O Reino Unido tenta mudar muito do que são os princípios de segurança da Internet. Quer controlar a forma como os dados são transmitidos e ter acesso exclusivo aos mesmos. Essa tem sido uma luta inglória, que agora toma novas formas. Querem controlar como e quando são lançadas as atualizações de segurança.
Há uma tentativa clara de controlar a informação que circula na Internet. O Reino Unido tem tentado fazer tudo para que os gigantes da tecnologia quebrem as medidas de segurança que têm implementadas nos seus sistemas e serviços.
Sob a capa da monitorização e prevenção de problemas de segurança, querem acesso a todas as comunicações. Isso representa um retrocesso face ao que tem sido conquistado e é uma clara violação da privacidade de todos os que usam a Internet. As respostas têm surgido, com ameaças de abandonar o Reino Unido.
Os fabricantes de dispositivos provavelmente também teriam que notificar o governo antes de disponibilizar atualizações de segurança importantes que corrijam vulnerabilidades conhecidas e mantenham os dispositivos seguros. Assim, o Secretário de Estado, ao receber tal aviso, poderá agora solicitar aos operadores que, por exemplo, se abstenham de corrigir falhas de segurança para permitir ao governo manter o acesso para fins de vigilância.
Numa tentativa clara de alargar ainda mais o raio de ação destas medidas, surge uma nova, que coloca em causa os próprios sistemas operativos. O governo britânico quer controlar as atualizações e impedir que algumas falhas sejam resolvidas.
A ideia é garantir que as falhas que estão a ser usadas para garantir a monitorização sejam mantidas acessíveis. Ao corrigir as falhas existe a possibilidade desses pontos de acesso sejam bloqueados e assim o Reino Unido deixe de poder escutar as conversas.
Esta é mais uma medida que todos devem repudiar e negar-se a cumprir. É virtualmente impossível que estes pontos de acesso às comunicações fiquem exclusivos e rapidamente os atacantes vão poder aceder às comunicações, algo que ninguém quer.
Embora possa parecer algo menos e até essencial, a verdade é que esta é uma mudança muito perigosa. Abre as portas a atacantes e até a uma monitorização do Reino Unido que ultrapassa os limites do lógico para muitos.