Por João Pedrosa para o Pplware No seguimento do tópico acerca da facilidade de instalação do Windows 7, decidi desmistificar o processo de instalação de uma das mais usadas distribuições Linux da actualidade. Sim, sei que já foi falado aqui no Pplware, mas deixo um guia fácil para a nova versão do Ubuntu.
A versão utilizada é a mais recente da Canonical, o Ubuntu 9.04, ou nome de código Ubuntu Jaunty (ver aqui a análise). A instalação será efectuada numa máquina virtual (Virtual Box) criada para o efeito com 1GB de RAM e um disco virtual de 4GB.
Não se pretende cronometrar o tempo de instalação para provar que a mesma é veloz, dado o setup utilizado, a ideia é de facto mostrar que bastam alguns passos para chegar a um Ubuntu pronto a utilizar.
Para início do processo devem arrancar a VM e carregar o ISO para que arranque o live CD. Caso optem por instalar directamente no disco devem colocar o DVD na drive ou a pen com o liveCD e devem arrancar a máquina.
1º Passo – Escolher o idioma em que queremos trabalhar. Vamos escolher Português.
2º Passo – Escolher instalar directamente o Ubuntu ou arrancar o LiveCD Vamos optar por arrancar o LiveCD.
Aguardamos um pouco para o CD carregar para memória um Kernel genérico e suficiente para ter um interface gráfico com alguma “pinta”, o tempo é directamente proporcional ao hardware utilizado, naturalmente.
O Live CD permite, para além de Instalar o Sistema Operativo, ter uma estação de trabalho totalmente funcional para as comuns tarefas de edição de texto, edição de imagem, Instant Messaging ou simplesmente navegar pelos sinuosos caminhos da Internet.
Após o carregamento do LiveCD possuem um PC pronto a usar, podem portanto, por exemplo, clicar no icon do FireFox e aceder a este tutorial antes de continuar a instalação.
3º Passo – Para começar a instalação propriamente dita, clicar no ícone “Instalar” Vamos ser “presenteados” com um ecrã de boas vindas que já tem pré-definido o idioma que escolhemos para arrancar o LiveCD. É possível alterar mas neste caso vamos continuar na nossa Língua, clicar em “Avançar”.
4º Passo – Escolher a nossa localização Num ecrã muito explícito basta clicar no país onde se encontram, que se bater “certo” com a língua que escolheram, já deverá estar seleccionado. Podem utilizar, caso queiram, as dropdowns para ir buscar tanto a Região como a Cidade correctas. Clicar em “Avançar”.
5º Passo – Escolher o teclado O setup já terá dado uma sugestão, que caso estejam a utilizar um teclado português, estará já correcta. Escolham primeiro o país e depois a variante de teclado que possuam. Clicar em “Avançar”.
6º Passo – Efectuar o particionamento do disco rígido.
Aqui vamos seguir dois caminhos possíveis: a) Utilizar o disco Inteiro b) Especificar as partições manualmente
a) Utilizar o disco inteiro, serve dois grandes propósitos. Serve para quando estamos a instalar o Ubuntu sozinho no disco e quando não estamos à vontade na criação de partições. Este segundo “problema” espero suprimir na explicação da opção B Clicar em “Avançar”.
b) Especificar as partições manualmente ou também conhecido como modo avançado, serve os propósitos de quem está a instalar o Ubuntu num disco em que existem mais sistemas operativos, em que o utilizador está à vontade com a criação de partições e serve ainda o propósito de instalar o Ubuntu num file system que não é o default.
Escolher a segunda opção e clicar em “Avançar”.
Antes de falarmos do particionamento propriamente dito, vou falar de um detalhe sem entrar em pormenores demasiado técnicos. No Linux, é conveniente ter o ficheiro de memória virtual (“paged file” no windows, Swap file no Linux) numa partição aparte.
Ora as partições têm o inconveniente de não serem facilmente redimensionáveis e portanto o seu correcto dimensionamento é de grande importância. Na tabela que se segue, são fornecidos todos os dados para fazerem isto à vontade. Só precisam saber a memória RAM do dispositivo onde estão a instalar o Sistema Operativo e usar os intervalos aconselhados.
