A falta de proteção online dos mais novos é um caso bicudo, estando as empresas sob constante escrutínio por parte dos reguladores. Agora, a polícia britânica está a investigar um caso de abuso sexual do avatar de uma jovem dentro do metaverso.
Esta preocupação já havia sido explorada. Aliás, conforme vimos aqui, na sequência da violação de uma mulher no metaverso da Meta, o Horizon Worlds, houve quem afirmasse que o metaverso estava inundado de situações de assédio sexual, racismo e xenofobia.
Agora, a polícia britânica está a investigar um caso em que o avatar de uma jovem foi atacado sexualmente por um grupo de homens adultos, motivando a NSPCC a defender que as empresas “têm de agir já”, procurando mais formas para proteger os mais novos.
Segundo a associação britânica, os abusos online estão associados aos ataques no mundo real e podem ter um impacto devastador nas vítimas.
O abuso sexual online tem um impacto devastador nas crianças – e em ambientes imersivos onde os sentidos são intensificados, os danos podem ser sentidos de forma muito semelhante ao mundo real.
As empresas devem agir agora e intensificar os seus esforços para proteger as crianças de abusos em espaços de realidade virtual.
Disse Richard Collard, diretor-adjunto da política de segurança infantil online da NSPCC.
O relatório refere que a vítima, uma jovem com menos de 16 anos, ficou traumatizada com a experiência, durante a qual estava a utilizar um headset de Realidade Aumentada.
Conforme informação avançada pelo Sky News, esta será a primeira investigação de um crime sexual ocorrido dentro do mundo virtual conduzida por uma força policial do Reino Unido.
Um porta-voz da Meta, empresa que opera um metaverso, respondeu ao sucedido: “O tipo de comportamento descrito não tem lugar na nossa plataforma e é por isso que, para todos os utilizadores, temos uma proteção automática chamada “limite pessoal”, que mantém as pessoas que não conhecemos a alguns metros de distância de nós.”