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Christopher Nolan questiona as “consequências não intencionais” da IA

Em entrevista, Christopher Nolan questionou a forma como a Inteligência Artificial (IA) se poderá transformar numa ameaça. Ou não.


É um dos maiores génios do cinema e não deixou escapar a oportunidade de comentar sobre a tecnologia do momento: a IA e as suas potencialidades, nomeadamente, no mundo que mais lhe diz. Afinal, a tecnologia tem sido tema acesso por Hollywood.

Durante uma entrevista a HugoDécrypte, o canal de YouTube de Hugo Travers, Christopher Nolan partilhou que o seu sindicato está a debater, neste momento, a questão da IA.

Falo com muitos investigadores de IA, atualmente. Agora, eles veem isto da mesma forma que Oppenheimer: ‘Okay, estamos prestes a lançar uma tecnologia muito poderosa no mundo. E as consequências não intencionais? O que é que vamos fazer em relação a isso?

Na sua opinião, a IA é, efetivamente, uma ferramenta muito poderosa. Contudo, “não há forma de substituir a criatividade humana“. Afinal, todos os modelos que conhecemos e o modo como processam a informação são baseados no engenho humano.

De forma cautelosa, o diretor de cinema Christopher Nolan afirmou não acreditar na possibilidade de a tecnologia igualar a criatividade humana. No entanto, ressalvou que “não significa que não se torne perigosa ou que não devemos considerar que isso pode acontecer”.

Se olharmos para o campo dos efeitos visuais, quando comecei a utilizá-los, era tudo uma questão de simulação, que através de gráficos digitais e traçado de raios, se podia recriar perfeitamente um ambiente. Em última análise, isso atingiu um limite. Atualmente, a abordagem é um pouco diferente, é mais fotográfica.

Na sua perspetiva, há áreas em que existe uma possibilidade teórica de progressão infinita e outras em que “há um limite que é atingido, porque a realidade é, por definição, infinitamente complexa”. Tendo em conta que o mundo real não tem limitações, “qualquer simulação ou método digital atinge normalmente um determinado limite”.

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