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Violência nos Videojogos … a Voz do leitor.

No passado dia 20 de Novembro, o Pplware lançou aqui um artigo sobre um estudo feito recentemente nos Estados Unidos da América, relacionado com esta temática tão controversa, que é a Violência nos Videojogos.

Conforme pode ser visto pelos comentários a esse artigo e a muitos outros esta é uma temática sem consenso à vista.

Violência nos Videojogos … o que é a violência? E o que é a violência num videojogo? Será que é dar um tiro a alguém, ou será que é perder a paciência e tranquilidade com um jogo de Tetris? E culpados? Há responsáveis pelos jogos apresentarem violência nos seus enredos e dinâmicas? Equipas de desenvolvimento? Hereditariedade do ser humano, enquanto ser agressivo e competitivo? E soluções? O que se pode fazer? Os pais devem ter um papel mais importante e responsável em toda esta temática? As lojas de retalho deveriam fazer controlos de identidade? O Governo deve intervir?

Tudo isto são questões ou assuntos que foram duma forma salutar e altamente interessante, discutidas nos comentários do artigo em causa. Conforme tinha sugerido em comentário ao próprio artigo, ficam aqui então os comentários mais interessantes e pertinentes em relação à “Violência nos Videojogos”.

Fazendo uma breve e algo superficial estatística sobre o teor dos diferentes comentários feitos ao artigo, pode-se facilmente entender que uma maior responsabilização dos pais é um dos factores mais importantes para a interpretação deste fenómeno. Se por um lado muitos comentários apontam no sentido de que um bom ambiente familiar é importante para a estabilidade emocional dos jogadores, por outro lado existe uma maior tendência para a culpabilização dos progenitores de desleixo e falta de responsabilidade na altura de acompanhar os seus filhos.

-sawada refere que “Quanto aos jogos é o mesmo cabe aos pais a responsabilidade de cuidar dos seus filhos o que infelizmente muitos não o fazem da melhor maneira…

-João Ribeiro afirma que “E para concluir, ninguém disse que os pais não têm responsabilidades, claro que têm, temos é que ser realistas e ter sempre bom senso.

-Peter por seu lado, “pais a cuidar dos filhos, e a ensina-los a proporcionar uma boa educação aos mesmos. Uma criança/ jovem que tenha boas bases de educação em casa, duvido muito que se deixe influenciar por este tipo de coisas.

-Setnom adiante que “Não é por aí: o problema está na educação e formação (ou na falta delas).

-FiLiPe aponta o dedo e bem “Assim sendo, quando um pai vê na capa do Call Of Duty, por exemplo, que o jogo é para maiores de 16 anos, não o vai oferecer a um miúdo de 8! Chama-se a isso responsabilidade. Infelizmente grande parte dos pais não a tem.

-Yoshihiza por seu lado acredita que “se fores criado num tipo de família em que haja violência doméstica, violência infantil, etc, etc, etc; tens muito mais probabilidades de ser violento do que se fores criado num ambiente amigável em que há dialogo e os país falam com os filhos acerca de várias coisas, incluindo sexo, violência, e todos esses aspectos negativos que alguns jogos transmitem.

-CR tal como o seu homólogo do Real Madrid chuta à entrada da área que “Eu concordo que não se deve deixar uma criança/adolescente jogar qualquer tipo de jogo sem: 1º- Saber o que o jogo é na realidade e não ler apenas na capa que é para maiores de X anos pois apesar de a idade recomendada servir como guia, nem sempre corresponde à realidade. 2º- Caso o jogo tenho qualquer tipo de conteúdo não apropriado para a idade, explicar que, o que é retratado no jogo não corresponde exactamente à realidade e que não deve ser um tipo de comportamento que se deve ter.

-Nuno José lembra-nos que “todo o ambiente e vivência tem importância na maneira como nos comportamos e na construção dos nossos valores

-darth_paul sem recorrer à Força recorda-nos que “No fundo, eles só querem que os filhos parem de os chatear, e por isso não vêem mal em oferecer “algo que afinal não passa de um jogo“.