Eu, pessoalmente sou a favor dos valores máximos, mas, dado estar a fazer a instalação numa máquina virtual apenas para demonstração, vou criar com 1G.
Clicar em “Nova tabela de Partições” Se estiverem a utilizar um disco formatado tal como eu, receberão o seguinte aviso que podem ver na próxima imagem, como está tudo bem, vamos clicar em “Continuar”.
Depois, cliquem em “Espaço Livre” e “Nova Partição” Vamos primeiro criar a área de Swap e para tal, usem a tabela que mencionei acima e sigam as instruções da próxima imagem, existem outras teorias acerca do posicionamento do swap, eu prefiro ter no fim, com a possível redução de performance que isso acarreta.
É, em boa verdade, quase uma opção “estética”.
Clicar em “OK”
Vamos clicar novamente na opção “espaço livre” e “nova partição”. Vamos criar uma partição aproveitando todo o restante espaço livre para instalar o Ubuntu, vamos deixar um particionamento mais complexo e avançado para outro artigo. Fica apenas a nota de que, podem criar as partições por forma a que, aquando de uma re-instalação a parte de todos os documentos fique inalterada. Sigam as instruções, não mudem o tamanho sugerido de forma a garantir que vão usar todo o espaço livre.
Aproveito para mostrar como podem escolher o filesystem Ext4.
Clicar em “OK”.
Deverão ter agora uma “arrumação” do disco, em tudo semelhante à minha, com a diferença das dimensões escolhidas para cada partição.
Tudo ok? Vamos clicar em “Avançar”.
7º Passo – Escolher detalhes pessoais Na primeira caixa, coloquem o vosso Nome inteiro. Na segunda caixa, o vosso login Escolham a senha para esse utilizador Escolham o nome do computador
Escolham o vosso método de login, eu vou escolher “Solicitar uma senha para fazer o login”
Clicar em “Avançar”, se a senha escolhida for considerada fraca, serão avisados e podem continuar ou escolher nova senha.
8º Passo – Revisão das opões tomadas em passos anteriores e opções menores. Se clicarem em “Avançado”, irão ver algumas opções que não deverão ter que alterar. Instalar o bootloader, é essencial para o Linux ser carregado, caso não precisem de o instalar, também não precisam deste guia. O concurso de popularidade, nunca carreguei… mas estejam à vontade.
E podem configurar já o vosso proxy, caso tenham.
Mantendo tudo como estava no menu “Avançado” vamos clicar em “Instalar”.
Neste momento o vosso sistema vai ser instalado sem mais intervenções da vossa parte. Caso tenham uma máquina com capacidade para isso, vejam as novidades do pplware.com enquanto aguardam ou joguem umas “Minas” ou um “Nibbles”
Quando a instalação terminar poderão continuar a usar a máquina ou reiniciar. Quando optarem por reiniciar, retirem o cd da drive para continuar.
Em resumo, a instalação não tem qualquer passo em que seja preciso ser um utilizador avançado em informática. Não possui um passo onde as opções sejam rebuscadas.
Se escolherem correctamente o idioma em que devem instalar, todos os passos transformam-se em simples “next” porque o programa de instalação escolhe as opções conforme o idioma pedido. No meu caso, escolho o inglês e portanto tenho que depois escolher as opções correctas para localização e teclado.
Caso instalem num disco vazio, digam-me lá que é mais difícil de instalar que o Windows 7. Caso instalem num disco que já tenha partições digam lá que é difícil. Caso estejam a instalar num PC com Windows, digam lá que estragaram alguma coisa no Windows, depois experimentem instalar pela ordem inversa (1º Linux, 2º Windows), e digam-me como correu.
Após a instalação, aconselho a efectuar os updates de imediato, com a reconhecida mais valia do sistema de updates do Ubuntu (versus Windows, porque este é o update “tipo” para as distros mais conhecidas de Linux) que vos vai actualizar não só o Sistema Operativo, mas também o software instalado. Irá ser pedida uma senha, que é a mesma senha do utilizador com que estão “loggados” na máquina.
Espero que tenham gostado desta minha primeira colaboração.
Podem deixar-nos comentários as vossas dúvidas ou críticas e podem participar no fórum do Pplware na categoria Linux.
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