Pplware

Tardes de Cinema…

Por Ricardo Vieira para o Pplware. Esta semana temos Julia Roberts e Clive Owen no mesmo filme. Temos a adaptação de mais uma obra de Chuck Palahniuk, autor de “Fight Club”. E temos o regresso ao submundo dos vampiros e dos lobisomens.


CHOKE – ASFIXIA (choke)

Comédia|EUA|92 min Realização: Clark Gregg Argumento: Clark Gregg, Chuck Palahniul (livro) Intérpretes: Sam Rockwell, Anjelica Huston, Kelly MacDonald, Bijou Phillips IMDB: 6.9/10 (7 365 votos) RT: 55% (132 críticas)

Uma adaptação do romance do conhecido autor Chuck Palahniuk («Clube de Combate»), esta é uma história de amor, ternura e humor negro sobre o viciante poder do sexo, o amor e o conflito entre mães e filhos, os terrores do envelhecimento, a feia verdade sobre parques históricos temáticos, e muito, muito mais.

Victor Mancini um desistente do curso de Medicina, planeou o golpe perfeito para pagar os cuidados médicos à sua mãe que está internada num hospital privado – fingir engasgar-se num restaurante pois os desconhecidos que o salvam sentem-se responsáveis pela sua vida – desenvolvendo o esquema do Asfixiado por diversas vezes e sugando a bondade dos desconhecidos num saudável fluxo monetário. Entre actos de Asfixia, Victor trabalha como “intérprete histórico”, frequenta grupos de viciados em sexo e visita a sua mãe doente num hospital psiquiátrico.

Quando Victor descobre que a doença de Alzheimer da sua mãe esconde uma verdade chocante sobre a sua paternidade, a sua cuidada e estruturada vida de “sexo sem amor” desaba e ele começa a apaixonar-se pela enigmática médica da mãe.

Choque vem directamente da mente responsável por um dos melhores filmes da década de 90. Chuck Palahniuk é um escritor que gosta de apelidar os seus livros como “ficção transgressional”. Normalmente as personagens principais são indivíduos que, de uma forma ou de outra, foram marginalizados pela sociedade, reagindo frequentemente com uma agressividade auto-destrutiva. Não raramente, as suas histórias começam no fim, com a personagem a recontar os eventos que conduziram àquele fim e pelo meio também é normal ocorrerem reviravoltas inesperadas. Fight Club, é um exemplo claro do que acabei de escrever. O estilo de Palahniuk é caracterizado pelo uso e repetição de frases curtas plenas de humor cínico ou irónico. È o que se espera deste Choke realizado pelo estreante Clarg Gregg.


DUPLA SEDUÇÃO (duplicity)

Thriller|EUA|125 min Realização: Tony Gilroy Argumento: Tony Gilroy Intérpretes: Julia Roberts, Clive Owen, Tom Wilkinson, Paul Giamatti IMDB: 6.8/10 (1 065 votos) RT: 66% (125 críticas)

A agente da CIA Claire Stenwick e o agente da MI6 Ray Koval abandonam o universo da espionagem governamental pela bem mais lucrativa guerra-fria entre duas corporações multinacionais rivais. A sua missão? Obter a fórmula de um produto que trará a fortuna à empresa que primeiro a patentear.

Para os seus chefes – o gigante da indústria Howard Tully e o CEO Dick Garsik (Paul Giamatti) – não há qualquer tipo de limites. Quando as apostas sobem, ninguém sabe quem está a enganar quem e o segredo mais traiçoeiro entre Claire e Ray transforma-se numa atracção crescente. À medida que procuram passar a perna um ao outro, os dois solitários vêem os seus esquemas em perigo devido à única coisa para a qual não conseguem arranjar um esquema para se safar: o amor.

Este filme junta mais uma vez Julia Roberts e Clive Owen no grande ecrã. Os dois actores já haviam contracenado juntos no filme de grande sucesso de 2004, “Closer”. Pode-se dizer que é o regresso de Julia Roberts aos grandes filmes, uma vez que tem estado um pouco afastada. A menina bonita de Hollywood, após ter sido mãe, terá oportunidade mais uma vez de mostrar o porquê de já ter ganho um Óscar. Já Clive Owen tem deixado a sua marca bem vincada neste últimos anos, com filmes como “Inside Man” ou “Children of Men”. Este ano pode vir a ser muito bom para o actor Inglês, uma vez que ainda o vamos ver no grande ecrã na fita “The International” e com “The Boys Are Back In Town”.

Para além do forte elenco, Duplicity conta ainda com um peso pesado na realização. Tony Gilroy, é responsável pelos argumentos de inúmeros filmes de sucesso (trilogia Bourne, “The Devil’s Advocate”, “Armageddon”) e, mais recentemente, trouxe até nós “Michael Clayton. È o segundo filme que realiza, mas penso que poderemos estar descansados quanto a essa parte.


UNDERWORLD: A REVOLTA

(underworld: ryse of the lycans)

Acção/Aventura|EUA|92 min Realização: Patrick Tatopoulus Argumento: Danny McBride, Dirk Blackman, Howard McCain Intérpretes: Michael Sheen, Bill Nighy, Rhona Mitra, Kate Beckinsale IMDB: 6.7/10 (10 339 votos) RT: 31% (71 críticas)

Underworld: A Revolta traça as origens da batalha secular entre vampiros aristocratas e os seus escravos lobisomens. Na Idade das Trevas, um jovem chamado Lucian surge como o líder que incita os lobisomens à revolta contra Viktor, o cruel rei-vampiro que os subjugou. Com a ajuda da sua amante secreta, Sonja (a própria filha de Viktor), Lucian fará tudo para obter a tão desejada liberdade.

Geralmente o último filme de uma trilogia é sempre o pior. Não sei se será este o caso. Pelo que me dá a entender, e confesso que desconheço muito deste franchise, esta prequela até poderá vir a ser o melhor dos três. Primeiro que tudo, o realizador não é o mesmo dos dois anteriores. Desta vez, temos ao leme Patrick Tatopoulus em detrimento de Len Wiseman.

Tatopoulus, é um realizador novato; pelo menos, e pelo que me informei, este é o segundo filme dele. No entanto, Tatopoulus é bastante conhecido na área relativa aos efeitos especiais. Dele, já saíram os efeitos especiais de, por exemplo, “I, Robot”, “I Am Legend”, e “The Ruins”. De salientar também, que, Beckinsale, só aparece neste filme como narradora e numa das cenas finais. É pena, pois como se sabe ela foi a responsável por ter chamado tanto á atenção o público. Pelo menos do público masculino.

Espera-se um filme de acção, com muitos efeitos especiais. Cenários bastante góticos e uma atmosfera sombria. Será um filme para se ver com um balde de pipocas á mão. No mínimo, que seja bom entretenimento.


RESTANTES ESTREIAS:

A Namorada Do Meu Melhor Amigo, As Operações SAAL, Killshot – Alvo a Abater, Atormentados.


SUGESTÃO DA SEMANA:

Clube de Combate (fight club) de 1999. “How much can you know about yourself if you’ve never been in a fight?” Fight Club é um filme de culto e quiçá o melhor filme de David Fincher. Um dos grandes marcos da década de 90. Do melhor que o cinema contemporâneo já nos ofereceu. Obrigatório em qualquer “dvdteca”


Exit mobile version