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Análise Quantum Break (Xbox One)

Quantum Break é o sucessor da linhagem de videojogos de acção, na terceira pessoa, da Remedy Entertainment, que tem como pontos fortes nas suas produções, as histórias embrulhadas em mistérios e no sobrenatural, as narrativas envolventes, os temas pesados e personagens marcantes, destacando aqui os inesquecíveis, Max Payne e Alan Wake.

O elemento principal que difere Quantum Break é o tempo, ou melhor, a capacidade de controlar o tempo, como congelar ou viajar no tempo.

O Pplware já sentiu o controlo do tempo nas suas mãos.

Em Quantum Break controlamos, na maior parte do tempo, Jack Joyce, que vai à cidade de Riverport, em Massachusetts a convite do seu amigo, Paul Serene, para visitar as instalações onde ele e o irmão de Jack, William Joyce, trabalham.

Rapidamente se chega ao verdadeiro motivo da ida de Jack às instalações. Paul revela que precisa de ajuda, para convencer o irmão do protagonista, a prosseguir com o projecto Promenade, uma máquina que permite, teoricamente, viajar no tempo. Caso contrário, o projecto é cancelado, e o trabalho de uma vida deitado ao lixo.

Decidido a provar que viajar no tempo não é apenas um sonho, Paul pede a ajuda de Jack para colocar a máquina a trabalhar. A meio da experiência, com Paul dentro da máquina, aparece o irmão de Jack, que tenta interromper o processo, que provoca um sobreaquecimento da máquina, emitindo uma onda de choque que trará consequências para Jack, Paul e o tempo como o conhecemos.

 

Como referido anteriormente, Quantum Break é um TPS (Third Person Shooter), linear, onde os poderes de manipulação do tempo, são o elemento predominante, seja nos tiroteios com os adversários seja para ultrapassar alguns obstáculos, como o poder que permite correr quase à velocidade da luz, durante um breve instante.

Podem abordar os encontros, com inimigos, praticamente sem recorrer aos poderes, a escolha é do jogador, mas é na utilização destes, que a jogabilidade passa de um shooter banal para um shooter genial.

Ao combinar os poderes de Jack com as típicas armas de fogo (pistolas, caçadeiras, metralhadores) o jogo torna-se verdadeiramente único, quase como segunda natureza.

Principalmente quando se tem os poderes todos desbloqueados, na máxima força, e se tem de enfrentar um número elevado de inimigos, pois nestas situações tem de se estar sempre em movimento, bem como dar uso e combinar os vários poderes.

Sendo a bolha temporal, que congela os inimigos dentro desta e permite acumular os tiros disparados para gerar mais dano de uma só vez, um dos melhores para combinar com o resto, como por exemplo: com o rush, que abranda o tempo, ou com o blast, que projecta vários inimigos, similar à onda de choque de uma explosão.

Infelizmente, muitos dos encontros são rápidos e não requerem esta perícia entre manipulação temporal e armas de fogo. E não ajuda o facto destes confrontos, os mais frequentes pelo menos, sejam contra os tipos de inimigos mais genéricos que existem, com o tipo de inimigo que possuí mecanismos para controlar o tempo, a marcar presença, ocasionalmente.

No fim de cada capítulo controlamos por breves momentos, Paul Serene, que tem o poder de ver o futuro. Neste breve momento, temos de escolher, precisamente, o futuro. Após essa escolha, pode ser visionada, de forma opcional, a série televisiva.

A série, apesar de contar com alguns actores conhecidos, não tem valores de produção elevados, servindo mas propriamente para dar a conhecer o background de alguns personagens do que andar com a história para a frente. Basicamente, se não visionarem, não perdem rigorosamente nada. Como ponto de inovação, de mistura de videojogos com televisão, deixou claramente a desejar.

Quantum Break não desilude no departamento visual. Os modelos dos personagens estão fielmente recriados de acordo com os actores que representam e a atenção ao detalhe em cada um também é fantástica, podendo o mesmo ser dito das animações faciais, que são um grande salto em relação ao anterior jogo da Remedy.

A iluminação é incrível, principalmente quando vários objectos passam por fontes de luzes distintas e se vê a projecção das sombras noutras superfícies. As sombras em si é que ficam aquém do esperado, com um granulado bem acentuado.

Se há departamento onde o jogo também brilha, é no sonoro, principalmente na naturalidade da distorção dos sons quando se usa os poderes de manipulação de tempo. Todos os sons parecem encaixar de forma quase perfeita, desde o som das armas ao som distorcido das comunicações dos inimigos.


Veredicto:

Quantum Break é um bom jogo, e mais que isso, é claramente um jogo nos moldes a que a Remedy Entertainment nos acostumou. Se procuram um jogo de acção, com uma boa história, que vos prende do início ao fim e com uns visuais fantásticos, então não hesitem em dar uma hipótese a Quantum Break, não vão ficar desiludidos!

Quantum Break

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