As aulas através da TV e internet são, por agora, a solução para o Ensino Básico. As soluções digitais estão disponíveis, mas é preciso algum conhecimento para as ter a funcionar em segurança. Depois de um Youtuber se ter infiltrado em aulas online, chega agora a informação que há alunos a receber dinheiro em troca de passwords.
A denúncia é da Federação Nacional dos Professores (Fenprof).
O Zoom é uma das plataformas mais populares para videoconferências. No último mês a quantidade de problemas de segurança reportados tem sido muito, mas há também questões que vão mais além da própria plataforma (E não têm propriamente a ver com o Zoom). De acordo com Mário Nogueira da Fenprof…
A Federação Nacional dos Professores está a recolher informação para apresentar queixa na Procuradoria-Geral da República contra quem gravou e transmitiu no YouTube aulas online que deveriam ter decorrido em circuito reservado. Há alunos a receber dinheiro em troca de passwords!
O Centro Nacional de Cibersegurança (CNCS) também já se pronunciou sobre o tema e referiu que a divulgação das sessões, ministradas na plataforma Zoom, não resultou de uma falha no sistema, mas sim de “comportamentos humanos mal-intencionados”.
Fonte oficial da Polícia Judiciária referiu ao JN que, à partida, “não haverá crime”, uma vez que os autores da intromissão possuíam a identificação e a palavra-passe das reuniões.
A Federação exige ao Ministério da Educação que garanta, “com muita urgência, a utilização segura de plataformas de reunião online ou, apresente alternativas à sua utilização, para que professores e alunos possam desenvolver o seu trabalho com um mínimo de tranquilidade”.
Como aconteceu o acesso “indevido” ao Zoom?
Após a criação das aulas virtuais, cada sessão pode ter um identificador e respetiva password. O professor tem, por norma, a ação de moderador e administrador da sessão. Se essa informação for passada a terceiros, é possível entrar numa sessão sem qualquer problema ou truques.
À Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) não tinham chegado até esta sexta-feira queixas contra o acesso indevido a aulas e a consequente divulgação de imagens de professores e alunos. A PJ não recebeu, igualmente, qualquer participação similar à situação agora noticiada.
No site do CNCS é possível aceder a um conjunto de documentos com boas práticas.