-Vítor M. mostra-nos em termos de advertência que “Hoje os pais querem os filhos em casa, debaixo de olho e se possível sem chatear. Pregam-lhes a consola nas mãos e sabem que eles estão ali (podem desmentir se conseguirem). Então como consequência, eles passam mais tempo nesse mundo virtual que na vida real. Isso traz e trará para o seu futuro, efeitos nefastos em termos de comportamento social. Não quero com isso dizer que não conseguirão ultrapassar a influência que os jogos têm sobre a sua mente, alias os jogos trazem outras mais-valias, no entanto cada pessoa terá uma reacção particular ao que o jogo lhe incutiu… e olhem que cada vez mais os jogos estão mais subliminares e agressivos do ponto de vista da reacção violente“.

-Anonfag deixa-nos uma questão pertinente: “Pensa nisto: tu darias ao teu filho/a (que nunca teve uma experiência prévia desse tipo) uma faca sem lhe explicar os perigos e a maneira correcta de a usar?” -Kekes por sua vez explica-nos usando um pouco da sua experiência pessoal que “o ambiente familiar é o mais importante para moldar personalidades. Eu tive um crescimento bastante recheado de jogos, nasci nos ’90 com tios pouco mais velhos que eu que tiveram SNES, Mega Drive, Saturn, Play1, DreamCast… Ao final foi lindo 😀 joguei todas essas e todos seus classicos. Via montanhas de animes legendados em ingles (porra não percebia quase nada xD) que me desenvolviveram o interesse pelas linguas extrangeiras, agora sei 5, a violencia sempre esteve presente, o limite foi o facto de ter medo de muitas coisas caso contrario não existia e não mato ninguem, nem um insecto mato por prazer como muitos fazia, a tirar asas as moscas e patas 🙁 … Continuo a dizer PAIS DEIXEM DE ARRANJAR DESCULPAS PARA AMBIENTES FAMILIARES INSTAVEIS E FALTA DE ATENÇAO AOS FILHOS“.

-João Santos indica que “A influência nas crianças muitas das vezes tem muito a ver com a educação q vem dos pais, pois não acredita que um jogo mude assim tanto uma criança a ponto de violência extrema, a educação em casa influencia muito“.

-O Helder por sua vez também aponta o dedo para a necessidade duma maior responsabilização dos pais e do ambiente social “Em crianças/jovens mais fracos, sem estabilidade social sem o tal apoio de quem deveria ter a responsabilidade de os formar como pessoas… Mas a verdade é que esses mesmos jovens não precisam de ver violência na TV ou Jogos eles já têm acesso a ela gratuitamente no seu lar e em alta tecnologia 3D e som Surround!“.

-pfbatista indica que uma maior e melhor filtragem dos pais pode ter a sua quota parte de peso “Relativamente à violência nos jogos e filmes… tem de existir e continuará a existir, cabe aos pais filtrarem e controlarem todo o conteúdo que vai parar às mãos dos filhos!! Não sabem fazer isso? aprendam…“.

-O André mostra-nos alguns pormenores de valor que podem ser tomados pelos pais na compra dum jogo “Os pais/educadores poderiam seguir estas recomendações (etiquetas PEGI) mais atentamente, mas sobretudo, acompanhar numa fase inicial os educandos, indicando-lhes o que não devem fazer no jogo, e porquê.”, “Por exemplo, posso falar do meu caso, em que deixo o meu irmão de 8 anos jogar Grand Theft Auto, quando este é classificado para 18 anos: apenas permito isto porque o acompanho no decorrer do jogo, e porque sei como que posso contar (por exemplo, remover o acesso a armas, quando encontra uma arma para apanhar explicar que não o deve fazer, pois representa violência, jogar com ele de modo a que não encontre nada que seja susceptível de o chocar (uma vez que conheço razoavelmente bem o jogo para lhe impor estes limites).”, “Outra recomendação é impor limites razoáveis no tempo de jogo.

-O Ruaben por sua vez, e em termos de introspecção vem precisamente colocar o dedo mesmo na ferida ao focar alguns aspectos de influência dos videojogos na sua vida pessoal “eu tenho 13 anos e tenho grande desgosto de ter um pai que quando tinha 5,6 anos deixar jogar jogos de guerra. do género bf1942,Vietname gta,entre outros que não sei o nome. posso tentar de tudo mas não consigo evitar algumas cenas violentas ou mesmo falar, tudo devido a isso.

-BM adianta que, de certa forma os pais têm de ter uma atitude mais interventiva neste capitulo “Existe informação nas capas dos jogos a dizer a partir de que idade é que se deve jogar o jogo. Os miúdos só jogam, porque os PAIS deixam. Existem ainda vários programas de Parental control para que sejam negados os acessos aos mais novitos.

