Uma das figuras do ano é, sem qualquer dúvida o homem forte da Tesla. Elon Musk levou várias das suas empresas a novos máximos e trouxe mais uns ativos para a sua lista já bem extensa.
Da mesma forma que levou várias para a frente, parece ter colocado outras em pausa ou a desacelerar. A Tesla é uma das mais visíveis e o final do ano mostra um cenário preocupante. As ações da fabricante automóvel caíram 69% em apenas 12 meses.
Tesla está a abrandar em bolsa
Os analistas do mercado estão preocupados com a prestação da Tesla em bolsa. Uma das estrelas dos últimos anos está em queda e isso têm-se agravado nos últimos meses, como pode ser visto de forma muito clara.
Os últimos dias foram particularmente agressivos, com desvalorizações sucessivas. As ações da Tesla a perderem 8,9% na quinta-feira. O dia seguinte foi mais calmo, mesmo assim as perdas chegaram aos 1,8% no final da sessão.
Com estes valores, e olhando ao final da sessão de sexta-feira, a Tesla teve uma perda acumulada de 69,2% ao longo de 2022. Para quantificar de forma mais clara este cenário, basta mostrar que ações valem hoje a cerca de 121 dólares, contra 400 dólares do início de 2022.
Ações refletem opinião do mercado
As razões para esta mudança no cenário da Tesla são várias e bem conhecidas. A somar a um cenário de recessão na China e nos EUA, há ainda a venda de Elon Musk de 22,9 mil milhões em ações da Tesla, para financiar a compra do Twitter.
Este negócio tem sido uma fonte de críticas a Elon Musk e à sua gestão. Muitos dos investidores da Tesla querem que o CEO se foque na gestão da empresa e que abandone outros negócios com mais visibilidade e que o estão a distrair.
Ainda assim, e mesmo com toda esta desvalorização das ações, a Tesla parece manter a sua posição no mercado. Esta é, de longe, a construtora automóvel com maior valorização em bolsa, mantendo a concorrência a uma distância considerável.