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Análise Uncharted 3: Drake’s Deception (Playstation 3)

2011, para muitos está ser um bom ano. Também acho que sim. Houve bastantes lançamentos ao longo do ano (que ainda não acabou) mas acima de tudo, houve qualidade nesses mesmos lançamentos. Houve jogos de simulação automóvel, do desporto-rei, de ficção cientifica … enfim houve lançamentos de jogos para praticamente todos os gostos.

No entanto, um dos jogos que mais expectativas gerou em redor do seu lançamento foi a terceira aventura de Uncharted. O jogo chegou, o Pplware teve o prazer de o analisar e … bem … vejam as seguintes linhas para ver o que achámos!

A aventura de Uncharted 3: Drakes Deception começa com uma sequência de animações onde vemos Nathan Drake e Sully no que parece uma transacção, monetária. Nessa transacção Nathan, supostamente vende uma relíquia que possui desde há mais de 20 anos (um anel que pertenceu a Sir Francis Drake’s) a Talbot (capataz de Marlowe a nossa arqui-rival). As negociações correm mal e durante os desacatos que acontecem, tanto Nate como Sully são baleados por um novo personagem, Charlie Cutter. Por esta altura é-nos feito um flashback até 20 anos atrás e onde descobrimos como é que Nate conheceu Sully e se associou a ele. Entretanto, e de volta ao tempo presente vimos a descobrir que tanto Nate como Sully não estão apenas mortos e que tinha sido tudo combinado com Charlie para que se chegassem perto de Marlowe, sendo este o inicio da aventura para a descoberta de Iram of the Pillars (a Atlantis do Deserto) e do que escondeu Sir Francis Drake e T.E. Lawrence nos seus diários.

Gráficos: 9,5

O que dizer dum jogo que a dadas alturas não nos conseguimos aperceber se estamos a jogar se a ver um filme? Ou que cujas tremenda sensibilidade com a realidade é tal que nos faz querer parar e ver tudo o que nos rodeia, faltando apenas sentir o cheiro do fogo, o calor do deserto, a frieza da água?? Por falar em água, fogo e areia …. Nunca vi num único jogo tamanha perfeição na representação desses elementos. O fogo então nos níveis fechados como minas e catacumbas provoca mesmo aquele efeito de névoa em volta das labaredas. Impressionante. A areia do deserto é tão real, que parece que estive lá pessoalmente, e com pormenores como quando andamos na ponta duma duna, haverem pedaços de areia que caem e se aglomeram em montículos. Impressionante.

Uncharted 3 é um assombro para a vista … Nathan Drake está irrepreensivelmente detalhado e tudo nele respira realismo. Os seus movimentos, os saltos, as subidas de paredes destruídas, os saltos de telhados, as fugas claustrofóbicas pelos corredores dum barco. Aliás, tudo isto se aplica também aos seus companheiros. É um autêntico filme jogável.

Os diversos ambientes onde a acção de passa estão também eles tão bem texturados e trabalhados que é como se estivéssemos lá. Aqui a inclusão do 3D é a cereja no cimo do bolo e a sensação de imersão é completa e apoteótica.

Som: 9,4

Totalmente em português, que é de louvar Uncharted 3 é também ao nível do som uma obra de arte. Os sons das explosões estão ao mais alto nível e rivalizando com as explosões de Call of Duty por exemplo, os sons de água, dos navios a afundarem, dos veículos, das pessoas nos mercados … efeitos sonoros deliciosos e que vê-se que foram bem estudados e pensados.

Uma das coisas que usualmente acabam por ser os elos mais fracos nos videojogos são as representações dos actores que dão voz aos personagens mas … isso não acontece em Uncharted 3. Definitivamente, os actores que dão voz às diferentes personagens, Sérgio Calvinho a Nathan Drake), João Craveiro a Victor Sullivan, Ana Zanatti a Katherine Marlowe, Rui Luís Brás a Charlie Cutter, Sofia Duarte Silva a Elena e Ana Cloe Chloe empenharam-se mesmo nos seus papéis e assim ganhou o jogo e ganhámos todos nós com representações profissionais e sérias. Como já disse, em Uncharted 3 fazemos mesmo parte dum filme.

O jogo até me conseguiu surpreender mesmo nos aspectos que pensava que poderiam ser descurados pelo jogo, que é a parte bélica. Todas as armas têm comportamentos distintos e com sonoridades próprias.

Um outro aspecto do jogo que me deixou definitivamente bem impressionado foi a sua fantástica banda Sonora, que foi composta por Greg Edmonson, compositor dos anteriores jogos da série.

Jogabilidade: 9,5

Creio que seriam necessárias muitas frases para descrever Uncharted 3, mas por outro lado, acho que apenas algumas o conseguem definir duma forma resumida: Impressionante, fantástico, épico são apenas algumas delas.

A jogabilidade de Uncharted 3 é simples e efectiva. Reagindo ao ambiente que nos rodeia (por várias vezes parti garrafas na cabeça dum inimigo) tem os normais controlos de correr, saltar, socar, disparar, fazer mira, … mas que é implementada duma forma extremamente natural e fluida.

