O mundo está em total mudança e há números preocupantes como os níveis de dióxido de carbono. Apesar de todos os apelos para um “mundo mais verde”, os países continuam a ignorar o estado do planeta e os resultados não deixam margem para dúvidas.
No passado mês de maio, os níveis de dióxido de carbono atingiram os níveis mais altos de sempre da humanidade.
Dióxido de Carbono: Antes da revolução industrial, o nível de CO2 rondava os 280 ppm
A quantidade de dióxido de carbono que aquece o planeta na atmosfera ultrapassou um marco importante (mais de 50% acima dos tempos pré-industriais), alertou a Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) na sexta-feira. A organização salientou que esses níveis não eram registados há milhões de anos.
O aquecimento global causado pelo homem – com produção de eletricidade com energias fósseis, transportes, produção de cimento ou desmatamento – é responsável por esse fenómeno, destacou a agência americana.
Em maio de 2022, foi ultrapassado o limite de 420 partes por milhão (ppm), unidade de medida utilizada para quantificar a poluição do ar. Em maio de 2021 essa taxa era de 419 ppm, e, em 2020, de 417 ppm.
Antes da revolução industrial, o nível de dióxido de carbono rondava os 280 ppm durante os cerca de 6.000 anos de civilização humana que a precederam, de acordo com o NOAA.
O nível alcançado hoje “é comparável” ao que era “entre 4,1 e 4,5 milhões de anos atrás, quando os níveis de CO2 estavam próximos ou acima de 400 ppm”, referiu a agência em comunicado.
O nível do mar na época era de 5 a 25 metros mais alto, o suficiente para que muitas das grandes cidades de hoje ficassem submersas.
O dióxido de carbono é um composto químico constituído por dois átomos de oxigénio e um átomo de carbono. A representação química é CO₂. O dióxido de carbono foi descoberto pelo escocês Joseph Black em 1754. Estruturalmente o dióxido de carbono é constituído por moléculas de geometria linear e de carácter apolar.