É no próximo mês de fevereiro que Anthem o próximo jogo da Bioware, verá a luz do dia. Isto após alguns adiamentos que deixaram muita gente preocupada. Creio que sem fundamento!
Este jogo que tem deixado muitas boas impressões a quem tem acompanhado a sua história e desenvolvimentos, promete vir a ser um dos grandes hits de 2019.
Anthem, da Bioware, será lançado em 2019, mais precisamente no dia 22 de fevereiro para Playstation 4, Xbox One e PC após longos meses de espera, e com adiamentos pelo meio (e que demos nota aqui).
Este jogo futurista, que mete o jogador na pele de um mercenário que tem de completar missões para ganhar a vida, tem vindo a criar fortes expetativas ao longo do tempo, em parte pelo fato de ser um produto da Bioware, que nos tem presenteado com alguns dos melhores e mais intensos jogos de sempre. Mas também pelas suas mecânicas que, vindo de quem vem, estão a causar bastante curiosidade.
Isto, pois, Anthem foge um pouco aquilo que estamos habituados. E refiro-me muito particularmente ao fato de ser um RPG (ponto forte da Bioware), mas direcionado para uma jogabilidade multiplayer cooperativa (até 4 jogadores por equipa) e com forte componente social. Será este talvez, o grande desafio que Anthem terá de ultrapassar para ser bem-sucedido.
Será interessante verificar como é que toda a experiência das equipas de desenvolvimento em RPGs de sucesso como, por exemplo, Mass Effect, irão criar este mundo selvagem, cruel e primordial de Anthem e toda a sua envolvência, quer em termos de interações, quer em termos de evolução do jogo. Numa entrevista recente, Jonathan Warner da Bioware referiu que Anthem é “Anthem consiste numa espécie de coletânea da experiência de todas as equipas de desenvolvimento da empresa” ilustrando assim que, muito da experiência passada das equipas acabou por maturar e criar Anthem.
É claro que neste processo, influências também foram retiradas fora de casa e uma das queixas mais frequentes da comunidade é de Anthem se colar em demasia a Destiny da Bungie (em particular pelo uso dos Exosuits, chamados de Javelin, e da componente multiplayer coop). Pessoalmente acredito apenas que se trata de um novo rumo que a Bioware quer explorar, numa jogada que é, certamente ambiciosa.
E sendo ambiciosa também tem os seus riscos. Por exemplo, a questão da progressão no jogo, que tanta importância e contexto apresentam nos jogos da Bioware. Anthem, sendo um jogo maioritariamente multiplayer necessita também desse sistema de evolução de personagens. Essa questão será certamente ultrapassada pela existência de diversas missões disponibilizadas (em princípio no Fort Tarsis, o hub principal do jogo) e que permitirão constantes melhorias e upgrades aos nossos Javellins ou aos nossos pilotos. De qualquer maneira, este será outro desafio do jogo; como apresentar desafios que se ajustem bem à sua mecânica multiplayer, mas que permitam ao mesmo tempo, alguma profundidade que a Bioware nos tem apresentado.
Um outro pormenor que vamos, talvez, estranhar em Anthem é a questão do ambiente envolvente a que jogos como Mass Effect ou Dragon Age nos acostumaram. Se tivermos em atenção a esses jogos da Bioware, eles caraterizam-se por apresentarem enredos densos, complexos e longos nos quais os jogadores são personagens num mundo vivo e ativo. Esta mudança de paradigma de Anthem consiste talvez no seu maior trunfo, em comparação com os demais jogos da editora.
Jonathan Warner revelou ainda que o jogo será claramente apontado para as experiências pessoais dos jogadores, em vez da se focar apenas na história. Sendo um RPG multiplayer com clara forte componente social, Warner refere que “Queremos focarmo-nos menos num enredo massivo e mais na criação de experiências pessoais dos jogadores, criando assim uma espécie de narrativa pessoal de cada pessoa que jogar Anthem. Irão haver, como é óbvio, escolhas feitas pelos jogadores que determinam o seu caminho no jogo mas o focus em si é diferente.”
E realmente, esse é um ponto característico de Anthem. Pelo que sabemos e tem vindo a ser dado a conhecer, também o sistema de diálogos de Anthem não será tal e qual como os jogadores fãs da Bioware possam estar à espera. Aliás, sabe-se que a maior parte das conversações terá apenas duas opções…. sabe a pouco, não sabe? Quem quer que esteja à espera da existência duma árvore de decisões que mude drasticamente o rumo do jogo consoante as nossas decisões, pode esquecer, pois Anthem não a terá certamente, ou pelo menos da forma mais tradicional. O jogo irá centrar-se mais na ação e na componente multiplayer.
E isto vai até ao ponto da quase não existência de NPCs “a la Bioware“. Como todos sabem, na maior parte dos jogos da Bioware (por exemplo Mass Effect), muitos dos NPCs têm uma riqueza impressionante, tanto em termos de conteúdo, historial, emocional,… Em Anthem não esperem nada disso, pois os poucos NPCs que irão haver, praticamente existirão em Fort Tarsis. (haverá no entanto, espaço para o romance?)
Recentemente foi revelado um novo trailer para o jogo, com o título de “Our World, My Story” (“Nosso Mundo, Minha história”) que ilustra tudo aquilo que identificámos acima e tem sido dito e escrito acerca de Anthem. Trata-se de um jogo cuja principal vocação será a de proporcionar uma experiência pessoal e individual a quem o joga, num contexto de universo multiplayer.
Em Anthem existirão 4 classes principais:
Pelo que se tem vindo a dar a conhecer, foi também revelado pela BioWare que todos os DLCs futuros do jogo serão gratuitos. Boas noticias, certo?
Entretanto, foi revelado recentemente que no próximo dia 1 de fevereiro, todos os jogadores que tenham reservado o jogo poderão mergulhar com as suas armas e dar os primeiros passos no universo de Anthem, a última aventura da BioWare, com acesso à demo. Para além disso, os membros da Origin Access e EA Access poderão experimentar a demo e iniciar a sua aventura nesse mesmo dia.