-NT afirma ainda que “Acho como mais acima dizem o problema está no ambiente (social/económico/cultural) em que as pessoas vivem

-Kaxu carrega, faz pontaria e dispara na direcção de que “Tudo isto para dizer que é muito importante o acompanhamento dos adultos nas fases críticas do desenvolvimento e de construção do carácter de uma criança, afinal, a sua maneira de ser enquanto ser humano vai ser o reflexo da sua educação.“.

-r0cki afirma que “Ora se um adolescente joga GTA (exemplo mais conhecido), e se sabe que o pai do amigo, ou o próprio pai tem uma arma, vai à procura dessa arma e toca de imitar o que vê. Isso não se vê muito em Portugal, devido ao tamanho do país e às políticas que por cá se instauraram. Claro está que os pais também têm um certo grau de culpa“.

-3nvy adianta que os pais hoje em dia têm os recursos mas ….”Por isso o meu ponto de vista é o mesmo que ja foi dito acima. Os recursos para para bloquear acesso a esses conteúdos está disponível aos pais, eles é que não querem saber ou nem sabem que existe.

-E por fim, Jaime Almeida aponta mais uma possível solução “É impossível proteger os nossos filhos sem que primeira toda a gente seja sensibilizada. A melhor coisa é ir expondo lentamente a esses conteúdos para que eles não se sintam tentados a procura-lo e como pais mais experientes, explicar o significado das coisas para que quando chegue a altura, saibam como reagir nas devidas situações!

Isto, por sua vez, leva a uma outra questão que é a a cada vez maior falta de disponibilidade (vários motivos, mas principalmente profissionais) das pessoas com filhos em os acompanhar, aconselhar e orientar e, na temática dos videojogos de terem uma maior preocupação com o que os filhos jogam, ou com os conteúdos que compram aos seus filhos.

-Por exemplo, João Ribeiro, indicando que os pais têm responsabilidades acrescidas também não podem chegar a todos os focos de incêndio “Os pais têm grande responsabilidade é verdade, mas no mundo em que vivemos cada vez mais é difícil controlar tudo. O que impede um jovem com 14 anos de ter acesso a jogos, filmes e pornografia no seu computador portátil? Os pais têm um papel fundamental, mas não podem ser responsabilizados por tudo. A questão é que os pais não têm tempo para andar a ver o que andas a ver na net ou o que andas a jogar, até porque muitas das vezes os filhos fazem isso fora de casa (e.g. casa dos amigos, escola).

-Darth_paul também foca este tema, “No fundo, eles só querem que os filhos parem de os chatear, e por isso não vêem mal em oferecer algo que afinal não passa de um jogo.

-Vítor M. também passou por esta temática da falta de disponibilidade dos pais de hoje em dia “Hoje os pais querem os filhos em casa, debaixo de olho e se possível sem chatear. Pregam-lhes a consola nas mãos e sabem que eles estão ali (podem desmentir se conseguirem).

-pfbatista adianta que a falta de disponibilidade dos pais pode passar por “Faz-me lembrar situações a que já assisti, e dou um simples exemplo: Os Papás vão shopping e levam os seus filhinhos, entram numa determinada loja e deixam os filhos andar a correr dum lado pró outro, a desarrumarem tudo… em muitos casos a danificarem algum conteúdo da mesma… a certo momento, um dos miúdos bate com a cabeça numa quina, e magoa-se bem. Qual é a atitude dos pais?! Reclamam na loja… pedem para falar com o gerente porque não tem protecções nas pontas das prateleiras…

-BM por sua vez alega que “Existe informação nas capas dos jogos a dizer a partir de que idade é que se deve jogar o jogo.” o que implicitamente indica também que não custaria muito aos pais perderem um pouco do seu tempo para analisarem os jogos em questão“.

