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A OnePlus vai diminuir a fadiga ocular provocada pelos ecrãs OLED

Com o OnePlus 7 já a delinear-se no horizonte, a fabricante chinesa quererá eliminar o “notch” de uma vez por todas. Além disso, deverá mitigar um dos inconvenientes dos ecrãs OLED, o estranho e incomodativo pulsar quando estes estão no brilho mínimo, algo que se refletirá nos seus próximos smartphones Android.

De facto, a marca ter-se-á apercebido da fadiga ocular provocada pela atual implementação da tecnologia, propondo-se a encontrar uma solução para podermos utilizar o ecrã confortavelmente, mesmo à noite.


Assim que o sol baixa no horizonte, ou nos encontramos num ambiente escuro, o brilho dos ecrãs pode ser definido para valores mínimos. Seja de forma manual ou automática, a atual geração de painéis OLED apresenta um notório inconveniente devido à modulação da corrente elétrica que o alimenta.

O estranho pulsar dos ecrãs OLED

Com efeito, se para atingir o brilho máximo num ecrã OLED é fornecida uma corrente constante, no cenário oposto a corrente é fornecida mediante vários pulsares. Os detalhes exatos do funcionamento podem ser encontrados na página OLED-info onde é descrita a implementação do PWM.

Como resultado deste controlo de corrente, o ecrã apresenta o fenómeno flicker ou um tremer visualmente desagradável. A causa? Os pulsares de corrente emitidos a intervalos regulares de tempo sucintamente resumidos no gráfico em seguida apresentado.

 

O PWM tem várias desvantagens. Como resultado da sua implementação podem surgir várias sensações de desconforto, até mesmo enxaquecas ou dores de cabeça severas. Além disso, vários estudos comprovaram que cerca de 10% dos utilizadores queixam-se de desconforto ao utilizar ecrãs OLED que utilizem o PWM. Os demais utilizadores não apresentam sintomas, ou apontam apenas um ligeiro desconforto. Porém, algumas pessoas apresentam uma sintomática severa e isto deve-se ao tremer do ecrã.

A OnePlus é uma das fabricantes a trabalhar numa alternativa

A chinesa OnePlus, bem como outras fabricantes, está a trabalhar numa alternativa a esta implementação, o PWC para regular o brilho de ecrã. Com efeito, a tecnológica está à procura de uma alternativa à modulação com o intuito de melhorar os ecrãs OLED utilizados nos seus smartphones Android.

Neste momento a solução encontrada passará pela regulação do brilho através da corrente direta (DC). Assim, em vez de ajustar o intervalo de tempo entre as cargas recebidas pelo ecrã OLED, regularão a intensidade da corrente direta fornecida ao display. Em síntese, será continuamente alimentado para evitar o flickering.

A novidade foi confirmada por Pete Lau, o CEO da OnePlus, através de uma publicação na Weibo.  Aí, o executivo reconheceu a importância de garantir a qualidade dos seus smartphones Android e também o conforto dos utilizadores. Algo que também se refletirá na sua próxima aposta, o OnePlus 7.

A utilização prolongada dos nossos smartphones Android e iOS

Mais ainda, o executivo salientou a importância de diminuir a fadiga ocular provocada pelos ecrãs. Algo que afeta todo o tipo de displays, OLED e LCD por igual. É um reflexo, e consequência, da utilização prolongada de dispositivos móveis. Uma sintomática atual e que não dá sinais de diminuição, aliás, verifica-se o oposto.

Numa última nota e ainda de acordo com o CEO da OnePlus, a nova implementação trará algumas consequências. A nova forma de regulação do brilho do ecrã poderá afetar a qualidade da imagem nos ecrãs OLED. Como tal, a opção deverá chegar desativada por definição nos seus próximos smartphones Android.

Contudo, se sentir algum desconforto ou fadiga ocular, poderá ativar o DC para regular o brilho de ecrã. Note-se ainda que a tecnologia ainda está a ser desenvolvida e deverá apresentar melhorias na sua versão final.

Já sentiu algum desconforto ao utilizar ecrãs OLED?
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