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Munique pondera abandonar o Linux e voltar ao Windows

A decisão que a cidade de Munique tomou há 10 anos foi histórica e corajosa. Abandonaria o Windows e abraçaria apenas o Linux e todo o software open-source.

Mas passado este tempo todo, a decisão de voltar ao Windows está próxima de ser tomada. Se a medida proposta for aprovada, o Windows 10 deverá ser o novo sistema operativo a ser usado.

Quando em 2004 a cidade de Munique decidiu abandonar o Windows, a escolha recaiu no Linux como o sistema operativo a ser usado, abrindo caminho para que outras soluções open source fossem adoptadas. A ideia era libertar o município dos custos de licenciamento, passando a optar por soluções gratuitas e que fizessem baixar a despesa total em software.

Esta ideia, que parecia acertada, acabou por não se revelar tão perfeita como se esperava. A migração envolveu a mudança de 15 mil PCs e terá custado 30 milhões de euros, passando estas máquinas a usar o LiMux, uma versão de Linux baseada no Ubuntu.

Mas depois destes anos todos, e tendo em conta a necessidade de se adaptar a tecnologias que estão a ser implementadas, ou que irão ser num futuro (como a utilização do SAP e Microsoft Office), a cidade deverá fazer a adopção do Windows 10 até 2020. Com base numa recomendação apresentada pelo comité da autoridade administrativa e de pessoal do Município de Munique, deverá ser feita uma reorganização do parque informático com vista a criar uma arquitetura uniforme baseada em Windows.

A decisão final deverá ser tomada numa reunião da câmara municipal que decorre hoje, dia 15 de fevereiro, e caso a decisão seja no sentido de mudar para o Windows, este processo deverá arrancar de imediato, dando a opção aos utilizadores de manter o LiMux ou mudar para o Windows 10, durante o processo de transição.

Já em 2014, quando a migração para o Linux terminou, as queixas começaram e a ideia de voltar ao Windows começou a tomar forma. Muitos apontaram problemas de compatibilidade e de versões já ultrapassadas. A insatisfação era geral e nessa altura ponderou-se a mudança para o Windows, algo que teria custado 3,15 milhões de euros.

Caso Munique avance com este plano, muita da sua estrutura deverá continuar com Linux, nomeadamente servidores e outros equipamentos, devendo também a cidade investir em aplicações multiplataforma, baseadas em versões web e outras tecnologias. Irá assim terminar, provavelmente, um dos maiores exemplos de adoção do Linux na Administração pública na Europa.

Via ZDNET

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