XBOX Core Gaming – Análise “Halo 4″

Por Nuno Silva do blog IT-online para o Pplware

A 6 de Novembro, chegou a Portugal o título XBOX que milhões de fãs em todo o mundo esperavam há mais de quatro anos. “Halo 4”, a muito aguardada sequela do emblemático franchise que influenciou a história do entretenimento.

Neste novo título com a assinatura da 343 Industries, temos de regresso o lendário herói Master Chief que vem para enfrentar o seu destino e as forças malignas ancestrais que assolam todo o universo. Esta aparição, acontece 4 anos após o final de Halo 3 onde o Master Chief encerra aquele capítulo dizendo à sua parceira virtual Cortana, “Acorda-me quando precisares de mim”. Aquela mensagem pretendia com certeza dizer aos seus jogadores, vou voltar!

Ficha Técnica

Halo 4 : Official Launch Trailer

 

Game Story

A campanha Halo 4 inicia-se 4 anos após o final do Halo 3. Ao contrário do que as forças da UNSC e os Covenants imaginavam, o Master Chief está vivo e depois de desperto do sono criogénico pela AI Cortana, descobre que o inimigo introduziu-se na nave Forward Unto Dawn e que esta está ao mesmo tempo, em rota de colisão com o Planeta Requiem.

Para além dos habituais Covenants, o Master Chief terá que se preocupar também com novas ameaças como os Prometheans e os Forerunners, ambos dotados de muita inteligência e engenho que vamos evidenciando ao longo da história.

O Master Chief continua um imponente herói de guerra, cheio de vontade de erradicar do planeta os seus inimigos com a maior rapidez possível e desta vez, com formas mais eficazes.

Game Play

Dou uma nota positiva à jogabilidade do Halo 4, que é altamente original e apurada. Este não é um qualquer FPS, é o FPS que nos habituámos a ver desde os primeiros títulos do Halo, mas nesta saga com um desenvolvimento muito superior.

Não se pretende simular um confronto militar, mas sim contar a história do personagem, inspirada na ficção científica e com muitos elementos fantásticos. Por isso a jogabilidade de Halo 4 preza mais pela ação sem limites do que pela simulação de algo mais real.

Quando pegamos no comando, facilmente encarnamos a personagem Master Chief. Ações como disparar, recarregar e mudar de armas, lançar granadas e mudar o tipo de visão, são absolutamente simples e fáceis de decorar mesmo para um principiante. Mesmo em níveis de jogo com uma carga gráfica elevada, onde a ação de jogo decorre com bastante rapidez, apontar e disparar é algo conseguido com bastante fluidez.

Estamos perante uma campanha que bem podemos apelidar de épica. Desde o primeiro cinematic que nos empolgamos. Tão importante como a história que incide de forma mais pessoal na vida do Master Chief, é uma nova ameaça inimiga que vai muito além dos Covenants, Floods ou qualquer outra raça alienígena que tenha entrado em confronto direto com o Master Chief.

O combate desta vez é contra os Forerunners, uma raça que terá sido mencionada nos capítulos anteriores de Halo, visto possuir uma tecnologia evoluída, mas que na realidade nunca apareceu em cena. À tarefa de combater os Forerunners, é acrescida uma dificuldade adicional. O Master Chief tem que combater o que chamo soldados de elite construídos pelos Forerunners, os Prometheans que são um pouco mais difíceis de abater.

Para lá dos tiros e explosões, temos uma aproximação mais humana do Chief na sua relação com a AI Cortana. Este é o segundo pilar da história.

Cortana começa a evidenciar sinais de rampancy. Os seus processos e  sub-rotinas, começam a sair fora dos padrões normais e Cortana começa a perder o controle. Para que não a perca, o Chief inicia uma corrida para levar a sua AI de volta à Terra e ai, ser recuperada.

Dou os meus parabéns à 343I pela forma fantástica como escreveu esta saga e que, em nada fica a dever aos capítulos anteriores de Halo.

No que diz respeito a gráficos o  Halo 4 contínua fantástico, podendo quase afirmar que é em relação aos anteriores, o mais bonito de todos.

As personagens e inimigos possuem uma modelação e realismo surpreendente. Os cenários são grandes e cheios de cores vibrantes.

A 343I apostou fortemente nesta componente, onde a animação, os sistemas de física, o áudio e a iluminação, não esquecendo a própria inteligência artificial, foram levados ao detalhe. Existe um melhoramento notório destes aspectos, o que efetivamente garante uma experiência de jogo mais imersiva e do aspeto visual, altamente cativante.

Essa qualidade gráfica também se encontra no modo multiplayer, que não reduz a qualidade de nada, pelo contrário. Os ambientes são ainda maiores e mais belos e a ação frenética não nos deixa em nada desiludidos.

Para quem gosta de uma boa banda sonora a acompanhar um jogo, então o Halo 4 satisfaz este requisito na perfeição.