-Kaxu vai ainda mais longe nesta análise da responsabilização dos pais e da falta de disponibilidade de acompanhar os seus filhos indicando que “Um exemplo de que hoje os pais utilizam o que quer que seja para os filhos não os chatear: É muito comum em qualquer fila de trânsito ver vários carros com monitores em frente Às cadeirinhas a passarem o panda em loop infinito. Em restaurantes, enquanto os pais comem descansados, os putos vêm o panda e o ruca! Ontem fui as compras, e ia uma mãe, com a sua filhinha dentro do carrinho de compras, sentadinha com o seu leitor de DVD no colo a ver desenhos animados. Sinceramente, este tipo de comportamentos dos pais fazem-me muita confusão… Axo até que as ligações emocionais pais/filhos ficará gravemente afectada…

Acima foi focado um ponto importante, que é precisamente a banalização da violência nos restantes meios de comunicação. Seja em Televisão, Cinema, Imprensa, Internet, a violência aparece cada vez mais duma forma maciça e gratuita muitas das vezes sem qualquer tipo de pudor ou de restrição. Sinais dos Tempos?? Não sei, mas que também têm potencial para afectar o ser humano (Seja jovem ou não) isso é uma realidade.

-João Ribeiro afirma que “O que impede um jovem com 14 anos de ter acesso a jogos, filmes e pornografia no seu computador portátil? É claro que os videojogos e os filmes, que a meu ver ainda são mais violentos (e.g. SAW e companhia – que tratam a violência como algo banal), representam incentivos à violência

-Ricardo Nunes aponta também o dedo aos restantes meios de comunicação “Resumindo, sim acho que existem jogos violentos mas não acho que se aplique o mesmo conhecimento do que é violento que se aplica nos filmes. É uma violência psicológica e não física.

-Yoshihiza acusa particularmente a televisão de ser um meio de transmissão de violência com as suas palavras “E sim, também acredito que a televisão influência muito mais pessoas que os videojogos, visto que como alguém da “Elite Mundial” disse, se falares várias vezes disso na televisão, eventualmente as pessoas acreditarão que será verdade, pois é mais fácil acreditar numa mentira à escala mundial do que local.

-mike por sua vez lembra que “filmes de acção e terror…” têm a sua quota parte em todo este tema.

-Anonfag ataca a internet “pôr internet em casa, dar um computador aos miúdos e esperar que eles não acedam a sites com conteúdo inapropriado e não instale programas inapropriados, sem lhes dar formação para a utilização dos recursos (internet e computador, neste caso).

-FiLiPe recorda que “A violência está presente em todo, basta abrir uma página de jornal e ela está lá estampada!

-raCcOn reflecte que “Antigamente não haviam furtos e roubos? Claro que havia…mas mais uma vez pouca gente sabia…” numa clara alusão a uma maior cobertura mediática da violência no nosso dia a dia.

-Artur Coelho indica por sua vez que esta questão é cíclica e que vem de muito mais atrás no tempo “Cresci nos anos 80. na altura não havia videojogos (pronto, eu sei, existiam, mas a sua expressão cultural era quase nula) e o debate era sobre a violência televisiva e fílmica sobre as mentes das crianças. nos anos 50 a guerra foi com os comics (banda desenhada), apontados como influência perniciosa por causa de imagens violentas e que levou à auto-censura da indústria com a criação da comics code authorithy.

-tunes, em forma de paródia acaba por indicar que os desenhos animados de hoje em dia também têm a sua (grande) dose de violência “Sempre vi dragon ball qdo era pequeno e nunca me mandei de uma janela abaixo a pensar que podia voar…

-João Santos também relembra que “Como foi dito na publicação e muito bem, os jogos não devem levar com as culpas todas, pois antes dos jogos está a TV (filmes, series, etc),” – Helder recorda também que o que importa é a mensagem, seja esta em que media for “Esta discussão já é antiga e vai haver para sempre, porquê? Porque as pessoas procuram sempre bodes expiatórios para tudo… Antes dos Jogos era a TV e agora que há os Jogos o que se passa na TV já não tem importância… A questão central é a mensagem que passamos aos mais novos na vida real, porque se esta for uma boa mensagem não há cá TV ou Jogos ou Livros (ah, pois também eles já foram culpados!) que os corrompam…

-O leitor 3nvy também nos recorda que podem haver métodos relativamente seguros de controlar o acesso a violência nos PCs domésticos “Pode-se restringir as horas de uso do computador às que o filho está nas aulas, e bloquear todos os ficheiro executáveis excepto os que são precisos para trabalhar. Desta maneira não há como as crianças terem acesso a programas externos e ja que é possível bloquear conteúdo na net usando palavras de pesquisa (como porno, porrada, …) também dificulta a procura e visualização desses conteúdos.

Um outro aspecto importante que se pode retirar deste debate é que a própria raça humana tem na sua génese um carácter altamente violento e que na nossa história povoam inúmeros exemplos de casos de violência extrema. Isto, sem dúvida também traz uma nova acha para a fogueira.

