As questões de privacidade na Internet têm estado na ordem do dia. Com preocupações cada vez maiores, é normal que surjam mecanismos para prevenir o acesso a informações dos utilizadores.
Uma das respostas que surgiu foi a criação nos browsers de mecanismos Do Not Track, que conseguem impedir a tipificação dos utilizadores. Mas nos Estados Unidos esta regra não vai ser imposta aos sites.
A utilização dos mecanismos de Do Not Track está sempre sujeita à vontade de quem gere os sites web, tendo do seu lado a decisão de aceitar ou não a indicação dos utilizadores.
Quando surgiram ficou a ideia de que esta seria uma regra a ser imposta, para garantir a vontade dos utilizadores. Até agora não existem ainda normas que regulem esta imposição da vontade de permanecer anónimo.
Segundo uma decisão da FCC, entidade reguladora dos Estados Unidos, a adopção de regras de Do Not Track não vai ser imposta aos sites. Caberá a cada um decidir como quer agir perante os pedidos dos utilizadores.
O pedido de imposição da obrigatoriedade de implementar o Do Not Track nos sites surgiu por parte de um grupo de cidadãos, que com uma petição queria ver esta medida aplicada.
Mas a FCC resolveu não aceitar a petição apresentada e deixou nas mãos dos sites a decisão. Segundo a FCC a imposição desta medida aplica regulação aos operadores e à própria Internet, o que não deve ser feito.
Os mecanismos Do Not Track conseguem dar aos utilizadores a possibilidade de impedir que os sites obtenham informação sobre os seus hábito de navegação, que depois podem ser usados para a apresentação de publicidade, entre outros fins.
Ao activar o Do Not Track num browser, uma das primeiras comunicações entre este e os servidores web informa que o utilizador não pretende ser seguido e por isso os seus dados não são guardados para posterior utilização.
A decisão da FCC vem agora deixar uma nova abertura para que o Do Not Track seja ignorado pela maioria dos sites. Quando foi apresentado muitos sites comprometeram-se a seguir esta notificação e respeitar a vontade dos visitantes, mas a verdade é que a maioria não tomou as medidas necessárias para o implementar, mantendo todas as estruturas a funcionar da mesma forma.
Ainda não foi desta vez que se conseguiu implementar mecanismos que conseguem anonimizar a navegação web, mantendo privada a informação dos utilizadores. As componentes técnicas existem, resta apenas que os sites, que são os menos interessados, as apliquem e respeitem a vontade dos seus visitantes.