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Mundo Linux – Às turras com o Linux Mint Cinnamon

Por César Ribeiro, Comunidade Pplware@Linux

Pois bem, como toda a gente sabe, o Ubuntu 12.10 saiu por estes dias, e pelos vistos, está aí para “não ficar” pois muitos utilizadores já lhe “torceram” o nariz.

Desde a entrada do Unity, que os utilizadores têm voltado as costas ao Ubuntu e a dar novas oportunidades às outras distribuições linux, nomeadamente o Linux Mint. A distribuição que vamos hoje aqui abordar é Linux Mint Cinnamon de 32 bits.

O lançamento deste sistema operativo já ocorreu há uns meses, e tem recebido updates frequentes, o que demonstra uma cooperação excelente por parte da comunidade (ainda ontem anunciamos aqui a versão 14 RC).

Contudo, devo dizer que as minhas primeiras experiências com este sistema operativos não foram excelentes!

A instalação é fácil, oferece 3 opções de instalação, nomeadamente:

Como é lógico, escolhi a primeira opção. Instalação sem demoras, em 20 minutos estava pronta.

Problema foi quando iniciei sessão pela primeira vez: missing taskbar!!!

Depois de muito pesquisar, e de não ter encontrado nada de especial, estive prestes a desinstalar o mint. Sorte foi quando descobri que se “imaginássemos” a posição dos botões, e acertássemos no clique, as coisas até funcionavam.

De resto, funcionava tudo com uma certa fluidez mesmo não  tendo drivers proprietários.

A minha sorte é ter uma veia de, digamos, inquietude perante o que está parado: os temas no meu desktop estão sempre a mudar, o wallpaper não aguenta 2 dias, a cor das janelas nem se fala, etc.

Então, não é que quando carrego noutro tema diferente, a malfadada taskbar aparece!? Problema resolvido!

O outro problema foi a pesquisa automática nativa de drivers proprietários não funcionar. Aparecia-me aquela janela a dizer “Searching for compatible drivers”, e depois de repente desaparecia, tal como o dinheiro: inexplicavelmente. Estranho.

Andei a dar voltas e voltas ao miolo, até que lá desvendei o mistério por detrás do crime: a aplicação está “bugada”.

Para instalar as drivers da Nvidia utilizem os seguintes comandos:

sudo apt-add-repository ppa:xorg-edgers/ppa
sudo apt-get update
sudo apt-get install nvidia-current nvidia-settings

Boa! Agora já podemos desfrutar da nossa distribuição Linux, certo? Errado !!!!

Para muitas pessoas o Inglês pode não ser o idioma mais acessível, portanto, para instalar o idioma em português, abram o suporte de idioma (escrevam “language” no menu). Ele vai perguntar se querem instalar o suporte de idioma, carreguem “instalar”; Problema resolvido !!!!

Pequena nota: Enquanto escrevo este artigo, o desktop crashou 2 vezes. Da primeira consegui recuperar o trabalho, da segunda tive de escrever as últimas linhas de novo. Frustrante !!!

Agora sim, posso voltar aos “velhos tempos”.

Vejam um print do meu desktop, após alguma modificação – que por sinal foi fácil de fazer. Não vos lembra de nada?

Nota pessoal:

  • Para mim, o Mint 13 Cinnamon é de longe a melhor distro do momento, a mais bonita e, agora sim, está bastante estável.
  • Apesar dos meus primeiros conflitos, consegui fazer o Mint trabalhar para mim, à custa de uma “porrada” de updates e tweaks (fáceis de fazer, por sinal).
  • A instalação foi fácil, como já nos tem habituado e o boot do sistema também não tem nada que se lhe diga: bastante rápido.
  • Ao iniciar sessão, podemos escolher diferentes tipos de “desktops”: Cinnamon, Gnome Classic, etc.
  • Para customizar a taskbar no cinnamon, basta colocar o modo de edição do painel em modo “on”.

Por estranho que pareça, quando iniciam sessão no gnome-classic, as taskbars não são apresentadas da forma tradicional (uma em cima e uma em baixo), como estamos habituados, mas num estilo “a la Windows”. Para corrigir isso, foi necessário customizar os painéis, usando a combinação “windows/super + alt + botão direito”.

Voltemo-nos para o compiz (ah, o famoso, o buggy compiz…) toda a gente conhece os efeitos extraordinários que o compiz oferece, por isso decidi instalar.

Não funciona. Ainda tentei o comando “compiz –replace”, mas só me obrigou a reiniciar o cinnamon porque a taskbar e os títulos das janelas desapareceram.

Comando útil para fazer replace ao cinnamon:

killall -9 cinnamon

CONTUDO, funciona (e muito bem, por sinal) no gnome-classic! Sim, a 100%!

Como sabem, o cinnamon ainda está muito verde, mas tem recebido atualizações, e num futuro próximo (pelo menos foi o que disseram), o cinnamon terá suporte para o compiz!

Bem, mas nem tudo está perdido. Os efeitos que vêm de origem com o cinnamon também estão muito satisfatórios. Se chegarem o rato ao canto superior esquerdo do ecrã, será apresentada uma pré-visualização das áreas de trabalho, com a opção de as remover/adicionar. Excelente.

As animações também estão presentes no acto de minimizar/fechar as janelas. Bastante bons, também.

Nota: Para fazerem a pré-visualização das áreas de trabalho, coloquem o rato no canto superior esquerdo

Agora temos uma situação chata quanto ao firefox:

A pesquisa padrão é o Duck search e o yahoo!

É um pouco complicado de mudar isso, para quem não é muito experiente, mas aqui ficam as dicas:

ou

Quando à barra de endereços, escrevam lá “about:config”, escrevam “keyword.URL” no filtro e mudem o valor para “http://www.google.com/search?ie=UTF-8&oe=UTF-8&sourceid=navclient&gfns=1&q=

Recomendo irem a Google Sharing  para forçarem a Google a respeitar a vossa privacidade.

Finalmente, quanto ao software que vem por omissão, não há nada a apontar.

Conclusões:

O que mais gosto:

O que NÃO gostei:

Eu daria uma classificação final a rondar os 8,7, baseado na minha experiência inicial deste SO. Continua longe do Ubuntu pré-Unity.

Espero que tenham gostado do meu (2º) artigo, e deixem os vossos comentários!

Para mim, vou continuar a utilizar esta distribuição como SO principal, com o Windows numa virtualbox. E vocês?

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