-Ricardo Nunes afirma que “é o típico Vamos por a nossa criancinha inocente numa redoma de vidro e protegê-lo do mundo que existe la fora e transforma-lo num coitadinho para o resto da vida. Mas isto já dá azo a outros assuntos” numa clara alusão de que a violência não é de agora e que sempre existiu, cabendo a todos nós defendermos os nossos da melhor maneira, mas nunca incorrendo em exageros.

-bigkax deixa-nos uma questão muito interessante “Depois de milénios de gerações em que só os melhores guerreiros sobreviviam para passar o código genético não se pode simplesmente carregar num botão e a violência desaparece. Já pensaram que não são os videojogos que levam à violência, mas a violência que leva a jogar este tipo de jogos?? Não é por acaso é o desporto rei é Futebol. Existe a necessidade de libertar o instinto animal nem que seja numa simulação/substituto de guerra.

-CR deixa-nos uma afirmação pertinente que de certa forma orienta toda esta temática um pouco ao contrário “As pessoas que os jogam é que escolhem por vezes, as opções mais violentas.

-RaCcOn deixa outra pergunta no ar “A culpa da violência não é dos jogos certamente, ou vão dizer-me que a 30/40/50 anos atrás não existiam pessoas violentas?

-O Lisandro aponta baterias para problemas mais reais, nomeadamente os do ambiente escolar como “as pessoas deviam era preocupar-se com os problemas que existe na escola principalmente o bullying

-NT de forma irónica brinca um pouco com a desresponsabilização de outras temáticas ainda mais violentas “Acho engraçado que jogar um jogo “violento” nos torne mais violentos, depois na cimeira da NATO são a favor dos armamento nuclear para “evitar” guerras tipo armas de persuasão…

-r0cki lembra-nos das diferentes politicas de países diferentes no que toca a armamento que também têm a sua dose de responsabilidade “Tomemos o exemplo dos EUA, são um país gigante (comparando com Portugal, claro está), têm acesso a não sei quantos canais (400-500, não sei, não quero mentir), as politicas de armamento são bastante diferentes das nossas…

-Peter também ele de forma irónica afirma que “Só faltava virem dizer, que o Bin Laden é um terrorista porque jogou shooters quando era miúdo… enfim…

Um outro comentário que foi algo recorrente no artigo em questão foi o da experiência pessoal (dos leitores) no que toca a contacto com jogos, denominados violentos, não lhes ter alterado o seu modo de estar na vida.

-Glorioso afirma que “EU jogo há mais de 30 anos, já joguei de tudo e sou viciado em shooters, não me considero uma pessoa violenta.

-Carlos Anastácio também afirma que “Eu já joguei uma carrada de jogos para todas as faixas etárias e nunca tive nenhum comportamento violento para com ninguém,

-Peter por seu lado “Sempre joguei todo o tipo de jogos, já joguei shooters e nunca sequer tive vontade de andar para ai a matar ninguém, já joguei gta e não me vejo a roubar um carro, já joguei lula-sexy e não segui carreira como chulo nem actor porno… enfim…

-Setnom também nos indica que a sua experiência em jogos não o afectou minimamente “Farto-me de jogar jogos violentos e sou a pessoa mais calma e paciente que conheço. Não é por aí: o problema está na educação e formação (ou na falta delas).

-Yoshihiza também em forma de confidência nos revela que “Opah, isso também é relativo, eu jogava shooters já quando tinha cerca de 14 anos e assim, e não sou uma pessoa violenta, pelo menos acho eu.

-Tunes sempre “joguei jogos de violência e não foi por isso que me tornei violento com a sociedade.

-Kekes faz-nos um relato ainda mais pessoal “Apesar de ser tido a minha infância recheada de violência, e afins tive também uma infância recheada de paz familiar, não é perfeita mas simplesmente posso dizer com orgulho que tenho um seio familiar bastante muito bom:) e foi isso que condicionou a minha personalidade e não o mundo virtual, fui avaliado por um psiquiatra não faz tempo e a minha personalidade e ele categorizou-me como uma pessoa bastante sensível as outras, orgulho-me de ter esta personalidade, e não tenho uma má, rude, violenta personalidade que deveria ter segundo estes peritos em jogos violentos.

