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Paga-se muito por telecomunicações em Portugal? Sim ou Não?

Mais um estudo publicado da ANACOM e mais uma reação por parte dos operadores através da Apritel. De acordo com a informação presente no estudo “Preços das telecomunicações em Portugal”, o nosso país está entre os países europeus com preços de telecomunicações mais caros. No entanto, os operadores referem que regulador induz consumidores “em erro” sobre os preços.

Afinal quem terá razão?


Telecomunicações caras? ANACOM diz sim, Apritel diz que não…

De acordo com um comunicado da ANACOM, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,7%, enquanto que na UE diminuíram 10,4%. Isto significa que Portugal é um dos países onde se mais paga por telecomunicações. Segundo o documento da Autoridade das Comunicações…

Os últimos dados disponíveis revelam que, entre o final de 2009 e abril de 2020, os preços das telecomunicações em Portugal aumentaram 7,7%, enquanto que na UE diminuíram 10,4%. Todos os estudos elaborados pela Comissão Europeia, pela OCDE e pela UIT, evidenciam que os preços dos pacotes de serviços e das ofertas individualizadas de banda larga fixa e de banda larga móvel em Portugal estão acima da média da UE.

No entanto, segundo comunicado da Apritel (Associação dos Operadores de Comunicações Eletrónicas) “Lamentavelmente” e “recorrentemente”, as análises publicadas pela Anacom sobre o tema dos preços “não dão uma imagem correta do sector em Portugal”.

De acordo com os operadores, o estudo não tem em consideração a especificidade do mercado português”, onde “87,8% das famílias têm serviços em pacotes 3P ou 4/5P, o que desvirtua comparações ao nível europeu”. Também frisam que a “Anacom já reconheceu que desde novembro de 2017 a variação dos preços das telecomunicações em termos homólogos é inferior ao crescimento” da inflação.

Em declarações à Lusa, o secretário-geral da associação de operadores de telecomunicações Apritel, Pedro Mota Soares refere que…

Não podemos deixar de fazer este apelo à Anacom: que compare o que é comparável e que olhe para o setor com a realidade” que este “representa hoje em Portugal

De relembrar que esta não é a primeira vez que a Apritel e a ANACOM estão em desacordo sobre o tema. O setor das comunicações eletrónicas português representa 2,3% da riqueza gerada pela economia (PIB) e emprega cerca de 18.000 pessoas.
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