Uncharted 3 apresenta um misto de aventura e plataformas, com variados puzzles a serem resolvidos ao longo do caminho. Os puzzles são na sua generalidade de dificuldade média e mesmo que não se consiga perceber bem p que fazer, o jogador terá sempre uma dica da outra personagem que o acompanhe. É simples, e não obstrui muito a história, pois são sugestões subtis que nos dão uma orientação para o que fazer.

O jogo apresenta-nos ainda uma outra vertente que se encontra mais aprofundada em relação aos seus dois anteriores. A complexidade dos personagens! Em Uncharted 3 cada personagem tem uma maior motivação e personalidade. Isso nota-se. Quer seja em Nate, quer nos seus companheiros, quer mesmo em Marlowe todos os intervenientes têm um certo carisma e em alguns casos vamos conhecendo-os melhor ao longo da aventura.

Sendo um jogo de aventura não poderiam faltar cenas de masmorras, selvas, montanhas, desertos e é verdade que Uncharted 3 tem isso tudo para oferecer e com dinâmicas bastante diversificadas. Por exemplo, desde fugir dum navio a afundar-se a tentar desesperadamente arranjar uma forma de fugir do deserto, enfim … o jogo não se repete e acaba sempre por arranjar formas de nos surpreender.

Às secções de escalada em que temos de trepar paredes imensas em edifícios ou, navios despedaçados e outras estruturas apresentam-se agora novos desafios extra, que é a existência de inimigos nas partes mais altas, obrigando-nos a, não só irmos subindo, como a ir encontrando refugio no meio da escalada e também ir disparando para os adversários. Embora na maior parte das vezes apresentem bastantes refúgios essas sequências estão empolgantes.

Um pouco pelos cenários encontram-se escondidos alguns tesouros que vamos coleccionando, e alguns escondidos em locais que não lembram a ninguém.

Um aspecto menos bom que reparei no jogo foi quando, em algumas secções de corrida, seja atrás dum inimigo, seja a fugir duma parede maciça de água a câmara se coloca de frente para Nate e ao corrermos na nossa própria direcção torna-se  fácil errarmos curvas e saltos que temos de dar.

Longevidade:  9,2

Uncharted 3 tem mais de 11 horas de aventura para completar a Campanha a solo. No entanto são horas de grande intensidade e de grande espanto e entusiasmo. E poderão mesmo ser repetidas após completarmos os diversos capítulos do jogo.

O modo online está em grande em Uncharted 3 com variados modos de jogo que prometem bastante divertimento multijogador, seja em modo cooperativo ou competitivo.

Modos como o normal Combate Mortal de Equipa (tradicional Team Deathmatch), Saque com uma mecânica semelhante ao Capture the Flag, Objectivo de Equipa em que a nossa equipa tem de ser mais rápida que a adversária, Combate Mortal de 3 Equipas idêntico ao primeiro mas com apenas 3 equipas de 2 jogadores cada, Livre para Todos que é o mesmo que dizer Todos contra Todos, Hardcore que é o nível supostamente mais exigente sem recurso a comissões nem a turbos nem a MODs, Arena Cooperativa onde a equipa tem de sobreviver a vagas e mais vagas de soldados inimigos, Arena Cooperativa para Caçadores e um dos modos meus preferidos a Aventura Cooperativa, onde com mais 2 jogadores embarcamos em níveis baseados na campanha singleplayer.

A generalidade dos modos está bem conseguida mas, penso que alguns saem um pouco do carisma e personalidade que Uncharted 3 possui, enveredando por modos muito semelhantes aos de Call of Duty por exemplo. De qualquer forma funcionam bem e sem maiores problemas.

Os servidores encontram-se bastante populados e embora se possa demorar um pouco a emparelhar com um jogo assim que se começa não se quer largar.

Quer pelo singleplayer quer pelo multiplayer Uncharted 3 é um jogo que certamente irá demorar a sair das vossas Playstation 3.

Nota Final- 9,5

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Tenho apenas uma palavra para Uncharted 3 … fantástico. É um autêntico filme de aventura ao mais belo estilo de Indiana Jones em que, a todo o momento temos a sensação de estarmos bem dentro do filme. Surpreendente em todos os aspectos, desde um grafismo de mais fino detalhe, a uma banda sonora absolutamente deliciosa, por uma jogabilidade perfeita e uma quantidade imensa de modos de jogo para quando terminarmos a campanha singleplayer, Uncharted 3 é um hino aos videojogos. Mesmo para quem não aprecie particularmente este tipo de jogo, Uncharted 3 apresenta-se como um jogo obrigatório de jogar, pois é mais que um jogo, é uma sensação extra-corporal.

Uncharted 3 é, provavelmente, o melhor jogo do Ano!

Género: Aventura / Plataformas Plataforma Analisada: Playstation 3
Homepage: Uncharted 3: Drake’s Deception

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