Muito se tem falado e escrito. Por esta altura o Algarve é um estúdio televisivo, uma criança desaparecida protagonista de um filme de terror, um casal inglês protagonista de um “reality show”, um país alvo de chacota e uma policia a braços com as pressões e análises arrogantes da imprensa “Tabloide” britânica. É este o retrato da actual, 100 dias depois do desaparecimento de Madeleine McCann, 100 dias de incertezas, especulações e contradições.
Em mais uma iniciativa, para reaver a filha o casal McCann , viu na tecnologia um aliado muito importante. Como tal, o casal e o YouTube, numa iniciativa pioneira, criaram um canal com o propósito de divulgar vídeos de crianças desaparecidas. O novo canal apelidado de “Don´t you forget about me” (Não te esqueças de mim) será gerido pelo Centro Internacional para as Crianças Desaparecidas e Exploradas.
Numa nota à imprensa Gerry MacCann, disse:
“Acreditamos que este novo canal no YouTube aumentará o conhecimento em todo o mundo sobre todas as crianças desaparecidas. Desejamos que reúna crianças desaparecidas com as suas famílias”,
“Mas não é apenas sobre ela, é sobre todas as crianças desaparecidas e as suas famílias. Se este canal ajudar apenas uma família, então terá valido a pena”
Milhares de crianças desaparecem em todo Mundo, levadas para diversos países, nestes casos o trabalho da policia é dificultado, por isso a tecnologia é uma arma importante na busca destas crianças, ela é um elemento comum à maioria dos países, e por isso a divulgação deste género de vídeos é muito importante.
Nota pessoal. Este tema certamente não tem sido indiferente para ninguém. Confesso que é uma situação que me perturba, tenho evitado especular aqui sobre este acontecimento mundial, onde o espectro da pedofilia está inteiramente ligado a este caso, porque quero acreditar que ela está viva e que vai ser encontrada. Quero acreditar que a menina de 4 anos que como eu nasceu a 12 de Maio será entregue aos seus pais, quero acreditar que quem fez isso será punido, quero acreditar que a nossa policia de investigação é competente. E por aqui me fico.
Vítor M.
