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Sem saberem, funcionários divulgam segredos da empresa através do ChatGPT. Como evitá-lo?

O ChatGPT democratizou verdadeiramente o acesso à Inteligência Artificial (IA), não apenas a estudantes, mas a toda a gente com acesso à Internet. Um novo relatório alerta, agora, que os funcionários divulgam, sem saberem informações sobre as empresas onde trabalham através do ChatGPT.


À medida que mais empresas adotam IA generativa como o ChatGPT, Copilot e Claude, com o objetivo de melhorarem a produtividade e o fluxo de trabalho, estão a descobrir que essas ferramentas estão a expor segredos da empresa a um ritmo alarmante.

De acordo com um novo relatório da Cyera, os chatbots de IA são, agora, a principal causa de fuga de dados no local de trabalho, ultrapassando, pela primeira vez, o armazenamento em nuvem e o e-mail.

De forma preocupante, a maioria dessas fugas está a acontecer discretamente, passando despercebidas pelas empresas.

A investigação mostra que quase 50% dos funcionários de empresas estão a usar IA generativa no trabalho, muitas vezes colando informações confidenciais, como informações financeiras, dados pessoais identificáveis e até documentos estratégicos, diretamente em chatbots de IA.

Apesar de este tipo de informação não dever ser partilhado com chatbots de IA, o fenómeno está a ocorrer por meio de contas pessoais e não geridas, como ChatGPT ou Gemini, tornando-as invisíveis para os sistemas de segurança corporativos.

No entanto, 77% dessas interações envolvem dados reais da empresa.

Conforme a investigação, como os dados são partilhados por via de ações de copiar/ colar nas janelas de chat, e não por uploads diretos de arquivos, contornam completamente as ferramentas tradicionais de prevenção.

Outro relatório de 2025, conduzido pela LayerX, descobriu que 67% das interações de IA acontecem em contas pessoais, pelo que as equipas de TI não podem monitorizá-las ou restringi-las.

Como evitar esta partilha de dados através dos chatbots de IA

Os relatórios não sugerem proibir totalmente a IA, conforme compilado, mas antes alertar as empresas e os utilizadores para que reforcem os controlos, melhorem a visibilidade e forneçam supervisão crítica, nomeadamente por via de:

Uma vez que a IA é relativamente nova para todos os utilizadores comuns, os funcionários estão, também, a aprender a usar as ferramentas e a reconhecer as suas limitações.

Cabe, portanto, a cada empresa, gerir a introdução destas novas ferramentas nos ambientes de trabalho, de forma segura, e a cada utilizador compreender que um simples copiar/ colar pode ser suficiente para expor informação confidencial.

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