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Análise ao Huawei Ascend Mate 7

A Huawei tem vindo a marcar uma posição forte no mercado móvel com equipamentos que primam pela conjugação entre a excelente qualidade de construção, hardware de grande desempenho e por uma interface simples, atractiva e desenhada à medida destes dispositivos.

O Huawei Ascend Mate 7 foi um dos equipamentos apresentados na IFA 2014 e até agora ainda não há uma data oficial para o seu lançamento em Portugal, mas o final do mês é apontado pela marca para que tal venha a acontecer.

Depois de já aqui termos aberto a caixa a este novo phablet da Huawei, apresentamos finalmente a sua análise detalhada.

Este novo Ascend da Huawei vem ocupar uma posição ao lado dos novos phablets do mercado e a marca faz questão de o comparar com os equipamentos das grandes marcas como a Samsung ou a Apple.

Apesar de ao longo deste mês de utilização ter encontrado alguns problemas em termos de desempenho, que se espera que estejam resolvidos quando o Mate 7 sair para o mercado, a verdade é que este equipamento de uma forma geral recebe a nossa nota positiva, tanto no que toca à construção e dimensões, como de qualidade de ecrã, autonomia e desempenho em geral.

Conheça melhor o Huawei Ascend Mate 7.

 

1 – Características Gerais

O Huawei Ascend Mate 7 vem com um processador HiSilicon Kirin 925, quad-core 1.8 GHz Cortex-A15 & quad-core 1.3 GHz Cortex-A7 e com um GPU Mali-T628. Tem 2GB de RAM (ou 3 GB) e está disponível na versão de 16GB (ou 32GB) de armazenamento interno, expansível até 128GB através de microSD.

Vem com a versão Android 4.4.2 KitKat, optimizada através da interface Emotion UI 3.0 da Huawei que lhe proporciona uma utilização completamente diferente da de um Android comum.

O Mate 7 vem disponível em 3 cores, preto, prata (modelo em análise) e dourado. O seu ecrã de 6 polegadas tem uma resolução FullHD de 1080 x 1920 píxeis (densidade aproximada de 368 ppp), com a protecção Gorilla Glass 3. A qualidade de imagem é garantida. A definição, as cores, o brilho e até mesmo na exposição à luz solar, constituem no seu conjunto um factor bastante positivo neste novo dispositivo da Huawei.

Uma das novidades da marca para o seu novo phablet foi a incorporação de um sensor de leitura de impressões digitais, que é realmente mais prático que o de qualquer outro dispositivo com este tipo de sensor integrado.

O novo Ascend vem muito bem embalado e faz-se acompanhar de um pequeno manual de instruções rápidas, carregador, cabo USB/microUSB e auscultadores. Confira estes acessórios e alguns detalhes extra no vídeo abaixo, que preparámos aquando do seu unboxing.

 

Especificações completas

  • Ecrã
    • IPS LCD de 6″, resolução FullHD 1080 x 1920 (~368 ppp)
    • Protecção Corning Gorilla Glass 3
  • Processador
    • HiSilicon Kirin 925, quad-core 1.8 GHz Cortex-A15 & quad-core 1.3 GHz Cortex-A7
    • GPU: Mali-T628
  • Rede
    • 2.5G (GSM/ GPRS/ EDGE): 850 / 900 / 1800 / 1900 MHz
    • 3G (HSPA+ 42Mbps): 850 / 900 / 1700 / 1900 / 2100 MHz
    • 4G (LTE): 700 / 800 / 850 / 900 / 1700 / 1800 / 1900 / 2100 / 2600 / TD-LTE 2300
  • Sistema Operativo
    • Android 4.4.2 (KitKat)
    • Interface: Emotion UI 3.0
  • Memória
    • Memória RAM: 2GB/3GB
    • Memória interna: 16GB/32GB
    • Memória externa: cartão microSD
  • Câmara
    • Principal (traseira): 13 MP, Flash LED, foco automático
    • Secundária (frontal): 5 MP com capacidade de gravação de vídeo a 720p
  • Funcionalidades da câmara
    • Geo-tagging, detecção de rosto, HDR (High Dynamic Range), panorama
  • Vídeo
    • Gravação: FullHD (1080p@30fps)
  • Funcionalidades adicionais
    • Gestor de ficheiros
    • Gestor de telefone, com optimização de recursos
    • Temas personalisávies
    • Ferramentas: Lupa, espelho, rádio FM, marcação por voz, lanterna, etc.
    • Teclado inteligente
    • Huawei HUB – portal com apps e jogos gratuitos para o Huawei
    • Controlo de movimentos
  • Sensores
    • Acelerómetro, giroscópio, proximidade, bússola, impressões digitais
  • Dimensões e peso
    • 157 x 81 x 7,9 mm, 185 g
  • Conectividade
    • Wi-Fi 802.11 a/b/g/n, dual-band, DLNA, Wi-Fi Direct, Wi-Fi hotspot
    • GPS / GLONASS
    • NFC, Bluetooth® 4.0 (A2DP, EDR, LE)
    • USB: microUSB v2.0, USB Host, USB On-the-go
  • Bateria
    • 4100 mAh Li-Ion
  • Cores
    • Obsidian black, Moonlight silver, Amber gold

