Em pleno esforço de guerra (físico, militar, económico e psicológico) durante os anos pela qual se prolongou o 2º maior conflito armado do planeta, ambas os lados do conflito sentiram a necessidade de, de qualquer forma, manter ou aumentar a moral, quer das suas tropas, quer do resto da população, e foi dessa necessidade que nasceu …. Captain America.
Steve Rogers, ou Captain America para os amigos, surge assim como, um adolescente ansioso por participar no esforço de guerra transformado num super-herói, criado através da injecção dum soro especial que dota o mais fraco ser humano de força e propriedades especiais. Captain America, armado com o seu escudo feito dum mix super-poderoso de Adamantium, titânio e Vibranium torna-se parte importante no desenrolar da guerra e da vitória sobre os nazis e em mais alguns conflitos posteriores.
Gráficos- 7.7
Sendo uma adaptação de cartoons o jogo tinha uma margem um pouco mais ampla de recriação do universo de Captain America, e assim o fez, com bastante sucesso. Os diferentes cenários por onde passamos, acabam por estar bastante bem desenhados e diversificados dentro do possível, e pecam apenas por estar algo desnudados de conteúdos. No entanto a interacção com quase todos os elementos dos cenários é possível, oferecendo em algumas ocasiões, algumas alternativas tácticas.
Se os cenários encontram-se aceitáveis embora pouco vivos, já os personagens estão repletos de detalhe. Quer no caso do nosso Captain America, quer no dos soldados nazis, tanto a sua maquilhagem estética, como os detalhes empregues nos seus movimentos, saltos, … estão muito bem conseguidos mas, o que consegue ter um efeito simplesmente impressionante no jogo, são as cenas de finish aos inimigos que mostradas num slow motion nos deixam com vontade de terminar cada vez mais adversários.
Não faria mal nenhum também personalizar um pouco os adversários, uma vez que todos os soldados nazis parecem ser gémeos.
Um pormenor que é de estranhar e que causa certo desconforto, é a existência ocasional de algumas situações de quebras repentinas na taxa de frame rates, que mina e prejudica a experiência do jogo.
Som- 7.3
O facto do jogo se remeter a um Universo dum herói conhecido, traz-lhe algumas responsabilidades acrescidas, não só ao nível do grafismo e história, como também nos aspectos sonoros.
Em Captain America, o som e efeitos sonoros estão lá todos. Os efeitos sonoros, tais como disparos das armas (convencionais ou novas), explosões, veículos, … estão comestíveis e culminando num bom festival sonoro final.
As vozes usadas no jogo também se encontram razoáveis com, aqui e ali, algumas fases mais empolgantes e outras mais monótonas.
Jogabilidade- 7.1
Captain America apresenta um interface bastante simples e prático. Por vezes até demasiado simples.
O jogo é basicamente uma aventura de acção na 3ªpessoa com forte componente de exploração, de plataformas e, ocasionalmente um outro puzzle a resolver.
Começando pelo fim, os puzzles, podiam ser bastante mais variados e um pouco mais desafiantes.
Por seu lado, as Secções de Plataformas são visualmente espectaculares mas algo limitadas no que toca à jogabilidade. Se por um lado nos fazem lembrar Lara Croft ou Uncharted, por outro lado, o facto de apenas haverem determinadas secções disponíveis para tal adicionado ao facto de ser quase impossível falhar um salto, limitam a excitação que poderiam trazer ao jogo.
A procura por artefactos, bobines de filmes, documentos secretos, … é uma demanda deveras interessante no meio dos combates frenéticos e extremamente viciante. Por vezes damos por nós a vasculhar um cenário à procura de algo, como os investigadores de CSi, apenas faltando as lupas e afins. Embora o facto de a história ser demasiadamente linear, e dando a sensação de nos empurrar numa determinada direcção, acabam por haver níveis com bastantes dessas zonas por explorar, o que acaba por trazer algum valor acrescentado. No entanto a mecânica da maioria das missões acaba por se repetir.
Conforme referido mais acima, as cenas em slow motion das acções de finalização são brutais, demonstrando a agilidade do nosso Captain America e cada qual enquadrada no contexto em que a situação de desenrola não se perdendo nunca o fluir do jogo. Uma mais-valia do jogo, sem dúvida. Se a juntarmos a isto a existência de variadíssimas combos (muitas delas desbloqueáveis à medida que avançamos na aventura) temos muitas e diferentes maneiras de liquidarmos os nossos adversários de forma espectacular.
Os combates com os diversos tipos de inimigos, alguns mais fortes que outros, são exigentes e obrigam-nos a pensarem devidamente a nossa estratégia. Não basta entrar numa sala repleta de adversários e desatar à bofetada, socos, pontapés, lançamentos do disco …
A interacção com os objectos do cenário está bem-feita e pode ser uma mais-valia táctica em determinadas situações. Poderia ser, no entanto, melhor explorada quanto à interacção com os edifícios e veículos.
Longevidade- 6.8
A ausência de Multiplayer é talvez o factor que mais se realça no jogo. O que, sinceramente é, no mínimo, questionável.
Quanto ao Single Player, com a campanha de mais de 10 horas e alguns outros tipos de jogo disponíveis, o jogo acaba por ter algum conteúdo para durar e creio que voltar a jogar, quer a campanha, quer apenas os níveis e Arenas desbloqueados será engraçado, nem que seja para reviver as magnificas sessões de finish que o nosso punho ou disco aplicam aos adversários.
Nota Final- 7.4
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Gostei de Captain America: Super Soldier. Não é um Super Jogo mas, embora com falhas, algumas delas mais graves que outras, acabei por gostar de personificar o herói dos Estados Unidos. Gostei particularmente de acabar com os adversários das mais variadas formas e de poder explorar o Castelo de Armin Zola em procura de items que me ajudassem a compreender a história. Creio que o máximo que se pode dizer é que a diversão que tive a jogá-lo conseguiu ultrapassar os variados buracos negros que apresenta e a nota final é reflexo disso.