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Análise: Smartphone Hisense Infinity H11

A Hisense é uma das marcas de tecnologia que também está a fazer as suas apostas no segmento dos smartphones e, no início do ano, lançou o Hisense Infinity H11, um modelo que traz o ecrã “infinito” na proporção 18:9. Curiosos com este lançamento da marca, já o testámos e hoje damos-lhe a conhecer todos os pormenores deste smartphone.


Características Gerais

O Hisense Infinity H11 traz um SoC da Qualcomm, o Snapdragon 435, octa-core, com 8 núcleos ARM Cortex-A53 a 1,4 GHz. Traz ainda uma GPU Adreno 505, 3 GB de RAM e 32 GB de armazenamento interno.

O ecrã é IPS de 5,99″, com resolução HD+ (720 x 1440 píxeis) e uma densidade de píxeis de 320 ppp. Este apresenta-se com os cantos arredondados num acabamento mais harmonioso com toda a estrutura.

Quanto às câmaras, o Hisense Infinity H11 não segue a tendência da câmara dupla, o que, sinceramente, não é desvantagem nenhuma, tendo em conta o que a concorrência anda a oferecer. Traz uma câmara traseira de 12 MP (abertura f/1.8) e, curiosamente, uma frontal de 16 MP (abertura f/2.0), mais à frente poderão ver alguns exemplos.

O sensor de impressões digitais está colocado na traseira, vem com USB Tipo-C, tem Wi-Fi a 2.4 GHz e Bluetooth. A capacidade da bateria é de 3400 mAh, sem carregamento rápido.

Especificações completas

Ecrã
  • 5,99″ de resolução 720 x 1440 píxeis, 320 ppp
Processador
  • CPU: Qualcomm Snapdragon 435, Octa-core (ARM Cortex-A53 a 1,4 GHz)
  • GPU: Adreno 505
Rede
  • LTE/HSPA+/GSM (com suporte da banda 20 da rede LTE)
Sistema Operativo
  • Android 7.1.2 (Nougat)
  • Version 5
Memória
  • Memória RAM: 3 GB
  • Memória interna: 32 GB
  • Memória externa: microSD (slot híbrido)
Câmara
  • Principal (traseira): 12 MP (f/1.8) com flash LED de dois tons, gravação de vídeo a 1080p
  • Secundária (frontal): 16 MP (f/2.0), com gravação de vídeo a 1080p
Sensores
  • Impressões digitais, acelerómetro, bússola, proximidade, luminosidade
Dimensões e peso
  • 158 x 76 x 7 mm, 170 g
Conectividade
  • Wi-Fi 802.11 b/g/n, Wi-Fi Direct, hotspot
  • GPS, A-GPS
  • Bluetooth
  • USB: USB Tipo-C
Bateria
  • 3400 mAh Li-Ion
Cores
  • Preto

 

Hardware e Design

O Hisense Infinity H11 apresenta uma construção em metal e vidro com acabamentos muito bons e que, no período de análise, não sofreram nenhuma mazela com a utilização comum. As laterais têm um acabamento boleado e os vidros da frente e traseira, acabamento 2.5D. Ainda na frente, existe uma moldura bastante fina em plástico em volta do ecrã de forma a torná-lo mais resistente a quedas.

O ecrã tem os cantos arredondados, acompanhando a estrutura do smartphone e acima dele existe o altifalante, os sensores de proximidade e luminosidade e a câmara frontal de 16 MP. Abaixo do ecrã não existe nenhum elemento, sendo que os botões de navegação estão presentes no ecrã.

Na lateral esquerda está colocada a ranhura para cartões que alberga dois cartões nano-SIM ou um nano-SIM e um cartão microSD, dependendo das necessidades do utilizador. À direita encontra-se o botão de volume e o botão de Power.

Na lateral de baixo existe uma grelha que não inclui nenhum elemento de áudio (apenas existe por questões estéticas) a porta USB Tipo-C, o microfone e o altifalante. É estranho não terem aproveitado a grelha da direita para a colocação do microfone. Em cima, existe um segundo microfone de redução de ruído e o jack de áudio de 3,5mm.

A traseira tem a câmara posicionada no canto superior direito, com flash LED colocado logo abaixo, e o sensor de impressões digitais está posicionado ao centro, mas muito acima. Tendo em consideração o tamanho do smartphone, este deveria estar numa posição onde o alcance fosse maior. Não costumo ter dificuldade em me adaptada a diferentes modelos, mas neste caso sempre que ia alcançar o sensor para desbloquear o smartphone, o dedo ficava sempre longe.

Nesta traseira ainda se pode ler a marca Hisense (onde deveria esta o sensor).

 

Na caixa

 

Interface e desempenho

A Hisense tem a sua própria interface de utilizador desenhada sobre o Android Nougat, neste caso, na versão 7.1.2. A interface é a Vision e apresenta pequenas alterações face àquilo que é o Android na versão pura.

Na Vision 5 as diferenças não são muito marcantes. A mais evidente são os ícones das aplicações, mas depois há, por exemplo, a possibilidade de expandir as notificações em qualquer parte do ecrã com um deslizar de dedo de cima para baixo, sem ter propriamente que ir à lateral superior do ecrã. Para fazer capturas de ecrã basta também deslizar três dedos em simultâneo para baixo. Conta ainda com uma série de ações por gestos estas mais comuns de encontrar em qualquer Android.

