Porque recordar é sempre bom, o Pplware traz aos seus leitores a sua habitual rubrica semanal de música. Apresentamos nesta rubrica as músicas que marcaram a nossa juventude ou o nosso passado recente e que ainda ouvimos por serem marcos na nossa vida.
Podem encontrar música de estilos tão variados como o Rock, a música de dança e até o Pop que tanto gostamos. Os artistas são conhecidos, com as músicas que os fizeram famosos e tanto nos agradam.
Entrem então no artigo e vejam o clássico que escolhemos para hoje!
Podem deixar nos comentários os nomes das bandas que querem ver aqui no Pplware Classics. Vamos procurá-las por vocês e apresentar os seus êxitos mais marcantes.
Eis então o vídeo de música que temos hoje para os nossos leitores!
Let’s Go Crazy – Prince
Prince Rogers Nelson (Minneapolis, 7 de junho de 1958 — Chanhassen, 21 de abril de 2016) foi um famoso cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor, ator, filantropo e bailarino norte-americano. Lançou 39 discos em vida, e sua música mistura diversos géneros como o funk, R&B, soul, jazz, rock, pop e hip hop.
Filho de pais músicos, Prince teve bastante contato com instrumentos desde pequeno. O primeiro instrumento que ele aprendeu a tocar foi o piano, apenas com 7 anos de idade, herdado de seu pai, quando este se separou da mãe do músico. Com o passar do tempo aderiu a diversos outros instrumentos, como o baixo, bateria, percussão, guitarra e muitos mais. O conhecimento adquirido através do convívio com esses diversos instrumentos musicais permitiu que Prince, já em seu primeiro disco, intitulado “For You”, gravasse tudo sozinho. Além de tocar todos os instrumentos, ele também compôs a maioria das letras, bem como produziu o álbum. Esse padrão se estendeu durante toda a sua carreira: ele não permitia que ninguém interferisse no seu processo criativo. Seguiu compondo, produzindo, tocando e ditando as regras em todos os seus trabalhos artísticos. Ele gravou compulsivamente a maior parte da vida, e sempre esteve trabalhando até à exaustão no seu estúdio pessoal em Paisley Park. Por causa disso, Prince ganhou fama de “workaholic”, ou seja; de pessoa obcecada pelo trabalho.
Seu álbum de maior sucesso foi Purple Rain, de 1984, que veio acompanhado de um filme de mesmo nome. Purple Rain vendeu mais de 21 milhões de cópias e ajudou a fomentar a influência de Prince na década de 80 como um dos maiores ícones da música pop norte-americana. Nos anos 90, Prince teve um período de baixa popularidade, devido principalmente às brigas com a Warner Bros., que era a editora do músico. Ele acreditava que a editora limitava o seu trabalho artístico, e para fugir da Warner, acabou mudando o nome para um símbolo impronunciável. Em meados dos anos 2000, Prince voltou a ter popularidade principalmente a partir de sua lendária apresentação na cerimónia de entrega de prémios do Grammy Awards, em 2004, ao lado da cantora Beyoncé. No mesmo ano ele lançava o disco Musicology, que ficou em primeiro lugar nos tops em cinco países. Outros fatores que marcaram a carreira e a vida de Prince durante a década foram as várias turnés multi-milionárias, o seu show no intervalo do Super Bowl em 2007 e a sua conversão no grupo religioso Testemunhas de Jeová.
Prince é considerado um dos maiores ícones da música pop de todos os tempos. Ele é aclamado pelos críticos, que elogiam o seu trabalho pela versatilidade em compor, tocar, cantar e dançar, e pelas suas performances, descritas por anos como sendo algo extraordinário. Seu trabalho tem influenciado diversos músicos especialmente da black music norte-americana, como Bruno Mars, Beyoncé e The Weeknd. O público, por sua vez, deu prestígio à Prince fazendo dele um dos recordistas de venda de discos: foram mais de 100 milhões de álbuns e 60 milhões de singles vendidos ao longo de sua carreira. Várias instituições da música reconhecem o seu trabalho, também. Ele ganhou 7 Grammys, além de possuir dois álbuns no Grammy Hall Of Fame Award. Em 2003, a prestigiada revista Rolling Stone colocou Purple Rain em 72° em sua lista de 500 melhores álbuns de todos os tempos, sendo que a revista Time já o tinha classificado em 15°. Além de Purple Rain, a Time anexou Sign O the Times’ nesta lista. Em 2008, Prince foi eleito o 30º maior cantor de todos os tempos pela Rolling Stones. Em 2012, Prince foi eleito o 28° maior artista de todos os tempos também pela Rolling Stone, e em 2011, a mesma Rolling Stone ainda o colocaria em 33º na sua lista de melhores guitarristas. A lista foi compilada a partir dos votos de vários outros guitarristas famosos, como Tony Iommi, Eddie Van Halen e Brian May. Prince ainda figuraria a 6° posição em uma lista com o mesmo tema feita pela SPIN, a 14° na lista a Gibson de maiores guitarristas e a 10° na lista da Time. O SPIN ainda incluiria Prince em primeiro lugar na sua lista de ‘maiores frontman’ de todos os tempos. Em 2004, Prince foi introduzido ao “Rock and Roll Hall of Fame”, uma espécie de “museu da música” que perpetua os mais importantes nomes da indústria fonográfica; artistas que de alguma forma tiveram impacto na cultura norte-americana. Na ocasião, o músico fez um mesh-up de “The Glamorous Life”, “Let’s Go Crazy”, “Sign ‘O’ the Times” e finalizou com “Kiss”. Mais tarde no mesmo dia, na nomeação de George Harrison para o Hall of Fame, Prince tocou o solo de “Whyle My Guitar Gently Weeps”, que lhe rendeu muitos elogios. Em 2006, Prince leva um Globo de Ouro pela canção The Song Of the Heart, trilha sonora da animação Happy Feet. Levou também um Academy Music Awards, prestigiado prémio dado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas de Los Angeles. Em 2013, Prince foi eleito o segundo melhor artista de se assistir ao vivo pela Rolling Stone.
Em 21 de Abril de 2016, Prince foi encontrado inanimado na sua mansão em Minneapolis. Uma ligação para o serviço de emergência foi feita às 9h43 da manhã, mas os médicos não puderam reanimá-lo e Prince foi declarado morto devido a uma overdose de fentanil às 10h07. A morte do músico repercutiu no mundo todo e sobretudo no meio artístico, com homenagens de diversos artistas como Stevie Wonder, Elton John, Paul McCartney, Mick Jagger, Madonna e Lenny Kravitz. Seu corpo foi cremado numa cerimónia para amigos mais íntimos e parentes. Como não deixou descendentes, a fortuna de Prince, estimada em 300 milhões de dólares, será dividida entre seus seis irmãos.
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