A rede social de Mark Zuckerberg apresentará, muito em breve, uma nova ferramenta para o seu “feed” de notícias. O seu nome? Ações da Comunidade e consistirá numa nova plataforma para petições públicas no Facebook.
A nova ferramenta trará também novas responsabilidades para esta rede social que tem enfrentado bastante contestação. Ainda assim, há sem dúvida bastante potencial nestas Ações da Comunidade.
Seja para unir a vizinhança em prol de um objetivo comum. Expressando, por exemplo, uma preocupação e demanda de ação dos órgãos públicos. A sua potencialidade é inquestionável.
Ações da Comunidade, a plataforma de petições do Facebook
Seja para promover algum tipo de consciencialização da esfera público/social, os seus fins podem ser múltiplos. Unir os utilizadores da rede social em torno de causas comuns que afetem a sociedade civil.
Contudo, as novas petições poderão ser usadas para fins menos nobres. Aqui tudo dependerá da boa vontade e boa-fé de quem está atrás do ecrã e escusado será dizer que nem sempre se verifica o melhor cenário possível…
Como será moderada a nova plataforma da rede social?
Até que sejam apresentadas políticas de controlo e regulação do uso das petições, nada impedirá a sua utilização para todo e qualquer fim. Aliás, como praticamente todas as ferramentas do Facebook, tanto podem ser utilizadas para o bem ou para semear a discórdia.
Já de acordo com o TechCrunch, a funcionalidade começará a chegar aos utilizadores nos Estados Unidos da América. Em seguida chegará também a mercados e países selecionados pela rede social.
Os utilizadores da rede social poderão ilustrar a sua petição, colocar as etiquetas apropriadas e identificar órgãos governamentais. Em suma, vemos assim que o objetivo destas ações passará mais pelo alerta e comunicação com as entidades estatais.
Uma alternativa do Facebook à Change.org?
Assim sendo, as Ações da Comunidade não visam substituir – para já – a plataforma Change.org. Mesmo que a sua premissa basilar seja semelhante, o escopo da nova ferramenta do Facebook é mais restrito.
O objetivo último? Popularizar ou viralizar este novo tipo de ações. Fazer com que a comunidade suporte a causa. Fazer com que esta chegue ao conhecimento das entidades estatais para que estas se inteirem dos motivos subjacentes à ação.
Por outras palavras, a rede social quer ser um elo de ligação entre a comunidade civil e os órgãos de poder. Algo que reflete também a natureza de fórum de debate social que cada vez mais pauta o próprio Facebook.
Esperemos claro, que a rede social saiba moderar esta nova ferramenta. Pois, se há algo que nasce imbuído de nobres intenções, nas mãos da Internet pode facilmente ser deturpada.
A plataforma de petições não é desprovida de mérito
Ainda assim, reconhecemos o mérito destas ações da comunidade. Com um simples clique em “Apoiar”, passará a inteirar-se da causa, dos seus motivos e desenvolvimentos.
Caso a sua implementação seja fiel às imagens que ilustram este artigo, todo o processo de inscrição será muito mais simples. Com os dados previamente registados na rede social, bastará, portanto, um simples clique para apoiar uma causa.
Criar comunidades informadas e pró-ativas na manutenção do bem-estar da sociedade é parte da missão do Facebook
| excerto do esclarecimento que acompanha a nova ferramenta.
Por fim, é certo que as novas ações da comunidade levantam novos desafios e complexidades para a rede social. Em primeiro lugar resta saber como é que a ferramenta será moderada.
Aguardamos agora pela sua chegada à rede social
Para que fins poderemos criar uma petição? Quem se poderá juntar a uma determinada causa? Quais os princípios que a pautarão? E claro, que limites se lhe poderão impor? Perguntas que carecem de resposta.
Em segundo lugar importa também esclarecer como será possível reagir às petições. Isto é, quais serão as opções de defesa de quem (entidade) que se vir alvo das ações da comunidade. Como reagir perante esta nova plataforma?
Seja como for, há aqui uma grande oportunidade para a rede social. Unir as vozes da população em torno de uma causa comum.