões: 134 x 67,2 x 9,2 mm
- Peso: 134 g
- CPU: Qualcomm Snapdragon 410 Quad-core a 1,2 GHz 64-bit
- GPU: Adreno 306
- Memória RAM: 1 GB
- Memória interna: 8 GB, com slot microSD até 32 GB
- Conectividade: Wi-Fi 802.11a/b/g/n, Bluetooth 4.0 LE
- Câmaras: traseira de 8 MP e frontal de 2 MP
- Sistema Operativo: MIUI 6.0, baseado no Android 4.4.4 KitKat
- Bateria: 2200 mAh removível
- Preço: 163€ na HonorBuy (portes incluídos)
2. Hardware e design
O novo smartphone da Xiaomi é construído todo em plástico, com uma capa traseira removível macia ao tacto e que aparenta robustez. As dimensões são bem conseguidas, pesa 134 g e tem 9,2 mm de espessura, 134 mm de comprimento e 67,2 mm de largura.
Apenas a lateral direita inclui botões físicos, nomeadamente o de Volume e Power. Estes botões não têm qualquer folga, algo que acontece por exemplo com o Galaxy S5 ou Galaxy Alpha acabadinhos de sair da caixa.
No topo encontra-se a entrada para auscultadores de 3.5 mm e, em baixo, a porta micro USB e o microfone.
Na traseira vem a câmara de 8 megapíxeis com LED flash, o microfone secundário e o altifalante. O altifalante apresenta um reprodução muito nítida, equilibrada e capaz de atingir uma intensidade acima da média sem perda de qualidade.
Ao remover a capa traseira é possível aceder às ranhuras dos vários cartões, dois cartões micro SIM e um cartão microSD, e ainda à bateria de 2200 mAh. A capa é de plástico um pouco maleável, de remoção e encaixe fáceis, onde o encaixe é visivelmente cuidado em termos fixação. No entanto, após ter sido retirada 3 ou 4 vezes, são notórias “micro-folgas” completamente insignificantes, mas que podem tender a evoluir à medida que tal operação for repetida.
A parte frontal vem composta pelo ecrã de 4.7 polegadas, os botões tácteis comuns do Android estão desenhados a vermelho abaixo do ecrã, bem como o LED de notificações. Acima do ecrã vem a câmara de 2 MP, o altifalante e os sensores de luminosidade e proximidade.
Quanto ao LED de notificações, em comparação com o Mi 4, este tem bastante maior intensidade e revela-se por isso mais útil, havendo uma maior percepção relativamente à cor apresentada, que descreve o tipo de notificação. Já quanto à iluminação dos botões capacitivos Apps, Home e Back, no Redmi 2 não existe e isso é uma lacuna evidente, já que em ambientes mais escuros pode fazer a diferença.
No topo tem apenas a ligação para os auriculares de jack 3,5 mm e em baixo encontra-se a ligação micro USB e o microfone.
Relativamente ao ecrã, a resolução de 720×1280 píxeis é adequada e o brilho é suficiente para situações de incidência de luz directa, mas não impressiona. A reprodução de cores é bastante equilibrada.
3. Sistema operativo e interface
O sistema operativo MIUI é produzido pela Mi e suportado também por uma enorme comunidade, pronta colaborar no seu desenvolvimento. Actualmente a versão mais recente é a MIUI 6 baseada no Android 4.4.4 KitKat, a versão presente no Redmi 2. No entanto já está em fase Beta a versão MIUI 6 baseada no Android 5.0 Lollipop, da qual deverão ser conhecidos mais pormenores em breve.
O seu aspecto é muito agradável e onde é evidente o cuidado nos pormenores. Todos os detalhes estão muito bem conseguidos e o design e fluidez de movimentos dão-lhe um requinte como nenhuma outra versão do Android consegue. O vídeo seguinte é bem demonstrativo disso mesmo.
Já no que diz respeito a funcionalidade, a versão existente no Mi 4 é em tudo idêntica à do Redmi 2, onde não há limitações ao nível de funcionalidades. Pode ver todos os detalhes da análise à funcionalidade do MIUI, em vídeo, na análise do Xiaomi Mi 4.
O MIUI é um sistema operativo mais personalizável que o Android original da Google, mas não é tão personalizável, por exemplo, como uma ROM Cyanogenmod, e isso só traz vantagens. As opções existentes foram de tal forma filtradas que apenas estão presentes as que realmente fazem sentido, num arrumação mais organizada.
Em termos de segurança e controlo de permissões, consumo de dados por aplicações e notificações está muito bem conseguido, tal como se pode ver no vídeo da análise do Mi 4 referido acima, e pode ver aqui outros detalhes. O MIUI é sem dúvida um must-have!
4. Câmara
As duas câmaras do Xiaomi Redmi 2 são câmaras com especificações comuns nos equipamentos de gama média e cujos resultados são também eles bastante satisfatórios, tendo em conta a gama.
A câmara principal tem 8 megapíxeis, permitindo assim a captura de imagens até 3264 x 2448 píxeis e vídeo até 1080p a 30 fps. Conta ainda com as funções comuns de foco automático e manual, detecção de rostos e sorrisos, HDR, permite a captura panorâmica e ainda a geo-referência. A câmara frontal é de 2MP e permite gravação de vídeo a 720p.
A velocidade de captura não impressiona, sendo um desempenho típico nesta gama.
Exemplos de imagens capturadas
5. Autonomia
O SoC que faz mover o Redmi 2, o Qualcomm Snapdragon 410, é bastante eficiente e em conjunto com uma bateria de 2200 mAh consegue resultados muito interessantes.
O tipo de utilização é sempre subjectivo, mas a minha utilização normal do dia-a-dia, com dados da rede móvel ou Wi-Fi sempre ligados, algumas dezenas de minutos de chamadas, chat, email e algumas actividades aleatórias, fizeram este smartphone atingir 3 dias de funcionamento sem ter de levar carga.
Fazendo exactamente o mesmo tipo de utilização no Xiaomi Mi 4, a autonomia é de 2 dias.
6. Veredicto
Num mercado com uma oferta tão diversificada, de concorrência apertadíssima, a Xiaomi volta a evidenciar-se com um smartphone muito equilibrado, construído com bons materiais e com bons acabamentos.
Relativamente a benchmarks, abaixo apresentam-se os testes no AnTuTu, 3DMark e PCMark, respectivamente.
Estes são números que permitem fazer comparações directas com outros dispositivos, no entanto não revelam tudo e não devem ser levados muito à risca.
À parte dos números, o Redmi 2 revela-se fluido, estável e rápido, considerando a gama. No browser tem também um desempenho muito interessante mas quando chega ao momento de alternar entre as aplicações, dependendo de quais forem e de quais já estejam abertas, então aí começa a evidenciar-se alguma lentidão. O motivo? Pouca memória RAM, tão simples quanto isso.
Para um smartphone de gama média com Dual-SIM 4G LTE, boa qualidade de construção e um sistema operativo de excelência, o seu preço está bastante em conta, mesmo com os custos adicionais de não existir oficialmente à venda em Portugal.
Se as características do Redmi 2 for o que precisa, certamente que vai ficar bem servido e não se vai arrepender.
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