Os antivírus são ferramentas que se pretende que protejam os sistemas operativos e a informação. Não se querem a atacar os sistemas que devem proteger.
Mas, em situações pontuais, acontecem casos que mostram que os antivírus podem acabar por ser malignos. Aconteceu isso com o antivírus Webroot, que no início desta semana começou a marcar ficheiros do Windows como malignos.
Ninguém esperaria que os problemas do Windows viessem da ferramenta que o deve proteger. Essa situação aconteceu no início desta semana com o Webroot, que após uma normal atualização das assinaturas dos vírus começou a marcar ficheiros do Windows como sendo malignos e afetados pelo W32.Trojan.Gen.
De imediato estes ficheiros começaram a ser movidos para quarentena, ficando inacessíveis para o Windows, que de imediato começou a ter comportamentos anormais e a funcionar de forma errática e com problemas. Como o acesso aos ficheiros era controlado, poucos utilizadores conseguiram recuperar de imediato as suas máquinas.
Segundo a Webroot, esta assinatura de vírus esteve apenas disponível durante 13 minutos, mas foi o suficiente para criar o caos entre os seus mais de 30 milhões de utilizadores, conforme se pode verificar na página de suporte da empresa.
A Webroot já lançou uma solução para resolver o problema dos utilizadores afetados, devendo estes manter os seus sistemas a funcionar e usar a ferramenta de recuperação dos ficheiros que estão em quarentena.
Os problemas da Webroot parecem não se ter limitado ao Windows, pois, segundo relatos, dias antes já tinha começado a marcar a página do Facebook e da Bloomberg como sites de phishing.
Toda esta situação está agora a normalizar, mas fica provado que até as ferramentas que nos protegem conseguem ser maliciosas e deixar as nossas máquinas inacessíveis e inutilizadas.