 

2 – Hardware e Design

Sendo assumidamente o ano dos smartphones grandes, ou phablets, como lhe queira chamar, a Huawei apresenta um equipamento com ecrã de 6 polegadas bastante bem desenhado e com uma estrutura que faz dele um dos mais pequenos da categoria. Falo concretamente de 15,7 cm de altura 8,1 cm de largura e apenas 7,9 mm de espessura para 185 g. De notar que o Galaxy Note 4 de 5,7″ tem uma dimensão de 153.5 x 78.6 x 8.5 mm e pesa 176 g e o iPhone 6 Plus, de 5.5 polegadas, 158.1 x 77.8 x 7.1 mm e 172 g.

Em cima, na lateral, o Mate 7 inclui a entrada para os auscultadores e um microfone e, em baixo, o outro microfone e a porta microUSB. Já na frente, em cima estão colocados dos sensores de proximidade e luminosidade, a câmara de 5 megapíxeis, o altifalante e o LED RGB de notificações.

Uma vez que a bateria não é removível, as laterais acompanham toda a estrutura traseira metálica. Do lado esquerdo encontram-se os slots para o cartão micro SIM e para o cartão microSD e do lado direito encontram-se os botões de Volume e de Power. Estes botões estão perfeitamente colocado para serem acessíveis apenas com uma mão.

Na traseira, em baixo, vem o altifalante, que apesar de não ter um som nada extraordinário, é razoável, no entanto, dado o seu posicionamento, quando o Mate 7 está assente em qualquer superfície, perde-se substancialmente a qualidade de som.

A câmara de 13 megapíxeis encontra-se em cima, a meio, e está acompanhada do flash LED. Abaixo da câmara encontra-se o novo sensor de leitura de impressões digitais.

 

3 – O Android 4.4 e o Emotion UI 3.0

A Huawei faz questão de diferenciar os seus smartphones com uma interface que em tudo se distingue de um Android original e, apesar de vir com a versão 4.4 do Android, a interface Emotion UI 3.0, que recebeu algumas melhorias face à Emotion UI 2.3 que encontrámos no Ascend P7, confere-lhe uma experiência de utilização completamente diferente.

O sistema é bastante fluído de uma forma geral, contudo, encontrei ao longo do tempo diversos problemas de desempenho e pequenos bugs, nomeadamente a nível de qualidade das chamadas, visualização de vídeos no YouTube a mais de 720p, bloqueios na câmara fotográfica, partilha de imagens, entre outros. Apesar disso, acredito que os mesmos serão resolvidos antes do phablet ser colocado à venda no mercado. Como tal, assim que o sistema for actualizado, voltarei a efectuar alguns testes para perceber se os problemas persistem e deixarei um novo artigo com essas informações detalhadas.

Nestes equipamentos da Huawei, a organização das aplicações é feita de uma forma bastante distinta do Android comum. Aqui não temos um menu com todas as apps instaladas no smartphone. Temos sim, as aplicações distribuídas por vários ecrãs, todos eles personalizáveis, mais ou menos ao estilo do iOS, mas com a vantagem de se poderem utilizar todos os widgets, que acabam por trazer uma melhoria em termos de produtividade e informação disponível ao utilizador.

A barra de notificações, basicamente contém todas as informações comuns de um Android, contudo, ao expandi-la, do lado esquerdo do ecrã, as notificações são mostradas por ordem cronológica, com informação da hora a que foram recebidas. Algumas destas notificações são interactivas e permitem acesso a algumas acções rápidas. Se a barra de notificações for expandida do lado direito é mostrada uma série de atalhos às definições do smartphone.

Algo que também se distingue de um Android comum é a forma como definições estão organizadas, mas que não se pode dizer que é melhor ou pior, é simplesmente diferente e o utilizador adaptar-se-á de igual forma a cada uma delas.

O Ascend Mate 7 vem com uma novidade ao nível de sensores, trazendo consigo o sensor de leitura de impressões digitais que permite basicamente desbloquear o smartphone, ou aceder a conteúdos privados.

