Donald Trump foi Presidente dos Estados Unidos da América e muitos foram os rumores que a sua eleição foi suportada por dados digitais pessoais fornecidos pelo Facebook.
Agora a Meta, empresa-mãe do Facebook, vai ter de pagar 725 milhões de dólares por fornecer dados a empresa que apoiou Trump.
Cambridge Analytica usou dados do Facebook para campanha de Trump
A Meta aceitou pagar 725 milhões de dólares (680 milhões de euros) num processo judicial que acusa a rede social de permitir que milhões de dados pessoais dos utilizadores fossem fornecidos à Cambridge Analytica, a conhecida empresa que apoiou Trump em 2016.
O caso remonta a 2018, quando houve revelações que a empresa Cambridge Analytica tinha pago a um criador de aplicações Facebook pelo acesso às informações pessoais de utilizadores da plataforma. Esses dados foram utilizados para atingir os eleitores dos EUA durante a campanha de 2016, que culminou com a eleição de Trump como 45º presidente.
De relembrar que a Cambridge Analytica é acusada de ter acedido e usado os dados pessoais de 87 milhões de utilizadores do Facebook, sem o seu consentimento destes. Os dados serviram para desenvolver uma plataforma informática destinada a influenciar o voto dos eleitores, favorecendo assim a campanha de Donald Trump.
Apesar de toda a concorrência, o Facebook ainda conta com cerca de 2.000 milhões de utilizadores em todo o mundo, incluindo quase 200 milhões nos Estados Unidos e no Canadá. A empresa com sede em Menlo Park, Califórnia, afirmou na sexta-feira que procurava um acordo porque era do melhor interesse da sua comunidade e dos seus acionistas, revela a Lusa.
Todos os problemas causados ao Facebook pela Cambridge Analytica ainda não devem estar propriamente resolvidos. Apesar do acesso aos dados ter sido bloqueado e os dados eliminados, ainda haverá trabalho na proteção da informação.