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Os jogos na plataforma Android estão no seu melhor

É facto que os jogos no Android, durante pelo menos os 2 primeiros anos de vida desta plataforma (lançada em Setembro de 2008), serviram apenas para entreter e não para impressionar. Com isto pretendo dizer que a qualidade gráfica e riqueza de conteúdos, tirando algumas excepções, não era mesmo o seu forte onde alguns jogos disponíveis (e até relativamente populares), embora tivessem uma mecânica interessante, pareciam produzidos por amadores e a falta de qualidade era inegável.

Actualmente, e principalmente no decorrer do último ano, existe já uma forte concorrência entre programadores/empresas para que um jogo consiga alcançar o topo das preferências, seja ele gratuito ou pago. É verdade que alguns títulos alcançaram rapidamente o sucesso devido a já serem um “hit” na plataforma iOS da Apple, contudo a subida abrupta da sua qualidade está à vista, mesmo nos terminais com mais de um ano de vida.

A inclusão do chip gráfico Tegra 2 da Nvidia foi bastante importante para a melhoria da qualidade destes conteúdos, no entanto muitos dos títulos lançados exclusivamente para Tegra 2 (os tais da sigla THD no título) mais pareceram uma campanha de marketing da Nvidia que… abrandou consideravelmente.

É mais que sabido que um dos problemas inerentes à plataforma Android é a sua distribuição por todas as gamas de equipamentos, dos cerca de 100€ aos quase 700€, e como é óbvio o equipamento mais barato não poderá correr conteúdos direccionados à gama alta. Mesmo assim, considerando apenas as gamas média e alta, existe uma variedade de equipamentos considerável, e claro, vários chips gráficos que precisam de ser tidos em conta para que haja compatibilidade do jogo com o dispositivo.

A Gameloft, no que à compatibilidade diz respeito, é a empresa que mais impulsionou a qualidade e variedade dos (bons) jogos em vários dispositivos para a plataforma da Google e soma já quase 30 títulos com qualidade de topo.

Mais recentemente, alguns títulos inicialmente exclusivos do Nvidia Tegra 2 como o Riptide GP ou o Sprinkle, “deixaram a exclusividade” e apresentam assim versões para uma quantidade alargada de dispositivos. Após experimentar esses dois jogos em tablets Android de 10.1″ com Nvidia Tegra 2, achei de facto interessante aquela qualidade inerente àquele SoC. Agora, em dispositivos com mais de um ano como o Samsung Galaxy S ou Galaxy Tab, fico ainda mais impressionado com a perfeição, fluidez e riqueza com que o mesmo jogo, o tal que me impressionou no Tegra 2, corre agora nestes “modestos” GPUs PowerVR. E isto claro, passa-se em vários outros dispositivos Android.

Curiosamente (ou não), todos os títulos que aqui refiro estão disponíveis para iOS, plataforma essa sem dúvida mais confortável e equilibrada para um investimento deste tipo, não fosse ela a mais rica plataforma no ramo do entretenimento.

Resumindo, a generalidade dos dispositivos Android é capaz de muito mais do que aquilo que actualmente demonstra. Tudo se resume à falta de suporte dos seus fabricantes (estendido às operadoras) e a alguma falta de empenho (ou investimento) no suporte de vários chips gráficos por parte dos programadores de jogos. O “sintoma” não é benéfico mas estão “algumas promessas” no ar, nomeadamente no que se refere à introdução e posterior massificação da recente versão Android 4 Ice Cream Sandwich.

Se pretender conhecer melhor os títulos da primeira imagem, deixo abaixo os nomes e respectivas ligações:

Há cerca de uma semana foi comemorada a marca de 10 mil milhões de aplicações descarregadas no Android Market. Realço agora que, desses 10 mil milhões, 2.5 mil milhões referem-se a jogos descarregados, abrangendo 25.6% de share da totalidade de conteúdos.

Se é fã de jogos no Android, tem notado melhorias no últimos meses? Acha que há ainda muito território a conquistar?

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