As aplicações que integra não são muitas, o que é uma vantagem. Vem com o pacote da apps da Google, que inclui, por exemplo, a Play Store, Chrome, Gmail, Maps e YouTube, e depois traz uma série de ferramentas, como gravador de áudio, rádio FM, player de música e vídeo e ainda vem com o teclado TouchPal.

 

O desempenho

O Hisense Infinity H11, perante as suas especificações e por ser um lançamento recente onde não foi incluindo o Android na versão mais recente, não é um smartphone propriamente acessível. No entanto, ao contrário das expectativas, está muito bem otimizado e consegue surpreender no desempenho e consumo de recursos, até em jogos que exigem um maior esforço do equipamento, mesmo ao nível gráfico.

Como habitualmente, para avaliar o desempenho, além da utilização intensiva pela ótica do utilizador comum, ainda foram corridos alguns testes de benchmark, nomeadamente, Geekbench e AnTuTu, com resultados dentro do esperado.

Existem outros aspetos que merecem atenção: a qualidade do ecrã e de som. Num ecrã de 6 polegadas é difícil que a resolução HD não apresente algumas imperfeições, principalmente ao nível da definição de contornos. Existem alguns elementos em que se nota que foram desenhados na perfeição para este ecrã, mas os conteúdos externos não são tão definidos quanto o exigido.

Ao nível de ângulos de visão, a Hisense fez um bom trabalho e o mesmo se pode dizer em relação ao ajuste e adaptação de luminosidade em diferentes ambientes.

O som tem um ajuste interessante entre volume máximo e mínimo, no entanto, não se nota a presença de graves e, à medida que se aumenta o volume, os agudos começam a incomodar.

 

Fotografia

No Hisense Infinity H11 é dada muita relevância à câmara frontal, que se apresenta com 16 MP, com uma abertura f/2.0. Mas é com a câmara traseira que se conseguem os resultados mais interessantes. Esta tem 13 MP, mas com uma abertura maior de f/1.8. Ambas gravam a 1080p.

A aplicação câmara vem com os modos Foto, Beleza, Intervalo de Tempo, Vídeo e HFR (para slowmotion). Dentro do modo Foto, em utilização da câmara traseira, ainda conta com HDR e a opção de escolha de diferentes modos: Automático, Áudio nota, Modo bebé, Noite, Noite-Por, Disparo Lento, Profissional e Pano.

Em seguida são apresentados alguns exemplos de fotografias captadas em diferentes ambientes e modos pelo Hisense Infinity H11.

 

Selfie

Com a câmara frontal, há deteção do rosto feita de forma automática, no entanto, a maioria das selfies ficam ligeiramente desfocadas, como se pode ver na primeira imagem, ainda que haja uma boa captação da luz. Contra a luz, o Hisense consegue fazer um bom equilíbrio das cores. À noite, o local escolhido tinha mesmo uma luz amarela forte que resultou na última selfie. O resultado é satisfatório.

 

Retrato

Apesar de não existir um modo retrato, nem um modo que permita criar efeito desfocado no plano de fundo, o Hisense Infinity H11 tem deteção de rosto. É notório algum ruído nas fotografias à noite, o que é normal para a gama.

 

Em pormenor

A distância focal é de cerca de 5 a 6 cm o que é muito bom e permite fotografar elementos com maior pormenor. Os detalhes captados com estas fotografias são grandes e o efeito desfocado dos elementos mais afastados é muito interessante.

 

À noite

Nos vários exemplos captados à noite não foram detetadas diferenças entre as fotografias captadas com modo automático ou modo Noite.

 

Com e sem HDR

Os exemplos capados com HDR não surpreenderam, acabando por criar um efeito embaciado nas fotos e perdendo mesmo alguns detalhes. Caso seja necessário, o ideal é editar a fotografia depois de a captar em modo automático sem HDR.

 

Bateria

O Hisense Infinity H11 vem equipado com uma bateria de 3200 mAh (sem carregamento rápido) que lhe garante uma autonomia de 1,5 a 3 dias, com uma utilização intensiva ou moderada, respetivamente. Através do teste de autonomia da app PC Mark, conseguiu 8 horas e 20 minutos num consumo intensivo dos 80 aos 20%.

 

Veredicto

O Hisense Infinity H11 encontra-se no mercado por cerca de 270€ e, por este motivo, deveria apresentar algumas características superiores, nomeadamente, a qualidade de som, a resolução do ecrã, já deveria vir com Android na versão mais recente (e é provável que já nem venha a receber atualização) e até deveria suportar ligações Wi-Fi a 5GHz.

No entanto, este é um smartphone com uma otimização surpreendente sem desiludir em nenhuma tarefa a que foi proposto. A autonomia é muito boa e as fotografias captadas têm a qualidade exigida. Outro aspeto positivo a referir é o facto de ser dual-SIM LTE com suporte da banda 20.

O seu design e qualidade de construção merecem também a nossa avaliação positiva, à exceção de um pequeno apontamento para a posição do sensor de impressões digitais.

O Pplware agradece à Hisense a cedência do Hisense Infinity H11 para análise.

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