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Code Red: Google teme que o ChatGPT substitua o seu motor de pesquisa

Os consumidores são exigentes e, embora não seja uma decisão fácil, se arranjarem uma solução mais completa para as suas dores, acabam por trocar os serviços que utilizam. Por saber disto, a Google está preocupada com a possibilidade de o ChatGPT lhe roubar o destaque enquanto motor de pesquisa.

A empresa ativou um código vermelho, de modo a pensar e desenvolver táticas que o impeçam.


O ChatGPT é um sistema de Inteligência Artificial (IA) que, embora seja muito recente, já conquistou mais de um milhão de utilizadores. De acordo com a Forbes, este protótipo de chatbot, criado pela OpenAI, ganhou muitos adeptos pelas respostas detalhadas, muito semelhantes às dos humanos, e poderá revolucionar a forma como as pessoas usam os motores de pesquisa.

O sistema de IA, que utiliza a tecnologia de linguagem GPT-3.5 desenvolvida pela OpenIA, foi disponibilizado no dia 30 de novembro e os utilizadores podem registar-se e testar, gratuitamente. Em formato de diálogo, os utilizadores podem indicar tópicos simples ou complexos, de modo a obter uma resposta detalhada sobre praticamente qualquer tema – futebol, política, questões educacionais, problemas matemáticos, piadas, aconselhamento amoroso ou profissional, entre outros.

Em breve, poderá ter assistentes que falam consigo, respondem a perguntas e dão conselhos.

Previu o CEO da Box, Aaron Levie, que tweetou sobre o ChatGPT e garantiu que “tudo será diferente daqui para frente”.

 

Google teme potencialidades do ChatGPT

Por tudo aquilo que o ChatGPT é capaz de fazer, bem como tudo aquilo que se prevê que possa vir a conseguir fazer, a Google teme ser substituída por este sistema de IA. Isto, porque este poderá dar respostas mais eficientes às dores dos utilizadores.

Perante este concorrente de peso, o CEO da Google, Sundar Pichai, decidiu ativar um código vermelho, reestruturando vários departamentos da empresa, de modo a desenvolver modelos de IA capazes de fazer frente ao ChatGPT. O objetivo não passa por lançar uma alternativa semelhante à da OpenIA, mas antes a criação de ferramentas capazes de competir com ela.

Entre agora e a conferência da Google, em maio, as equipas de investigação, confiança e segurança da Google foram reestruturadas para ajudar a desenvolver e lançar novos protótipos e produtos de IA.

Citou o The New York Times.

Sundar Pichai, CEO da Google

Apesar de a Google ter uma IA semelhante ao ChatGPT, que atualmente só está disponível para uso interno, a empresa confirmou que não a quer lançar para o público por receio de manchar a sua reputação. Isto, porque a LaMDA pode não oferecer respostas tão precisas ou partilhar opiniões controversas.

Por isso, o Hipertextual pressupõe que a mudança nos departamentos pode direcionar o foco para o aperfeiçoamento das capacidades de resposta da LaMDA da Google.

 

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