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Trabalhadores da Corsair formam sindicato para exigir melhores condições e salários

Volta e meia existe alguma agitação no setor dos jogos pois, embora este seja um mercado rentável, nem sempre as empresas tomam decisões justas para com a sua força laboral. Neste sentido, recentemente os trabalhadores da Corsair uniram-se e formaram um sindicato como forma de exigirem melhores condições e também salários mais altos.


Corsair enfrenta sindicato de trabalhadores

A Corsair é uma marca que praticamente todos os jogadores conhecem. No entanto a empresa norte-americana está a passar por uma fase conturbada com os seus trabalhadores, uma vez que um grupo deles se uniu para criarem um sindicato e, desta forma, exigirem melhores condições de trabalho e também melhores salários.

Estas reivindicações acontecem porque, se por um lado a Corsair estima vir a faturar mais de mil milhões de dólares neste ano de 2023, parece que os trabalhadores ganham muito pouco, o que os levou a ter a iniciativa de criarem um sindicato.

Uma das tarefas que os trabalhadores realizam na linha de montagem da Corsair na Georgia é a montagem dos seus comandos PS5 SCUF, que custam cerca de 200 euros. Mas um dos trabalhadores da empresa disse que costuma montar algo como 20 comandos em cada hora, o que dá cerca de 150 equipamentos por dia, gerando assim uma receita de 40.000 dólares para a marca.

Outro trabalhador, que optou pelo anonimato, disse que este é um valor superior àquilo que eles ganham por ano e, portanto, pretendem receber um salário justo pelo trabalho que realizam. Assim sendo, os trabalhadores da Corsair e da Scuf Gaming deram início a uma votação no Conselho Nacional de Relações dos Trabalhadores para se sindicalizarem e estima-se que as eleições aconteçam no próximo dia 28 de setembro onde cerca de 85 trabalhadores poderão votar a favor ou contra.

Max Madsen, responsável pelo setor de RMA e testes da empresa, deixa várias críticas e garante que, embora esteja a trabalhar na empresa há anos, recebe apenas mais 45 cêntimos do que aqueles que estão agora a começar. Para além disso, é referido que muitos dos trabalhadores têm que procurar outros empregos para compensar o baixo salário na Corsair.

Os trabalhadores pedem ainda que haja mais segurança no local de trabalho e indicam que o co-fundador e atual CEO da empresa, Andy Paul, tinha uma remuneração de 9,9 milhões de dólares em 2022, uma quantia muito superior à soma da de dezenas dos seus funcionários.

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