As redes sociais e plataformas de comunicação instantânea como o WhatsApp estão a ser utilizados para um lamentável fim. A pornografia infantil e abusos sexuais de crianças grassam sem peso ou medida em certos países, tal como aponta um novo estudo que aponta o dedo à partilha deste material nos grupos de chat.
Ainda que todas as redes sociais e plataformas tenham os seus cantos escuros, há alguns demasiado negros.
Com efeito, tal como avança o Independent, na Índia é cada vez mais comum encontrar grupos de chat e partilha de conteúdo sexual, material abusivo e em torno de menores. As conclusões foram apontadas pela entidade de segurança online, a Cyber Peace Foundation (CPF), indicando uma realidade preocupante.
Pedofilia, abusos sexuais e temática adjacente no WhatApp
Ao mesmo tempo, o WhatsApp é a plataforma de comunicações instantâneas mais utilizada na Índia. O mesmo estudo teve também repercussão no Economic Times que aponta um mesmo cenário. O WhatsApp é utilizado, através dos seus grupos de chat, para partilhar, por exemplo, vídeos de abusos sexuais a crianças.
Por sua vez, a rede social detida por Mark Zuckerberg afirma ter uma política de tolerância zero para com este tipo de conteúdos. Contudo, por via da regra, a menos que alguém denuncie o grupo, torna-se difícil rastrear este tipo de conteúdos. Já, por outro lado, os membros dos grupos fazem com que estes se mantenham ativos.
Os grupos identificados pela CPF foram, desde então, eliminados pela plataforma. Infelizmente, a criação de outro grupo com o mesmo intuito é um processo igualmente simples e não deverá por fim ao fenómeno. Ao mesmo tempo, a agência refere que grande parte dos grupos detetados eram públicos e de fácil descoberta.
O material circula em grupos do WhatsApp
A investigação desta agência teve lugar durante o mês de março, mas não é a primeira nesse sentido. Com efeito, o WhatsApp já foi palco de várias más notícias, também com a tónica a recair a partilha de pornografia infantil, abusos sexuais e conteúdo similar. Desta feita, os participantes dos grupos entravam via convite.
Ao mesmo tempo, a CPF refere que “Existem vários grupos que também solicitam contato físico com adultos ou crianças, cada qual com o seu preço”. Por outras palavras, ter-se-á gerado uma indústria e todo um mercado negro através da plataforma fornecida pela rede social WhatsApp.
Uma porta-voz do WhatsApp deu a saber que a plataforma está a fazer os possíveis por conter a tendência.
Nós (WhatsApp) dependemos de sinais externos e disponíveis, tal como informações dos grupos, deteção e remoção ativa de contas suspeitas de enviar, ou receber, pornografia infantil. Nós recebemos o estudo da CPF e estamos a estudar cuidadosamente todo o seu material e conclusões. A propósito, os grupos aí referidos já foram banidos da nossa plataforma.
A rede social está constantemente a implementar novas formas de impedir esta tendência, para tal colaborando com outras plataformas tecnológicas e outras tecnologias. Tudo isto para manter fora da sua plataforma este tipo de situações. Ainda assim, o combate prevê-se longo e de conclusão dúbia.
Poderá a rede social pôr fim à pornografia infantil na sua plataforma?
O próprio WhatsApp afirma que ao longo dos últimos três meses baniu cerca de 250 mil contas, todos os meses, devido à partilha de pornografia infantil e material similar. Ao mesmo tempo, intensifica também o combate à propagação de notícias falsas. Sem esquecer também o discurso do ódio, ainda presente.
Apesar de todos os alertas, é um combate difícil. Ao passo que a empresa pode bloquear um grupo da sua rede, os seus membros podem criar rapidamente outro. Há, em última instância, o perigo de ao eliminar um grupo, vários dos ex-membros criarem um novo, adivinhando-se assim uma tarefa hercúlea por parte do WhatsApp.
Já se deparou com conteúdo deste género nas redes sociais??