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Erro de escrita no e-mail terá enviado milhões de mensagens militares dos EUA para o Mali

Na Internet, a simples mudança de um carácter num endereço de uma página ou email pode trazer problemas para os utilizadores. Em vez de acederem a um local podem cair em outros cheios de perigos e problemas. Isso terá acontecido nos militares dos EUA, que enviaram por erro informação sensível para o Mali.


Um simples erro muda completamente o destino do e-mail

Um erro de escrita terá encaminhado milhões de e-mails militares dos EUA, alguns contendo informações altamente confidenciais, para o Mali. O problema decorre da escrita de .ML em vez de .MIL no domínio do endereço de e-mail de receção.

Este erro de uma letra expôs dados como documentos diplomáticos, declarações fiscais, passwords e detalhes de viagens de altos funcionários e muito mais. Embora os e-mails mal direcionados tenham (até agora) chegado ao encarregado privado de gerir o domínio do Mali, o controlo do domínio .ML em breve será revertido para o governo do Mali, que tem laços com a Rússia.

Esta situação revelada agora parece não ser nova e há mais de 10 anos que estará a acontecer. O atual responsável pelo domínio do Mali revelou que desde 2014 tenta relatar esta situação aos militares dos EUA sem qualquer sucesso. Agora que vai perder o controlo do domínio, quer alertar e garantir que os dados não caem nas mãos erradas.

Mensagens dos militares dos EUA tinham dados sensíveis

Desde o início do ano chegaram cerca de 117.000 e-mails e quase mil mais chegaram na última quarta-feira. Nestas mensagens estava presente informação sensível, incluindo os planos de viagem do chefe do Estado-Maior do Exército dos EUA. Além disso, havia ainda mais dados sensíveis.

Falamos de mapas de instalações, fotos de bases, documentos de identidade (incluindo números de passaporte), listas de tripulação de navios. Contavam-se ainda fiscais e financeiros, dados médicos, listas de tripulação de navios, relatórios de inspeção naval, contratos, reclamações criminais contra pessoal, investigações de bullying e reservas.

As forças armadas dos EUA já vieram a público comentar o problema e garantem que este não é real. Sempre que os utilizadores se enganam e trocam .MIL por .ML é mostrado um alerta, o que deixa a ideia de que estão a usar contas pessoais. O problema maior é mesmo a possibilidade de países como a Rússia terem acesso através do Mali a estes dados e agir depois com os mesmos.

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