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Reino Unido proíbe palavras-passe comuns e fáceis de adivinhar

No âmbito da primeira legislação mundial de proteção contra os ciberataques, o Reino Unido decidiu proibir palavras-passe comuns e consideradas fáceis de adivinhar.


De acordo com uma investigação da Which?, citada pelo Sky News, uma casa cheia de dispositivos inteligentes pode ser exposta a mais de 12.000 ataques de pirataria informática de todo o mundo numa única semana, com 2684 tentativas de adivinhar palavras-passe fracas em cinco dispositivos.

Aliás, de acordo com dados recentes, 99% dos adultos britânicos possuem, pelo menos, um dispositivo inteligente, e os agregados familiares britânicos possuem, em média, nove dispositivos conectados. Mais do que isso, 57% dos agregados familiares possuem uma televisão inteligente, 53% possuem um assistente de voz e 49% possuem um relógio inteligente ou uma pulseira de fitness.

Por sua vez, o website de gestão de palavras-passe, NordPass, revelou que as senhas mais utilizadas no Reino Unido no ano passado foram “123456” e “password”.

 

Reino Unido quer contas protegidas com palavras-passe fortes

Considerando o aumento dos ataques cibernéticos e a facilidade com que eles são executados, o Reino Unido decidiu proibir as palavras-passe comuns e fáceis de adivinhar, como “admin” ou “12345”, no âmbito da primeira legislação mundial de proteção contra os ciberataques, conforme o Sky News.

Com base na nova legislação, que entra hoje em vigor, se um utilizador sugerir uma palavra-passe comum, ser-lhe-á pedido que a altere, fortalecendo a proteção das suas contas.

A legislação integra o regime de Segurança dos Produtos e Infraestruturas de Telecomunicações (PSTI), concebido para melhorar a resistência do Reino Unido aos ciberataques e garantir que as interferências malignas não afetam a economia britânica e mundial.

Nos termos da lei, as fabricantes de todos os dispositivos ligados à Internet – desde telemóveis, campainhas inteligentes e até frigoríficos de alta tecnologia – serão obrigadas a aplicar normas mínimas de segurança. Além disso, terão de publicar os dados de contacto para que as falhas e os problemas possam ser comunicados e resolvidos, bem como informar os consumidores do prazo mínimo para receberem atualizações de segurança importantes.

À medida que a vida quotidiana se torna cada vez mais dependente de dispositivos conectados, as ameaças geradas pela Internet multiplicam-se e tornam-se ainda maiores.

A partir de hoje, os consumidores terão mais tranquilidade em saber que os seus dispositivos inteligentes estão protegidos contra os cibercriminosos… Estamos empenhados em tornar o Reino Unido o local mais seguro do mundo para estar online e estes novos regulamentos representam um salto significativo para um mundo digital mais seguro.

Disse o ministro da Ciência e Tecnologia do Reino Unido, Visconde Camrose.

Além da proteção óbvia contra os ciberataques, as novas medidas procuram aumentar a confiança dos consumidores na segurança dos produtos que utilizam e compram.

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