As redes sociais estão a trabalhar, por forma a tornar as suas plataformas menos prejudiciais, garantindo que os utilizadores se sentem e estão, efetivamente, seguros. Dando mais um passo nesse sentido, o Twitter anunciou que proibirá a partilha de imagens de pessoas sem o seu consentimento.
A medida já suscitou críticas e alguns utilizadores falam até em censura.
Apesar de a publicação de informações privadas e a partilha de imagens privadas de nudez já sejam proibidas na rede social, o Twitter alargou as proibições associadas a fotografias e vídeos para incluir aquelas captadas em ambientes comuns.
A partilha de conteúdos pessoais, tais como imagens ou vídeos, pode potencialmente violar a privacidade de uma pessoa, e pode levar a danos emocionais ou físicos.
Referiu o Twitter.
Agora, a plataforma começará a proibir a partilha de vídeos e fotografias privadas sem o consentimento das pessoas envolvidas. Esta medida surge na sequência de o Twitter ter bloqueado três contas diferentes de utilizadores que tiraram fotografias em frente da casa de JK Rowling, divulgando e tornando pública a sua morada. Essa situação levantou questões sobre a facilidade com que alguém fotografa ou grava outro alguém, sem o seu consentimento, e partilha no Twitter, por inúmeros motivos.
Há preocupações crescentes sobre o uso indevido das redes sociais e de informações que não estão disponíveis noutros locais online como instrumento para assediar, intimidar e revelar as identidades dos indivíduos.
Explicou o Twitter, que eliminará os conteúdos que violem esta nova medida, quando for contactado pelos lesados ou pelos seus representantes legais.
Apesar de a nova medida se focar na proteção da privacidade dos utilizadores, não está a ser bem recebida por alguns, que a têm contestado. Afinal, consideram que demonstra que a rede social tem poder para censurar informação.
Mais do que isso, a rede social disse que a nova política não será aplicável aos órgãos que apresentem imagens ou vídeos de figuras públicas ou indivíduos acompanhados de informação que seja de interesse público. Esta exceção suscitou também críticas, uma vez que há quem acredite que o Twitter, enquanto empresa, não é um árbitro apropriado daquilo que é pode ser de interesse público.
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