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Petição europeia pede que as editoras “parem de destruir os videojogos”

Um grupo de jogadores começou, hoje, a recolher assinaturas, numa petição que procura que as editoras de videojogos parem de os “destruir”.


Apesar de a Internet reunir um número crescente de jogos, o que acontece quando as editoras deixam de os suportar, desligando os servidores, por exemplo? A verdade é que a jogabilidade perde-se e os jogadores deixam de conseguir usufruir dos jogos que compraram.

Assim sendo, uma nova petição apela às editoras que comercializam videojogos ou concedem licenças para a sua utilização a consumidores da União Europeia (UE) que deixem os jogos funcionais, para poderem continuar a ser jogados.

O setor dos jogos de vídeo transformou-se numa indústria com milhares de milhões de clientes, cujo valor se eleva a centenas de milhares de milhões de euros. Ao longo deste processo tem lentamente vindo a ser adotada uma prática comercial específica que, além de atentar contra os direitos fundamentais dos consumidores, está a destruir o próprio modo de expressão artística.

Cada vez mais editoras vendem agora jogos de vídeo que, para poderem funcionar, têm de estar ligados à editora através da Internet ou da funcionalidade “phone home”. Muito embora este facto, só por si, não seja problemático, quando este tipo de jogos deixa de ser suportado, muitas vezes as editoras cortam simplesmente a ligação necessária para que o jogo possa funcionar, destroem todas as cópias ativas desse jogo e aplicam medidas de vasto alcance para impedir os utilizadores de reparar os jogos.

Esta prática priva efetivamente os clientes dos produtos que adquiriram, e faz com que seja impossível recuperá-los. Além representar uma afronta aos consumidores, esta prática prejudica os próprios jogos de vídeo, que são obras criativas únicas.

Lê-se na petição europeia chamada “Stop Destroying Videogames” e no ar até 31 de julho de 2025, para a recolha de um milhão de assinaturas.

Esta petição surge, após um conflito que envolveu a Ubisoft e o seu jogo The Crew. A operadora decidiu desligar os servidores e o jogo deixou de poder ser jogado, de forma alguma, por estar desenhado para não funcionar sem servidores.

A Ubisoft chegou mesmo a remover o jogo das bibliotecas dos jogadores, apesar de estes terem pago por ele.

Por se tratar de uma Iniciativa de Cidadania Europeia, a petição só pode ser assinada por residentes de países europeus.

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