-João Santos de 17 anos também não se considera uma pessoa violenta “Eu tenho 17 anos e jogo desde os meu 10 ou 11 anos, e sempre joguei temas como GTA, Call of Duty,Tekken, etc etc, e no entanto sou uma pessoa calma e que tenta evitar ao máximo os problemas.

-O Lisandro também é jogador e … “Na minha opinião não gera violência nenhuma já jogos tipo gta san andreas desde os 14 anos e nunca tive problemas

Enfim, esta discussão é deveras interessante e extensa. E sem um fim aparente. Além das nossas ideias próprias de cada um, há também muitos interesses económicos por detrás disto. Não se esqueçam que o Mundo dos Videojogos é uma Indústria. E é uma indústria que cada vez movimenta mais milhões e milhões de €uros. Muitos outros pontos de interesse foram focados nos comentários ao artigo. Alguns focando o facto da violência ser em si própria, um conceito algo subjectivo e muitas vezes refém daquele particular momento. Outros focando que grande responsabilidade deverá ser incutida aos elementos do retalho, que vendem algo indiscriminadamente os jogos mais violentos. Houve mesmo quem adiantasse possível solução, que passaria por apresentação de documento de identidade para as compras de títulos considerados de risco. Jogos esses de risco que como foi comentado e bem, através das etiquetas PEGI têm logo à partida uma filtragem. Outros comentários surgiram no sentido de que os próprios jogos em si mesmo transmitem determinadas sensações de desresponsabilização dos nossos actos, ou seja, muitas vezes ao roubar um carro num jogo não se vai preso e que isso poderá passar ideias nefastas para os mais facilmente influenciáveis ou mais susceptíveis.

Foi também mencionado que muitas vezes quem compra os jogos (para oferecer, por exemplo) deverá primeiramente inteirar-se do conteúdo do próprio jogo e só depois avaliar se é ou não adequado. Muitas vezes as compras para prendas ou presentes são feitas sob influência dos hypes do momento. Se um determinado jogo está na berra em determinada altura então deve ser uma boa prenda. Atenção, que isto pode ser um erro.

Conforme também alguém nos lembrou nos comentários, nunca nos poderemos esquecer que por vezes estes estudos são criados e pagos por instituições que podem ter motivações distintas das nossas por detrás.

Ficam de seguida mais alguns comentários de grande interesse e relevância no que toca a esta temática!

Obrigado a todos!

-Carlos Anastácio “o único problema é que as lojas continuam a vender jogos para 18+ a malta com idade inferior, logo á partida diria que a culpa é das lojas

-Ricardo Nunes “Ainda me lembro do grande Carmageddon. Aquilo era um escape à realidade. Fazia-me rir e apesar de, quando vou de carro, pensar “velhinha! dá 1000 pontos” a realidade é que nunca o faria, como é óbvio… Mas se fosse uma peça de tetris….. lol

-Bigkax “Porque será que quando falam deste tema nunca falam das crianças que se safaram de situações caricatas com Skills que aprenderam nos jogos.

-Bigkax “Não deixo de pensar que se os romanos continuassem um sociedade politeísta agora estava a ter um orgia em vez de falar sobre instintos residuais.

-Yoshihiza “Existem determinados jogos, vídeos, músicas que passam uma mensagem subliminar por detrás do seu conteúdo.

-Yoshihiza “E agora vos pergunto, acham que muitas crianças conseguiriam sequer entender um jogo como por exemplo o HALO, Fable, Gears of War, etc. Para começar, dificilmente conseguiriam completar qualquer nível, logo não haveria qualquer entretenimento do jogo para aquela criança.

-CR “a realidade (ter uma faca e poder magoar alguém) com um mundo virtual, onde apesar de matares alguém, não te vai acontecer nada, no mundo real.

-Nuno José “Assim, perante duas pessoas distintas, um jogo violento pode ou não pode ter influência na maneira como esta poderá ou não se comportar violentamente no futuro, agora em média, um grande contacto na infância TENDERÁ a criar comportamentos mais agressivos se esta violência não for bem enquadrada emocionalmente.

-Nuno José “Já agora todos estes estudos não conseguem fazer uma coisa simples, o que é consequência do quê ou seja é um ser violento que joga coisas violentas ou vice versa. Os bons estudos nunca chegam as estas conclusões simplesmente adicionam informação estatística.

