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Munique vai voltar a trocar o Windows pelo sistema aberto Linux

Em 2017 Munique informou que ia abandonar o sistema operativo Linux e voltar ao Windows. Mas agora a estratégia foi repensada e a cidade alemã está decidida em mudar novamente para o open-source.

Poderemos estar então perante uma nova fase na Alemanha no que respeita ao software escolhido para fazer mover o sistema governamental.


Munique quer voltar a dar destaque ao sistema aberto Linux

Os políticos mais recentemente eleitos de Munique decidiram que o seu governo precisa adotar software de código aberto, em vez de produtos pagos como o Microsoft Office.

Segundo as informações recolhidas pelo ZDNet, uma declaração de acordo de coligação entre o recém-eleito Partido Verde e os Social-Democratas refere que:

Onde for tecnologica e financeiramente possível, a cidade dará ênfase aos padrões abertos e ao software livre com licenciamento open-source.

Vamos aderir ao princípio de ‘dinheiro publico, código público’. O que significa que enquanto houver dados pessoais ou confidenciais envolvidos, o código-fonte do software da cidade também será tornado público.

Este documento foi finalizado no domingo e elaborado para estar em vigor até 2026. A iniciativa está a ter vários elogios, nomeadamente entre os defensores do software livre, que veem esta alteração como uma melhor opção económica e política em termos de transparência administrativa.

Lembramos que em 2017, Munique tinha anunciado que ia deixar o sistema Linux para voltar à plataforma da Microsoft. Esta mudança ocorreu depois de a cidade alemã ter usado a distribuição LiMux ao longo de 10 anos. Mas mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e o sistema aberto volta a ter destaque.

Alex Sander, gestor de políticas públicas da UE na Free Software Foundation Europe, sediada em Berlim, disse ao ZDNet que está feliz por esta atitude. Mas relembra que ainda é apenas uma declaração de um acordo para planos futuros, e não se pode esperar que as coisas mudem de um dia para o outro.

No entanto, o gestor adianta que:

Da próxima vez que houver um novo contrato, acreditamos que ele possa envolver software livre.

Por outro lado, também há quem critique esta escolha, dizendo que se pode conseguir um acordo melhor com a Microsoft e que esta é apenas uma decisão mais política do que racional.

O ZDNet tentou contactar a Microsoft para comentar a situação, mas até ao momento ainda não obteve nenhuma resposta.

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