Desde a chegada do ChatGPT que a Inteligência Artificial (IA) ganhou lugar cativo nas manchetes. Além disso, e apesar de os especialistas falarem numa reformulação dos postos de trabalho, as pessoas temem ser substituídas. Este especialista acaba de partilhar os empregos que estão, na sua opinião, a salvo da tecnologia.
Uma das principais preocupações, relativamente à IA, é a probabilidade de ela nos substituir nos nossos empregos, por desempenhar as funções melhor do que nós. Conforme já foi assegurado por muitos especialistas, em vez de simplesmente substituir a mão humana, a tecnologia promoverá a chegada de novos trabalhos, aos quais nos vamos adaptar.
O especialista em IA e autor do livro Rule of the Robots: How Artificial Intelligence Will Transform Everything, Martin Ford, explicou que existem três categorias de trabalho que, por enquanto, “estarão relativamente isoladas”.
A primeira que Ford destaca é a criatividade. Na sua perspetiva, trabalhos criativos em que se “está realmente a gerar novas ideias e a construir algo novo” deverão continuar a ter lugar para seres humanos. Especificamente, “na ciência, na medicina e no direito… criar uma estratégia jurídica ou empresarial”.
Para Ford, a IA também não deverá ocupar lugares que exigem relacionamentos interpessoais e “nos quais é necessário um conhecimento muito profundo das pessoas”, desde enfermeiros, consultores ou jornalistas de investigação. Aliás, deverá demorar muito tempo “até que a IA tenha a capacidade de interagir de uma forma relacional”.
A terceira e última categoria é a que inclui posições “que exigem muita mobilidade, destreza e capacidade de resolver problemas em ambientes imprevisíveis”. Nesta incluem-se os eletricistas, canalizadores, soldadores, entre outras áreas técnicas. Nestas profissões, as pessoas veem-se muitas vezes perante situações novas, pelo que as tarefas serão “mais difíceis de automatizar”, segundo o especialista.