Nos dias que correm temos o acesso à Internet como algo quase que garantido, pois, para além dos serviços que temos nas nossas casas, podemos navegar online a partir de vários pontos gratuitos, como cafés, restaurantes, escolas, lojas, bibliotecas, e até mesmo ruas, através dos nossos computadores e/ou dispositivos móveis.
Contudo, para muitas pessoas este serviço ainda é uma miragem. Os dados mais recentes indicam que cerca de 3 mil milhões de pessoas em todo o mundo ainda não têm acesso à Internet.
3 mil milhões de pessoas sem acesso à Internet
De acordo com os dados revelados pelo primeiro relatório designado “Relatório de Desenvolvimento Global”, elaborado pela entidade China International Development Knowledge Center, até ao final do ano de 2021 cerca de 38% da população mundial, o que corresponde a cerca de 2,9 mil milhões de pessoas, ainda não tinham acesso à Internet. Segundo os dados apurados, dessa quantidade de pessoas, 96% vivem em países em desenvolvimento.
O relatório indica que, no ano de 2020, o número de utilizadores de Internet residentes em áreas urbanas em todo o mundo seria de 75,6%, ou seja, quase o dobro dos 38,8% das zonas rurais.
De entre os vários fatores que podem dificultar o acesso à Internet, e que se tornam então em barreiras à inclusão digital de algumas pessoas, destacam-se os seguintes:
- Elevado custo do acesso à Internet em relação aos rendimentos nalguns países e regiões específicas
- Incapacidade de suportar o custo dos equipamentos móveis, como os smartphones e tablets
- Escassez na falta de habilidades digitais para alguns grupos
Para além disso, o relatório indica ainda que a rápida atualização constante das tecnologias digitais, o aumento das plataformas deste setor em várias áreas e a implementação acelerada da construção de infraestruturas da nova geração, são os principais responsáveis pelo aumento do tráfego global da Internet no ano de 2020 em até 15,9 vezes, comparativamente ao verificado há 10 anos.
O relatório estima também que a produção automatizada e o uso de robôs inteligentes vai substituir grande parte dos trabalhadores dedicados a trabalhos repetitivos e mecânicos. Tal poderá levar à extinção de determinadas funções em grande escala, uma vez que as máquinas podem ocupar mais de 85 milhões de empregos em todo o mundo entre o ano de 2020 e 2025.