Desde o desastre de Fukushima, a maior parte das centrais nucleares do Japão têm estado paradas. Contudo, parece que o país está a preparar-se para voltar a dar cartas neste campo, acompanhando aqueles que são os planos de outros países do mundo.
A crise energética desencadeada pela invasão da Ucrânia pela Rússia está, efetivamente, a mexer com os países.
O ano de 2011 conheceu um dos maiores desastres nucleares de que há memória, na Central Nuclear de Fukushima, em Fukushima, no Japão. Desde o acidente, os governos prometeram não construir novos reatores nem substituir os antigos, com medo de possíveis protestos levados a cabo por uma população que ainda está em choque.
Aliás, a maior parte das centrais nucleares que existem no Japão estão paradas, desde 11 de março de 2011, quando um tsunami destruiu o abastecimento energético de Fukushima Daiichi, e causou o derretimento de três dos seus seis reatores.
Japão poderá voltar à energia nuclear
Apesar de ter estado mais de 10 anos afastado da energia nuclear, as coisas avizinham-se diferentes. Isto, porque, numa mudança radical na política energética do país, o primeiro-ministro, Fumio Kishida, anunciou planos para construir reatores da próxima geração e reativar reatores inativos.
A Guerra na Ucrânia espoletou o alerta para um problema que parecia estar a ficar de parte. Então, da mesma forma que temos assistido ao despertar dos países relativamente à dependência energética, também o Japão acordou e pretende dar cartas na energia nuclear, por forma a acabar com a dependência dos combustíveis fósseis importados.
Esta decisão do Japão, que inclui o prolongamento da vida útil dos reatores existentes para além do atual máximo de 60 anos, é uma prova de como o país está a procurar assegurar o abastecimento energético. Além disso, é mais um passo no sentido da neutralidade carbónica que deverá chegar até 2050.