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Nova rede social incentiva os utilizadores a “só falar”. Utilizaria?

As redes sociais transformaram o modo como as pessoas interagem e se relacionam. Por isso, o novo Airchat quer incentivar os utilizadores a “só falar” – não escrever, mas falar.


Apesar de já ter sido mostrado no ano passado, o Airchat foi, agora, reconstruído e relançado. Disponível para iOS e Android e descrita como um “walkie-talkie social”, a aplicação já ocupa o 23.º lugar na classificação da App Store da Apple na categoria Redes Sociais.

O Airchat foi concebido pelo fundador da AngelList, Naval Ravikant, e pelo antigo executivo de produto do Tinder, Brian Norgard. O objetivo passa por incentivar os utilizadores a falar.

Naval Ravikant, fundador da AngelList

Visualmente, o Airchat parece familiar, pois permite seguir outros utilizadores, percorrer um feed de mensagens, responder-lhes, gostar delas e partilhá-las. Essas mensagens e respostas são gravações de áudio, que a aplicação transcreve.

Ao abrir o Airchat, as mensagens começam a ser reproduzidas automaticamente e o utilizador pode explorá-las. Se quiser, pode pausar o áudio e ler apenas o texto. Os utilizadores podem, também, partilhar fotografias e vídeos.

 

Airchat quer incentivar utilizadores a falar

Apesar de oferecer um leque de possibilidades semelhante ao de outras redes sociais, o áudio é a funcionalidade diferenciadora e aquela que, segundo Ravikant, transforma a dinâmica em comparação com as redes sociais baseadas em texto.

Os seres humanos são todos feitos para se darem bem com outros seres humanos, só que isso requer uma voz natural. Os meios de comunicação online apenas com texto deram-nos a ilusão de que as pessoas não se podem dar bem, mas, na verdade, toda a gente se pode dar bem.

Disse Ravikant.

Embora não seja a primeira vez que empresas de tecnologia apostam na voz para revolucionar as redes sociais, as mensagens assíncronas e sequenciais do Airchat querem proporcionar uma experiência bastante diferente das salas de conversação ao vivo que conhecemos com o Clubhouse e o Twitter Spaces. De forma semelhante, também o Airchat exige um convite.

Segundo Brian Norgard, a abordagem do Airchat elimina a barreira do medo de participar, porque “podes fazer quantas tentativas quiseres para compor uma mensagem e ninguém sabe”.

Aliás, em conversas com os primeiros utilizadores, a equipa descobriu que “a maioria das pessoas que utiliza o Airchat, atualmente, são muito introvertidas e tímidas”.

Quando questionado sobre monetização – ou seja, anúncios dentro da app -, Ravikant disse que não há “nenhuma pressão de monetização sobre a empresa” e que vão “gerir isto com poucos recursos, se for preciso”.

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