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Califórnia está a usar IA para combater os incêndios florestais

O estado norte-americano da Califórnia tem registado muitos incêndios florestais. Por isso, está a recorrer à Inteligência Artificial (IA) para os combater.


A Califórnia registou 4792 e 5234 incêndios florestais em 2023 e 2022, respetivamente. De forma imprevisível, estes fenómenos são impulsionados pelo clima e resultam em mortes e em danos de milhões de dólares em infraestrutura.

O seu segundo maior incêndio florestal expandiu-se por 47.000 hectares…

O Departamento de Silvicultura e Proteção contra Incêndios da Califórnia, conhecido por Cal Fire, tem como missão suprimir 95% de todos os incêndios florestais, quando estes têm cerca de quatro hectares ou menos.

Tradicionalmente, a rede de mais de mil câmaras no topo das montanhas da Califórnia é monitorizada por humanos. Contudo, é um processo cansativo e complicado. Por isso, é num programa de IA destinado a detetar incêndios que o Cal Fire vê um facilitador para o seu trabalho.

Segundo os funcionários, o sistema de IA foi capaz de alertar os bombeiros sobre as imagens de fumo cerca de 40% das vezes antes de os centros receberem chamadas de emergência sobre o incidente.

O projeto iniciou em junho deste ano, com seis centros de comando de emergência do Cal Fire a terem acesso ao sistema de IA. Em breve, o projeto será alargado a 21 centros. De acordo com informações, este tipo de sistema de IA só foi instalado na Califórnia.

Uma das desvantagens do sistema de IA é que só consegue detetar incêndios em linha com as câmaras. Além disso, ainda não é autónomo: é necessária a interferência humana para identificar corretamente a localização e a veracidade do incêndio.

 

Sistema de IA aprende constantemente, mas ainda se confunde…

Não dá para acreditar na quantidade de coisas que se parecem com fumo.

Disse Ethan Higgins, arquiteto-chefe do software, evidenciando a sensibilidade do sistema de IA: deteta nevoeiro, poeira e vapor, identificando-os como incêndios, incorretamente.

Por isso, a aprendizagem é constante e cabe aos operadores ensinarem a máquina de IA a identificar os incêndios.

Conforme explicado por Neal Driscoll, geofísico da Universidade da Califórnia, em San Diego, e líder do projeto de IA, o sistema executa o seu algoritmo através de milhares de imagens geradas pelas mais de mil câmaras instaladas em 90% do território da Califórnia propenso a incêndios.

As imagens são fornecidas ao software de IA por um programa de segurança pública para compreender as catástrofes naturais e determinar os impactos a curto e longo prazo nas pessoas e no ambiente, chamado AlertCalifornia. O site do projeto é gerido pela Universidade da Califórnia.

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