O sensor encontra-se colocado na traseira do equipamento, perfeitamente acessível com o dedo indicador assim que se agarra no Mate 7, depois, com um simples toque no sensor o equipamento é desbloqueado sem que se tenha de carregar em qualquer botão ou sem se ter que utilizar a outra mão para auxiliar na acção.

Sinceramente, não vendo grande vantagem na utilização de sensores biométricos em smarphones mas considero que este, de entre os que são já conhecidos no mercado, é o mais simples e de utilização mais eficaz. No caso do Galaxy S5, ao fim de 2 ou 3 dias já o tinha desactivado devido à forma de interacção com o sensor, mas neste equipamento, desde que o estou a utilizar que tenho esta forma de desbloqueio activa e ainda não senti qualquer desconforto ou constrangimento em o utilizar.

 

Aplicações e Funcionalidades

Também este equipamento vem com algumas aplicações e funcionalidades desenvolvidas à sua medida, que vale a pena destacar:

 

4 – Câmara

A câmara principal do Mate 7 tem 13 megapíxeis e captura imagens com uma resolução máxima de 4160 x 3120 píxeis e mínima de 3264 x 1840 (6 megaíxeis). A captura de vídeo poderá ser feita em FullHD, 1080p. A câmara frontal de 5 megapíxeis consegue capturar fotografias até 2592 x 1952 e vídeo em FullHD.

Em termos de funcionalidades o utilizador não necessita de qualquer aplicação externa de edição ou de captura. Além das mais comuns funcionalidades, como modo de embelezamento, panorama e HDR, ainda permite incluir notas de audio às fotografias, aplicar filtros e marcas de água e depois de capturadas as imagens, estas ainda poderão sofrer nova edição.

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A qualidade das imagens não é de todo extraordinária, quando comparada com a de outros equipamentos, como o Galaxy S5, o LG G3, ou até mesmo o G2. Não se pode dizer que as imagens sejam fracas, porque não o são, apenas se nota perfeitamente que são de qualidade inferior à concorrência referida. Em gravação de vídeo os resultados são positivos tanto em ambientes bem iluminados como mais carentes de luz. Vale a pena ainda referir que em ambientes com ruído, a gravação de som fica um pouco distorcida.

Verifique alguns exemplos de fotografias capturadas com a câmara do Mate 7 em diferentes ambientes.

 

5 – Autonomia

Em termos de autonomia este equipamento leva um ponto positivo. Não permite uma utilização intensiva de 3 dias, isso seria ideal, mas não, isso é algo que não se conhece em nenhum equipamento do género, mas em utilização intensiva dura à vontade um dia inteiro.

O Mate 7 incorpora uma bateria de 4100 mAh e até foram atingidos os 3 dias de autonomia, mas com uma utilização bastante moderada. No geral, a bateria conseguiu ciclos de 1 dia e meio a 2 de utilização normal, com Wi-Fi ligado, brilho automático, utilização da máquina fotográfica para a captura de uma ou outra foto e gravação de vídeo, consulta de e-mail e redes sociais.

Em termos práticos, em visualização de vídeos, com o brilho e som no máximo, tem uma autonomia para 9,2 horas. Com o ecrã ligado com o brilho no máximo, sem qualquer interacção onde apenas é mostrado o homescreen, a autonomia atinge as 12 horas.

 

6 – Veredicto

Sem dúvida alguma estamos perante um excelente equipamento que conjuga grandes características, começando pela qualidade de construção, pela qualidade do ecrã, hardware, que lhe proporciona um excelente desempenho, terminando na interface e funcionalidades integradas. Contudo, existem alguns problemas já enumerados que vão prejudicando toda a experiência de utilização.

A definição, as cores, o brilho e até mesmo a utilização em exposição à luz solar representam um dos factores positivos deste equipamento. Também a autonomia, ligeiramente superior à de alguma concorrência, merece a nossa avaliação positiva.

Talvez pelo facto de todo ele ser em metal, é frequente haver perdas de rede, o que acaba por prejudicar a qualidade das chamadas. Porém, quem está do outro lado da chamada, refere que a qualidade com que ouve é muito superior à de equipamentos aqui anteriormente testados.

Tendo em conta todos os factores, o preço de venda ao público recomendado de 499 euros não parece de todo desajustado, contudo será necessário que os vários problemas detectados sejam resolvidos atempadamente.

A Huawei há muito que reclama uma maior reputação no mercado e parece que está a avançar no sentido certo para essa afirmação.

O Pplware agradece à Huawei a cedência do Huawei Ascend Mate 7 para análise.

  Huawei Ascende Mate 7

 

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