-mike “Sem contar que quem faz estudo destes é pago e tem destas conclusões

-darth_paul “se os comerciantes respeitassem a idade de venda dos jogos, acabava-se a discussão… e o negócio 😛

-Vítor M. “sempre gostei de velocidade, mas isso não me leva para a estrada tentar as loucuras que podemos fazer ao volante dos bólides dentro do computador ou consola… mas isso é para quem sabe fazer a destrinça… não tenham dúvidas que muita gente (adolescentes, crianças e adultos) não sabem… simplesmente não conseguem.

-Vítor M. “Mas quando falamos de jogos violentos, falamos de jogos para um segmento muito particular, alguém que gosta dessa violência.

-RaCcOn “Ver cenas como as que vimos em Santa Catarina no Porto, de uma gaja parvalhona que queria armar-se em ser a maior é menos violento que jogar Resident Evil?

-RaCcOn “Sim não podem proibir a compra de qualquer tipo de artigo seja a quem for…isto a menos que a lei diga que determinado grupo de indivíduos está proibido de adquirir determinado grupo de artigos.

-Artur Coelho “Mas para mim o melhor choque mediático está exemplificado num livro que quando foi publicado foi banido pela europa fora por se ter considerado que a sua leitura pelos mais jovens os incitava ao suicídio. que livro? Werther, de Goethe, um dos grandes clássicos da literatura mundial…

-tunes “É só ter capacidade de distinguir os jogos com a realidade…

-kekes “Chegavam ao quarto e estava eu a jogar Soldier of the Fortune, lembro-me do meu pais chegar a minha beira e dizer: “isto só serve para tu poderes fazer algo que nunca vais poder fazer na tua vida”, essas palavras caíram-me para sempre na memória, existiram outras, mas estas ficaram marcadas para toda a minha vida… e foram o argumento para sempre que usei para jogar este tipo de jogos.

-kekes “Palermices… Considero essas restrição ainda mais tentadora, o proibido é o apetecido.

-Vasco “Em Portugal falta existir um controlo de idades por parte das lojas aos compradores. Há caixa pedir-se-ia identificação, nas lojas online deveria haver uma confirmação da idade do registo.

-João Santos “Na minha opinião, não vai solucionar nada, a influência é muito subjectiva, cada pessoa é uma pessoa, não há duas iguais.

-João Santos “E também acho que os jogos tanto influenciam as crianças, como adolescentes, adultos, idosos etc, agora isto td varia, como ja disse, de pessoa para pessoa.

-Helder “Achei interessante o que alguns de vós comentaram acerca da venda de jogos a menores (jogos que indiquem por exemplo +18). Isso sim acho importante. Pois se os pais não quiserem que o filho(a) tenha acesso a certo jogo teriam aí uma defesa…

-André “Começando, gostei do tema e acho de valor a abertura deste debate. A minha opinião é que já existe um esforço para que a violência não esteja exposta a menores, mas não para a eliminar dos videojogos. Com isto, quero dizer que quase todos os jogos comerciais trazem na caixa uma etiqueta com a classificação etária apropriada e tipo de conteúdos que podem ser encontrados nos jogos (falo das etiquetas da PEGI, cf www.pegi.info).

-Lisandro “NÃO É SÓ AS CRIANÇAS E ADOLESCENTES que jogam videojogos odeio esse preconceito os jogos deviam ser idealizados como os filmes então adultos que veem Animaçoes tipo Shrek são pessoas infantis imaturas?

-BM “Existem ainda vários programas de Parental control para que sejam negados os acessos aos mais novitos.

-Kaxu “está tudo nas mãos dos pais e não da indústria e da sociedade… A indústria quer ter lucros, não interessa e nunca interessou a quem vende, e a sociedade é o reflexo da educação que existe. Mais uma vez, tudo se resume à educação…

-3nvy “Pode-se restringir as horas de uso do computador às que o filho está nas aulas, e bloquear todos os ficheiro executáveis excepto os que são precisos para trabalhar.

-FiLiPe “Acho que os jovens é que têm de pensar um pouco e não acreditar em tudo o que vêm, e esse é para mim o maior problema, pois eles tomam como verdadeiro tudo o que ouvem e vêm e isso de bom não tem nada!

-Jaime Almeida “Eu tenho família que tem um grande controlo naquilo em que deixam ou não deixa os filhos jogar, experimentar…em 90% dos casos em que entram em contacto com algo que não seria para a idade deles é derivado a outros miúdos cujos pais se estão a marimbar para a sua educação.

-João Santos “Deixem-nos jogar em paz

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