O Halo 4 contou com a participação de Neil Davidge, produtor e compositor da também banda participante Massive Attack. Os efeitos e musicas incluídas no Halo tornam a experiência de jogo ainda mais espetacular, tendo em conta que todos os pormenores foram tidos em conta, desde os mais pequenos efeitos até ao som das armas.

Veículos & Armamento

Ao longo da Campanha, temos acesso ao longo dos cenários carros de combate tal como nos capítulos anteriores. Nesta saga podemos encontrar tantos os veículos da CSNU como os dos Covenants. Nestas batalhas poderemos contar com o Warthog, o Banshee e ainda o tanque Scorpion.

A coqueluche desta categoria é o Mantis. Este Walker é a máquina de guerra ideal tendo em conta que está equipado com Rockets, Metralhadora sem limite de munições (dá muito jeito) e outros gadgets ideais para combate de proximidade. Para além destas características, possui ainda um escudo protetor.

Nem tudo é perfeito. O Mantis não possui qualquer funcionalidade que permita correr ou mesmo saltar, tornando-o assim num alvo fácil.

Tal como nos veículos, também nas armas existe a distinção pelas raças intervenientes no jogo. O CSNU conta com o poder de fogo da Battle Rifle, a DRM, a Railgun que tem um funcionamento idêntico à Spartan Laser onde apenas difere o tipo de munição e ainda a Sniper Rifle.

Os Forerunners possuem as novas armas do jogo, mas que são digamos réplicas de algumas armas já usadas, tendo apenas alguns ajustamentos em termos de visual e nomes equivalentes como por exemplo Suppressor = Assault Rifle e Lightrifle = Covenant Carbine.

Os Convenant possuem agora uma versão melhorada da Plasma Rifle, a Storm Rifle. Contam ainda com o Needler que aumentou a sua capacidade bélica, passando a estar capacitada para abater alvos múltiplos.

Todas as armas são de fácil manuseio e obtenção. Durante o jogo, as armas inimigas ficam disponíveis para apanhar após termos abatido o inimigo, o que se revela útil quando já esgotamos a nossa arma.

Para além do armamento presente e já conhecido, algumas delas surpreendem pelas suas capacidades quase infinitas. Exemplo disso é a Bolshot, um revolver em termos de design mas que quando carregada, dispara quatro munições cujo estrago pode ser facilmente comparado com os danos de uma shot-gun de canos curtos.

War Games & Spartan Op’s

No que diz respeito a tempo de jogo e longevidade, quer-me parecer que o modo multiplayer do Halo 4 é sem sombra de dívidas o Core Experience do jogo. Estas características muito se devem à comunidade de jogadores on-line, que continuamente apontam melhorias e a regra de não se estragar o que funciona.

A personalização dos soldados Spartan continua a incluir uma vasta gama de opções, incluindo a escolha de arma principal e secundária, tipo de granadas e ainda alguns extras como Armor Ability, Tactical Package e Support Upgrade. Estes kits permitem aumentar os danos provocados por explosivos e ainda recarregar as armas mais rapidamente.

As armaduras podem conter jet pack, propulsores, projeção de hologramas, visão Promethean, entre outros extras que fazem esta experiência de jogo única.

Os War Games incluirão ainda packs de expansão que poderão ser adquiridos já no mês de Dezembro. Os packs para já previstos são o Crimson Map Pack, Majestic Map Pack e Castle Map Pack. De acordo com a Microsoft, estes packs irão proporcionar aos jogadores experiências únicas e nunca vistas até agora.

A 343I incluiu no Halo 4 um segundo modo cooperativo, o Spartan Ops. A história passa-se 6 meses após o fim da Campanha e vemos o nosso Spartan ser incorporado no pelotão Crimson. A partir dai e durante dez semanas, teremos campanhas de 5 missões cada para jogar com a nossa equipa. O jogo trás apenas o primeiro episódio incluído mas os restantes, poderão ser adquiridos de forma gratuita por todos os utilizadores da XBOX Live com conta Gold.

Ainda não tive oportunidade de experimentar este modo, mas estou seriamente convicto que poderemos ainda aproveitar a oportunidade para “mandar abaixo” mais uns inimigos.

Conclusão

O Halo 4 demonstra que a aposta feita pela Microsoft, foi ganha e talvez seja o inicio de mais uma bela trilogia de Halo, quem sabe. Pessoalmente faço votos para que assim seja. Considero o jogo eletrizante, completo, com bastantes opções de jogo, um multiplayer fora de série e sobretudo, uma história absolutamente fantástica.

Para mim é efetivamente o jogo revelação do ano! Parabéns Microsoft e 343I pelo excelente trabalho feito em torno do Halo 4.

Vou certamente continuar a explorar o mundo Halo 4 nos próximos tempos, porque quero ver o final de mais este capitulo. Convido todos os jogadores que apreciem as características de um jogo como o Halo 4, a viverem esta experiência.