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IA vai chegar aos espaços de trabalho, mas não para roubar empregos, dizem especialistas

O disco vira, mas nem sempre toca o mesmo. A Inteligência Artificial (IA) é analisada de vários ângulos, pelo que, a par dos que acham que ela vai detonar a Humanidade, estão os que acreditam que vai apenas complementá-la. Estes especialistas de que lhe falamos hoje focam-se numa das maiores preocupações dos últimos meses, e justificam por que a tecnologia não vai substituir os empregos humanos.


Num artigo publicado no The Conversation, Kai Riemer, professor de tecnologia da informação e organização da University of Sydney, e Sandra Peter, diretora do Sydney Executive Plus da mesma instituição de ensino, escreveram que tem havido um interesse crescente, por parte de desenvolvedores e investidores, relativamente à utilização de ferramentas de IA, desde a chegada pomposa de chatbots de IA avançados como o ChatGPT.

Uma das maiores preocupações tem sido a possibilidade, negada por muitos, de que os chatbots ou os robôs equipados com IA vão substituir os humanos nos seus empregos. No entanto, os especialistas alertam que, apesar do rápido avanço da tecnologia, os utilizadores não devem confiar cegamente na “inteligência” da tecnologia.

Em vez de pintar os chatbots de IA como cérebros artificiais omniscientes, os especialistas compararam-nos a estudantes de pós-graduação designados como assistentes pessoais de trabalho.

Afinal, os chatbots demonstram uma dedicação louvável às suas tarefas, mas, às vezes, exibem excesso de confiança, oferecendo respostas que, embora aparentemente plausíveis, não têm suporte factual.

Os especialistas também explicaram que as ferramentas de IA têm uma natureza probabilística, pelo que carecem de uma verdadeira compreensão das questões – compreensão essa de nível humano.

Muitos trabalhadores estão preocupados com o uso da IA ​​para automatizar o seu trabalho. Mas dada a natureza probabilística da tecnologia e a sua inerente falta de confiabilidade, não vemos a automação como a área de aplicação mais provável.

Os especialistas alertaram que é improvável que o chatbots substituam, de facto, e de forma geral, os humanos nos seus trabalhos. Contudo, deixaram uma ressalva: “Estão certamente a chegar à descrição do seu trabalho. A fluência em IA, a habilidade de compreender e trabalhar com IA, em breve, tornar-se-á essencial, semelhante a trabalhar com um PC.”

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