A startup Voyage desenvolveu um carro ‘sem rodas’ com o objetivo de controlar os veículos autónomos sempre que estes têm algum problema na estrada.
Por muito seguros e confiáveis que possam parecer os carros autónomos, a verdade é que isso nem sempre acontece. Nesse sentido foi então criado o Telessist Pod que parece um autêntico carrinho de golf mas poderá fazer a diferença nas situações críticas.
Por muito evoluída que esteja a tecnologia automóvel, nomeadamente no campo da inteligência artificial, ainda existem alguns aspetos que necessitam ser melhorados.
Os carros autónomos, mesmo com toda a evolução a que temos assistido, continuam a não ser completamente confiáveis. Prova disso é que, por exemplo, existem várias situações nas quais estes carros já tiveram dificuldade em lidar com algum imprevisto no trânsito.
Nesse sentido, existem várias empresas que tentam colmatar estas lacunas com alguns serviços paralelos. Exemplo disso é a possibilidade de direção remota, onde alguém à distância assume o controlo do carro autónomo com problemas. O objetivo é ser um complemento a estes veículos, garantindo uma maior segurança aos passageiros.
Criado um carro para resolver eventuais problemas dos veículos autónomos
Consciente de que, apesar de inovadores, os carros autónomos podem passar por alguns problemas, a startup Voyage criou um carro ‘sem rodas’ para auxílio nessas situações.
A empresa pensou numa forma mais criativa de implementar a funcionalidade de direção remota e assim criou o Telessist Pot. Trata-se de um carro de verdade, inserido numa estrutura de metal e que assume o controlo quando os carros autónomos passam por algum problema na estrada.
Assim, em vez de ser apenas um sistema remoto, no Telessist Pot o utilizador pode mesmo sentar-se e gerir a condução remotamente, o que torna mais fácil e intuitivo todo este processo.
De acordo com as declarações do CEO da startup Voyage, Oliver Cameron, à ArsTechnica:
Para que tudo funcionasse de forma segura, tivemos que basicamente construir um ‘carro sem rodas’. Não seria confiável utilizar um volante de videojogo.
Se tentamos fazer isto com com um volante de jogo, não recebemos o feedback da força. É impossível conduzir com segurança dessa forma. E é inseguro.
No fundo, quando um carro autónomo se deparar com algum obstáculo que não consegue resolver, como por exemplo, obras ou estacionamentos mal feitos, o Telessist Pot entra em ação.
O tempo que demora até obedecer a um comando, ou seja a latência, é de apenas 100 milésimos de segundo entre o Telessist Pot e o carro autónomo.
Os dois veículos são ligados por 5 conexões, cada uma com o SIM diferente que é veiculado à sua própria rede wireless. Caso algum deixe de funcionar, existem mais 4 ligações de reserva. Mas caso todas as conexões disponíveis falhem, é ativado o sistema “Remote Drive Assist” que leva o automóvel para um local seguro.
Shield é mais um reforço de segurança da startup
A Voyage desenvolveu ainda uma outra ferramenta como reforço de segurança. ‘Shield’ é como que uma antena colocada na parte frontal dos carros Voyage e o objetivo é identificar objetos que se encontrem a obstruir o caminho. Quando isso acontece, os freios são automaticamente acionados, o que reduz a probabilidade de colisão.
No entanto, quando a rede 5G já estiver implementada de forma mais consistente, terá também um impacto na segurança dos veículos autónomos. Ou seja, com uma ligação muito mais veloz, a comunicação é feita mais rapidamente, diminuindo ainda mais o tempo de latência.
Desta forma os carros tornar-se-ão mais inteligentes e seguros, o que por sua vez vai contribuir para a redução dos acidentes e problemas envolvendo carros autónomos.