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Ex-engenheiro da Google roubou segredos de IA. Estava alegadamente a trabalhar na China

O investimento na Inteligência Artificial (IA) tem sido feito por várias empresas, que entendem a necessidade de se adaptarem a uma tecnologia que veio não só para ficar, mas para revolucionar o status-quo. Esta aposta é de tal forma importante, que a Google viu uma série de segredos roubados por um antigo engenheiro que estava, alegadamente, a trabalhar na China.


Conforme avançado pela BBC, uma série de segredos relativos à IA da Google terão sido roubados por Leon Ding, também conhecido por Linwei Ding. O antigo engenheiro da empresa está detido e a ser acusado de quatro crimes, no estado da Califórnia.

Segundo uma declaração da procuradora-geral adjunta, Lisa Monaco, Leon Ding teria trabalhado, secretamente, para empresas chinesas, com o objetivo de obter uma vantagem na corrida à tecnologia de IA. Nesse sentido, teria roubado mais de 500 ficheiros confidenciais com segredos comerciais da Google.

Aquando do roubo dos dados à Google, o engenheiro pretendia, alegadamente, lançar o seu próprio negócio, na China.

 

Google foi alegadamente roubada por antigo engenheiro

Entre os ficheiros roubados encontram-se desenhos de software para machine learning da Google, especificações de hardware e software para GPUs utilizadas no centro de dados da empresa, e desenhos para os processadores TPU v4 e v6.

Aliás, os processadores Tensor Processing Unit (TPU) fabricados pela Google estão ligados a uma quantidade significativa dos dados roubados. Estes alimentam várias operações de IA da Google e, quando combinados com GPUs da NVIDIA, permitem treinar e executar modelos de IA como o Gemini.

De acordo com a acusação apresentada na terça-feira a um tribunal federal em San Francisco, Ding trabalhou como engenheiro de software para o Google, em 2019, e estava próximo dos data centers de supercomputação da empresa. Além disso, desenvolveu software de apoio à operação de IA e aplicações de machine learning para os clientes da gigante tecnológica.

Em maio de 2022, o então engenheiro terá começado a fazer upload de arquivos para uma conta pessoal, a partir da rede da Google. A acusação revela que estes uploads continuaram, de forma intermitente, durante um ano.

Durante esse período, terá passado vários meses na China a trabalhar para a startup tecnológica Beijing Rongshu Lianzhi Technology. Enquanto diretor de tecnologia da empresa, terá recebido 14.800 dólares por mês.

Além disso, terá criado a Shanghai Zhisuan Technology, uma empresa de software especializada em IA e machine learning, e designou-se diretor-executivo.

De acordo com o Departamento de Justiça dos Estados Unidos, a investigação de Ding foi conduzida pela Disruptive Technology Strike Force, uma organização encarregada de impedir que estados-nação hostis e regimes autoritários obtenham tecnologias americanas.

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