Pplware

Cyberbullying agravou-se com o distanciamento devido à pandemia

Hoje assinala-se o Dia Mundial do Combate ao Bullying. Esta é uma data importante para que tomemos cada vez mais consciência de que existe e que necessita da intervenção e atenção de todos nós. O Cyberbullying faz igualmente parte deste problema, caracterizando-se pela agressão, intimidação e difamação através das redes sociais ou plataformas de envio de mensagens.

Mas a PSP deixa o alerta de que é necessário dar agora maior atenção aos comportamentos de Cyberbullying. Isto porque esta prática se agravou e conseguiu maior expressão devido ao distanciamento social provocado pela pandemia da COVID-19.


Dia Mundial do Combate ao Bullying

Hoje, dia 20 de outubro, é o Dia Mundial de Combate ao Bullying. Pretende-se, com esta data, consciencializar e sensibilizar a população para uma prática que, apesar de não ser só de agora, continua a existir e a provocar graves consequências, sobretudo nos mais jovens.

Em suma, o Bullying caracteriza-se por agressões, físicas ou verbais, intimidação e humilhação por parte de um agressor, designado bullie, a alguém que é identificado como ‘mais fraco’ seja ao nível físico, seja ao nível psicológico.

A própria PSP deixou o lembrete nas suas redes sociais para o crime do Bullying, onde alerta que:

Ser bullie… é para fracos! 20 de outubro | Dia Mundial de Combate ao Bullying Qualquer tipo de comportamento agressivo, físico ou psicológico, intencional, repetido ao longo do tempo e praticado individualmente ou em grupo É BULLYING. Não fiques calado! O programa Escola Segura da Polícia Segurança Pública pode ajudar-te, fala connosco 👉📧 escolasegura@psp.pt Bullying não é brincadeira! Se conheces algum amigo que é vítima, DENUNCIA. Faz amigos, não faças Bullying.

Mas, com a evolução tecnológica, este tipo de crime passou a expressar-se também através de meios digitais. E assim surgiu o Cyberbullying, onde os agressores recorrem a plataformas como redes sociais, chats, mensagens, entre outros, para levar a cabo as suas agressões às vítimas.

Nesse sentido, na publicação a PSP partilhou também um vídeo de forma a incentivar as vítimas a denunciar estes crimes.

Distanciamento social da pandemia agravou a prática de Cyberbullying

De acordo com a Polícia de Segurança Pública, é necessário dar uma maior atenção ao Cyberbullying uma vez que esta prática passou a ter uma maior expressão depois do distanciamento social provocado pela pandemia.

Uma vez que as pessoas têm que estar mais distantes fisicamente como forma de prevenção, então os agressores utilizam as plataformas digitais para darem continuidade às suas agressões.

Segundo a PSP, este problema:

Tem assumido novos contornos, deixando de lado a vertente física da provocação, ameaça, intimidação e agressão, dando origem à novel vertente virtual, o ciberbullying.

A autoridade relembra nesta data que os comportamentos de Bullying afetam de forma negativa e têm um impacto significativo no crescimento físico, emocional e psicológico dos jovens. E, mais uma vez, é destacada a importância destes casos serem denunciados.

Em comunicado, a PSP indica que apenas no ano letivo passado, foram registadas 900 ofensas corporais e 600 injúrias e ameaças, no âmbito do Programa Escola Segura. Entre 2013/14 e 2019/20, a PSP desenvolveu mais de 17.600 ações de sensibilização para os problemas de bullying e ciberbullying, o que abrangeu 426.644 alunos, indica a polícia.

A autoridade deixa ainda o alerta para que a comunidade escolar, como pais, professores, funcionário e outros alunos, estejam atentos, promovam a denúncia destas situações e não fecham os olhos a eventuais situações de Bullying ou Cyberbullying.

Para isso, a PSP deixa alguns sinais aos quais deve ser dada atenção, como por exemplo perturbações/alterações alimentares e do sono, automutilação, tentativas ou ameaças de suicídio, aparecimento de cortes, arranhões ou hematomas, situações de isolamento e/ou timidez e ou ansiedade e/ou depressão, além de resultados académicos mais fracos e da recusa em ir à escola.

Leia também:

Exit mobile version