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Ministros querem que o G7 adote regulamentações para a IA

Os ministros da área digital concordaram que o Grupo dos Sete (G7) deve basear-se nos riscos da Inteligência Artificial (IA) para adotar regulamentação. Para isso, pedem um equilíbrio difícil de assegurar.


Numa a altura em que os legisladores europeus correm atrás de leis que cubram a IA e se baseiem, ao mesmo tempo, em valores democráticos, os ministros da área digital do G7 concordaram que os países devem adotar uma regulamentação da tecnologia “baseada no risco”.

Os principais responsáveis tecnológicos do G7 – Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Estados Unidos – reuniram-se, em Takasaki, no Japão, recentemente.

 

G7 quer regular a IA, mas quer fazê-lo democraticamente

Apesar de os ministros reconhecerem que “os instrumentos políticos para alcançar a visão e o objetivo comuns de uma IA fiável podem variar entre os membros do G7”, o acordo procura estabelecer um padrão na forma como os principais países lidam com a IA.

Segundo uma declaração conjunta emitida pelo G7, após a reunião, a regulamentação deve “preservar um ambiente aberto e propício” ao desenvolvimento de tecnologias de IA, e deve basear-se em valores democráticos.

Planeamos convocar futuras reuniões do G7 sobre IA generativa, que podem incluir tópicos como governação, salvaguarda os direitos de propriedade intelectual, incluindo direitos autorais, promoção da transparência, e discussão da temática da desinformação.

Lê-se na declaração, de acordo com a Reuters.

A chefe da regulamentação tecnológica da União Europeia, Margrethe Vestager, disse que o bloco acordará, ainda este ano, sobre a legislação da IA, desde obrigações de rotulagem para imagens ou músicas geradas pela tecnologia, até abordagens para lidar com os direitos de autor e os riscos educacionais.

Margrethe Vestager, chefe da regulamentação tecnológica da União Europeia

Tendo em conta as decisões que resultaram da reunião do G7, o Japão admitiu que esperava que os países “concordassem com uma governação ágil ou flexível, em vez de uma regulamentação preventiva e abrangente”, relativamente à IA.

Para Yasutoshi Nishimura, ministro da indústria do país anfitrião da G7 Summit, prevista para o final de maio, “pausar o desenvolvimento da IA não é a tresposta certa”, pois “a inovação deve continuar a desenvolver-se, mas dentro de certos limites que as democracias devem definir”.

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