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Burla pela Internet na venda de carros deixa donos sem dinheiro

As plataformas digitais disponíveis na Internet facilitam a venda de bens. No entanto, é também através da Internet, nas plataformas de venda de bens, que existem várias burlas que levam mesmo ao roubo de dinheiro. Recentemente o Ministério Público acusou 27 arguidos de um esquema online que tinha como objetivo burlar pessoas que tinham veículos à venda.

Os burlões escolhiam especialmente anúncios de carros de alta gama e “atacavam” nas plataformas OLX, Custo Justo e Stand Virtual.


Os esquemas e burlas, através das plataformas digitais, são uma constante nos dias que correm. Através da Internet vende-se de tudo, incluindo carros de alta gama. Foi nesse segmento que recentemente foi descoberto um esquema que tinha como objetivo roubar dinheiro. O Ministério Público acusa agora 27 arguidos que burlavam dezenas de pessoas que anunciaram viaturas em sites de vendas. Segundo o JN, todos os arguidos vão a julgamento.

Como funcionava o esquema de Burla na Internet?

De acordo com o que é revelado pelo JN na edição em papel, os burlões enganaram 23 pessoas, comprando-lhes carros com cheques falsos ou roubados. Segundo as informações, o uso de cheques rondou o montante de 540 mil euros. Mas o Ministério Público pede que um ale gado recetador dos veículos,  seja condenado na perda, a favor do Estado, de 2,045 milhões de euros, o montante que lhe foi encontrado em dinheiro e bens sem justificação nos rendimentos declarados.

Os burlões aproveitavam-se das publicitações na Internet que eram realizadas no OLX, Custo Justo e Stand Virtual, de anúncios de venda de carros. Uma parte do grupo selecionava os anúncios de carros de alta gama e contactava os proprietários. Depois combinavam um encontro, “para ver o carro e fazer negócio”. Os suspeitos apresentavam-se às vítimas como sendo parentes de quem havia telefonado antes. Em alguns casos, dispunham-se a pagar as despesas de deslocação do vendedor e pediam o número da conta bancária.

Outros elementos do grupo depositavam cheques inválidos na conta do vendedor. Com a apresentação do talão, os vendedores eram obrigados a passar a declaração de venda e a entregar livrete. Os cheques eram roubados ou extraviados, sendo que o depósito acabava por ser anulado. Um terceiro grupo tratava de revender os carros, grande parte deles das marcas BMW, Mercedes e Audi, às vezes por metade do preço (sendo tudo lucro). Quando não conseguiam realizar a venda, desmontavam os carros e estes eram vendidos às peças pelo referido recetador.

A PJ encontrou nas instalações do recetador 2,064 milhões de euros, mas, como ele declarou 19 mil de rendimentos em cinco anos, o MP requer a perda para o Estado de 2,045 de “património incongruente”

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