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Análise Metal Gear Solid V: The Phantom Pain (Playstation 4)

Por Ricardo Correia para o Pplware!

Um dos jogos mais esperados de 2015, Metal Gear Solid V: The Phantom Pain chegou finalmente às lojas.

A espera foi grande e Ground Zeroes apenas conseguiu minimizá-la …

Hideo Kojima encontra-se novamente ao leme de mais uma grande produção com o selo Metal Gear Solid e em The Phantom Pain tentou responder afirmativamente a alguns pedidos antigos que a comunidade gamer exigia … como por exemplo, maior liberdade de movimentos e de manobra.

O Pplware já pegou no jogo onde Snake continua a ser o herói da praxe e Ricardo Correia (em estreia absoluta) revela-nos os segredos do jogo.

 

Poderia começar esta análise por dizer que Metal Gear Solid 5 Phantom Pain é um jogo repleto de acção, violência, reviravoltas, excentricidade, sobrenatural… Na realidade acabei de o fazer, mas podia simplesmente ter dito que é um jogo de Hideo Kojima, e quem está famirializado, sabe que os adjectivos acima descritos são as suas imagens de marca. E nada foge à regra nesta nova e muito provavelmente última iteração com Kojima à cabeça.

Passaram 9 anos desde os acontecimentos em Ground Zeroes (que o Pplware teve ocasião de experimentar aqui). Durante este tempo, Big Boss esteve em coma e, ao despertar é colocado ao corrente da sua condição física: perdeu o braço esquerdo e contém fragmentos da explosão que o colocou em coma, alojados no corpo. A clínica onde se encontra é atacada por forças desconhecidas. Com ajuda de um homem chamado Ishmael, Big Boss consegue escapar da clínica e dos ataques. Neste momento de fuga reencontra Ocelot, que lhe explica o que aconteceu na sua ausência. A Motherbase foi destruída e os seus membros mortos pela XOF. O ponto de partida de Phantom Pain, passa por obter vingança por estes acontecimentos.

Phantom Pain é um jogo ‘open-world’, e as suas missões, tanto as principais como as secundárias vão-se centrar em duas localizações que podem ser exploradas livremente: Afeganistão e Zaire. Para cada missão temos a opção de levar um companheiro, no princípio temos apenas o D-Horse, um cavalo que nos ajuda a chegar mais rápido ao objectivo. Sendo possível desbloquear mais, como o D-Dog, ou a tão publicitada, Quiet.

Para nos preparamos para as missões temos uma nova Motherbase, no princípio é apenas um edifício que alberga os membros da nova unidade de Big Boss, os Diamond Dogs. Conforme esta unidade for aumentando vamos poder construir mais edifícios, que serão anexados ao principal através de pontes. Até vamos poder construir o nosso próprio Zoológico com os animais resgatados no Afeganistão e no Zaire.

Depois de aterrar de helicóptero, que nos leva para uma região aproximada da missão, somos livres de escolher como queremos prosseguir. Esperar que caia a noite, beneficiando da escuridão e da redução de visibilidade dos guardas para alcançar o objectivo, mas ter de enfrentar muitos mais guardas, ou, arriscar à luz do dia, menos guardas mas mais facilmente avistado por estes. Para além disso ainda entram outros factores em conta: tempestades de areia, mudança de turnos dos guardas, patrulhas em viaturas e animais selvagens. Tudo isto pode alterar completamente o desenrolar de uma missão.

Por exemplo, fiz uma missão que consistia em ir a um ponto de controlo, resgatar um tradutor guardado por seis guardas. Normalmente evito ao máximo interagir com o inimigo, gosto de ser completamente furtivo. O problema é que estava de dia e não havia quaisquer barreiras por onde me pudesse esgueirar sem ser apanhado, a única maneira seria utilizar a pistola de tranquilizantes para reduzir a probabilidade de ser visto. Quando me preparava para colocar a dormir o primeiro guarda, levanta-se uma tempestade de areia. A capacidade de visão e audição nestas tempestades são praticamente nulas. Surge aqui a minha oportunidade para ser o mais furtivo possível, corro em direcção ao tradutor, coloco-o às costas e fujo antes da tempestade passar.

Numa outra situação, tinha de eliminar um general russo, que estava num edifício, e nas redondezas haviam alguns guardas. Consegui aproximar-me do edifício, com cuidado e sem ser visto. No momento em que me preparava para entrar, nasce o dia, o turno dos guardas muda e um trio deles aproximasse rapidamente da minha posição. Tive que me adaptar à situação da única maneira possível, colocar a famosa caixa de cartão e esperar que eles se afastassem novamente para poder concluir a missão.

Se o vosso estilo for mais acção, não se preocupem, existe um arsenal de armamento militar pronto a utilizar, até podem equipar uma super armadura no Big Boss e no D-Horse para aguentar o fogo inimigo.

Aqui entra em jogo novamente a Motherbase, conforme formos resgatando mercenários ao inimigo utilizando o sistema de Fulton (Balão que transporta guardas, viaturas, armas e animais de volta para a Motherbase), vamos poder desenvolver e expandir o nosso arsenal e ferramentas, bem como a própria Motherbase.

À excepção do casual pop-in de vegetação, Metal Gear Solid é um jogo visualmente espantoso, a atenção ao detalhe, texturas, iluminação, animações é o característico da Kojima Productions. O Fox Engine demonstra todo o seu poder, a correr de forma fluída e sem quebras de frames, à excepção de algumas cutscenes.

Se ficarmos muito tempo sem ir à Motherbase, vamos observar moscas a voar perto da nossa cabeça, sangue acumulado nas roupas e ficamos a cheirar mal, e sim, os inimigos vão sentir o cheiro e procurar a origem do mesmo. Se voltarmos à Motherbase nestas condições, Ocelot saúda-nos com um balde de água, e momentos como este são o que não falta em Phantom Pain.

Algo que os jogadores mais acérrimos podem sentir falta é das longas cinemáticas e conversas de rádio que desenrolavam a história. Desta vez a história não nos é forçada, se quiserem saber mais, aconselho a ouvirem as cassetes que explicam tudo o que se passou antes e durante o coma de Big Boss.

Nota Final- 10

[0…....10]

Não sabemos o futuro da saga, nem de Kojima. O que sabemos é que a Konami vê partir um dos melhores, se não mesmo o melhor produtor de videojogos da actualidade, e isso é facilmente comprovado com o que é para mim, o melhor Metal Gear Solid que existe e um dos melhores jogos de sempre.

 

Género: Acção / Estratégia Plataforma Analisada: Playstation 4 Homepage Metal Gear Solid V: The Phantom Pain

 

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